terça-feira, 31 de março de 2009

Nada a comemorar


Já se passaram 45 anos desde o início de um dos piores períodos da história do Brasil. Em 31 de março de 1964 o país era tomado de um golpe militar - isso mesmo, golpe, apesar de alguns defenderem ser uma revolução, e até mesmo um texto da Folha de São Paulo afirmar que foi uma Ditabranda. Ambos escribas deste blog nasceram em meio ao período de chumbo e a abertura política, e vimos pela televisão a eleição e morte do mineiro Tancredo Neves, mesmo sem entender na época a importância disto para o Brasil. Viemos realmente conhecer de perto nos bancos escolares a real situação que antecedeu o retorno à democracia, esta sim, bem conhecida por nós, que começamos a votar após as primeiras eleições a aprendemos a importância desta principal arma política, o voto.

Não vivenciamos as perseguições, os porões do DOI-CODI, o AI-5, mas sabemos muito bem os estragos causados na nação. Ainda hoje o Brasil sente na pele as consequencias deste período triste, e infelizmente muitos dos políticos que foram beneficiados nesta época ainda ocupam cadeiras importantes em Brasília. É só conferir o IDH do Maranhão. O governo federal prometeu uma maior abertura dos arquivos militares, mas pouco se fez até agora, e muitos guerrilheiros, ou se alguns preferirem terroristas, que lutaram pela liberdade, estão perdidos pelos porões. Não se tem nada a comemorar nesta data, apenas lembrar este triste episódio e aprender muito com ele.

Mas parece que a memória é curta, e que alguns se esqueceram que o amaldiçoado AI-5 caiu por terra há muitos anos. E sabemos disso bem próximo à gente, mais do que imaginam. Soubemos que uma equipe da TV local esteve sexta-feira na Associação dos funcionários da prefeitura, no exato momento em que a Vigilância Sanitária interditava o local. Foi feito a reportagem, conforme manda o figurino, mas todo o trabalho foi em vão. A matéria não foi ao ar por determinação da prefeitura, ou pela secretaria de comunicação, de onde partiu a ordem.

É um caso claro de censura, e que deixamos aqui registrado nosso repúdio ao fato. Não é mais aceitável conviver com a interferência e a proibição de uma informação 20 anos depois das primeiras eleições diretas. Pensávamos que o coronelismo tinha terminado, enterrado junto com velhos coronéis nas últimas eleições. Esperamos estar errados quanto à nossa impressão e a este texto...

Pegou muito mal....

Este post vai com a ajuda de um leitor e comentarista anônimo de No Prelo, que alertou sobre fato acontecido na sexta-feira passada, quando uma equipe da Vigilância Sanitária Municipal interditou cautelarmente a Associação dos Servidores Públicos Municipais, que fica na Av. Norte Sul, bairro Boa Vista. O trabalhofoi feito corretamente, com laudo e tudo mais, constatou-se irregularidades que vão de encontro ao Código de Saúde do Município, lacres colocados, tudo feito da forma como tem que ser.

Porém, aí que entra o problema, antigo na Terra das Lagoas: o jeitinho político. Segundo consta, o presidente da Associação, Luiz Mãozinha (ex-vereador), tratou de contatar o atual presidente da Câmara, Duílio de Castro, que por sua vez acionou o prefeito Maroca ou alguém de sua confiança e adivinhem? A Associação foi liberada para uma festa no dia seguinte. Cabe a pergunta: para que Vigilância Sanitária então?

Nós, de No Prelo, acreditamos que o órgão é de importância ímpar para a saúde pública local e tem que ter liberdade para realizar seu trabalho, feito através de levantamentos, laudos e autos de infração. No Prelo teve informações que o local já era alvo dos fiscais há pelo menos dois anos, mas novamente o jeitinho político setelagoano o manteve funcionando. Os próprios servidores devem ficar atentos e exigir melhores condições para a Associação, porque é a saúde deles, a vida deles que está em jogo.

Desautorizar a determinação da Vigilância é um ato absurdo e que deve ser combatido com veemência. Estamos de olho...

sexta-feira, 27 de março de 2009

É só chover...



O problema é tão antigo quanto crônico em Sete Lagoas. Basta qualquer sinal de chuva para que a rede de esgoto da época de Dom João VI que temos em nossa cidade estoure em vários pontos. Está aí mais um flagrante de No Prelo, na esquina de ruas Major Castanheira com Professor Abeylard, centro da cidade e ao lado da Praça da Feirinha, nesta sexta-feira pela manhã.

Todo mundo está careca de saber que é preciso cortar a cidade por um todo e trocar de vez a rede de esgoto e de águas pluviais. Mas falta dinheiro atualmente como faltou vontade de fazer em tempos atrás. Queremos acreditar que vontade de fazer não falta a esta administração, o que falta é a grana para implementar os projetos. O saneamento foi debatido na Câmara - de novo - e tomara que tenham, finalmente, chegado a um resultado palpável e realizável, porque só ficar na discussão não dá mais.

quinta-feira, 26 de março de 2009

Será que deu certo?

Depois de muito barulho dos funcionários municipais, a prefeitura resolveu ceder. Mesmo com o discurso de que não tem dinheiro em caixa, que até hoje não sabemos de quanto, foi enviada à Câmara Municipal um Projeto de Lei que concede um abono salarial de R$30 para aqueles servidores que recebem menos que o salário mínimo atual. No total, quatro mil funcionários serão beneficiados com o acréscimo, que vai passar temporariamente o salário de R$434 para R$465.

Segundo comunicado da prefeitura, a data base prevista para o aumento de salário no município era o 1° de maio, previsto em lei, e jogou a culpa em cima do Governo Federal de ter adiantado o aumento do salário mínimo para fevereiro. A prefeitura ainda voltou atrás quanto a gratificação dos funcionários da saúde, que receberão o benefício retroativamente.

Bem, antes de tudo, parabenizamos os funcionários que colocaram a boca no trombone. Eles só queriam o seu direito garantido pelo Constituição Federal. Mas esperamos que a prefeitura reveja todo o quadro de salário dos servidores, e deixe de lado todos esses penduricalhos e pague algo justo para seus funcionários.

E deixamos a pergunta. Quando chegar em maio, como farão com mais este penduricalho aprovado, o abono proposto agora? Não seria a hora de negociar e chegar a um valor que não se precise mais de adicionais de não sei o quê para compensar os baixos salários? Pensem...

quinta-feira, 19 de março de 2009

Uma homenagem


A foto acima é uma homenagem do nosso blog ao Dia Mundial da Água. Enquanto se prepara para comemorar no próximo domingo esta data, o esgoto acima corre solto. Só para ambientar nossos leitores. Isto é uma bomba de esgoto no bairro Belo Vale II, só que está danificada (e sempre esteve segundo um funcionário do Saae), e o resultado é que todo o esgoto corre ao ar livre, como se fosse um rio negro, até encontrar o Ribeirão dos Tropeiros, afluente do Jequitibá, que desagua no já poluído Rio das Velhas. Para piorar a situação, o tal rio de esgoto passa logo ao lado de uma das bombas de poço artesiano, que retira água de nosso subsolo para abastecer a cidade. Nem precisamos falar que se corre o risco de contaminar todo o nosso lençol freático. A história também se repete no bairro Nova Cidade.

Nosso secretário municipal de meio ambiente, Lairson Couto, admitiu que Sete Lagoas é a segunda cidade mais poluídora da bacia do Velhas. Mas por enquanto... Afinal, há Estações de Tratamento de Esgoto sendo construídas, e a região metropolitana de Belo Horizonte deixará de poluir o rio. Ai sim, teremos o honroso primeiro lugar, pelo menos em alguma coisa. Cerca de 97% de nosso esgoto é jogado In Natura nos Ribeirões e Córregos que cortam a cidade.

Não estão ainda satisfeitos? Outro funcionário do Saae (preservamos aqui nossas fontes, por claro, não sofrerem perseguições na autarquia), nos contou que de 15 de janeiro a 15 de março foram pagos nada menos que R$160 mil em contratos de aluguel, de computadores, máquinas, caminhões. Uma verba um tanto quanto gordinha para esse destino. O tal prestador de serviço é o mesmo há mais de seis anos, provavelmente deve ser um mestre em vencer licitações.

Conversamos ainda com engenheiros do Saae, para nos dar uma resposta. Eles acusam os sete anos em que a autarquia prestou serviço de limpeza urbana, sem receber por isso, o que seria a causa de todo o sucateamento. Há ainda o problema de inadimplência, principalmente de casas em bairros mais ricos, como o Mangabeiras, em que as piscinas ficam cheias, mas não se paga as contas. Pediram mais uma vez paciência para que os problemas sejam resolvidos, e que acreditam na nova administração e no novo diretor-presidente, Ronaldo Andrade. Mas admitiram que possivelmente o município não vai conseguir cumprir a Meta 2010, já que ainda não há verba para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), e o tempo está terminando. Mas disseram que as obras de ligação até as Areias, onde será construída a ETE, estão avançadas, e que parte do projeto está concluído. Eles ainda aguardam que um certo deputado federal consiga esta verba através do PAC. Por fim, eles ainda reclamaram dos baixos salários pago na autarquia (UFA!!!). A dupla de engenheiros que nos atendeu disse que estão trabalhando arduamente para que o serviço prestado à comunidade seja de qualidade, e que não estão parados, como a maioria pensa.

Entendemos claramente que o Saae ficou sucateado por muito tempo, mas até o mundo mineral sabe que não foi somente por causa do problema do serviço de limpeza urbana. Já foi dito até mesmo pelo já citado Lairson Couto, que a autarquia tem muita interferência política, que virou uma caixa preta, e muitos prefeitos usaram e abusaram do dinheiro do Saae em proveito próprio. É preciso modernizar e profissionalizar a empresa, e deixar os políticos corruptos de fora. Soubemos que vereadores continuam com indicações de alguns cargos no Saae, para pessoas que possivelmente só recebem o seu recheado salário.

Caso contrário, seria então melhor deixar que a Copasa tome conta do assunto...

Aqui, praça vira revenda de carros...



Este post vai com a ajuda do Alexandre Picorelli, ou "Picolama", brincadeira heim companheiro! Indignado com uma cena que pôde ser vista e revista na semana passada em Sete Lagoas, ele nos enviou algumas fotos sobre o desrespeito que ocorre na cidade e total ausência ou descumprimento do Código de Posturas (ele existe?) e falta de fiscalização por parte da Poder Público (será que ele autorizou?).

Em frente à histórica Escola Estadual Dr. Arthur Bernardes, bem no centro da cidade e ao lado da Lagoa Paulino, uma agência de veículos ou coisa do tipo estacionou carros e os colocoupara serem apreciados e possivelmente vendidos. Isso deve ser porque a proporção de agências de veículos para cada habitante de Sete Lagoas beira 1 para cada 0,5 cidadão.

O Picorelli ressaltou em seu e-mail indignado que "TRANSFORMAR A VIA PÚBLICA EM AGÊNCIA DE VEÍCULOS, SÓ EM SETE LAGOAS MESMO......SE PARTIMOS PARA O PRINCIPIO DA IGUALDADE, ACHO QUE POSSO COLOCAR MEU CARRO EM CIMA DA PRAÇA DO CAT, COM UMA PLACA DE VENDE-SE E MANDAR OS PEDESTRES PASSAREM NA RUA....É TRISTE VER A CIDADE ANDANDO PARA TRÂS....GOSTARIA DE SABER QUEM PERMITIU TAL ATO, POIS O MESMO É UMA VERGONHA...MERECE EXPLICAÇÕES...."

É Picorelli, como bem dizemos no Comunicação Total da nossa querida Rádio Santana 87,9FM, em Sete Lagoas, o errado é que é o certo! E não é que os carros são até bons rapaz...acho que vou cotar os preços, quem sabe. Ah, esqueci, como diz um aí, jornalista num é profissão, portanto não temos como comprovar renda né?

terça-feira, 17 de março de 2009

A chapa esquenta

A reunião da Câmara Municipal hoje foi animada. Com direito a palavras de baixo calão, vulgo, palavrão, e até causou espanto em alguns presentes. Os vereadores começam a mostrar impaciência com a administração. O discurso é parecido: que a cidade está em maus lençóis financeiramente, mas não se sabe o quanto. Eles agora se juntaram à nossa cobrança, dos valores da tal crise que atinge a cidade.

Mas alguns foram além. Parece que os problemas do Saae agora bateram à porta de nossos vereadores. Apesar de falar de problemas muito bem conhecidos pela população, Claudinei Dias, que é da base de apoio do prefeito, inflamou em sua fala, e cobrou melhores explicações do Saae. Segundo seu relato, o presidente da altarquia, que tem estatus, e principalmente salário, de secretário, mais de R$6 mil, pouco aparece em seu local de trabalho.

Mas o auge foi novamente de Caio Dutra, que mais uma vez indignado com a situação da saúde, chegou a falar que é perseguido dentro da secretaria. E por fim mandou um MERDA bem sonoro à eles. Nosso amigo Sr. Mauro Rocha ensinaria a ele que a melhor palavra seria JERDA, como bem aprendemos.

E por fim, percebemos algo um tanto quanto interessante. O médico e vereador Celso Paiva agora virou garoto de recados, como bem definiu Celso, este do Sete Dias, Martinelli. Em todas as reuniões, os vereadores cobram dele uma maior cobrança ao irmão Maroca, principalmente nos almoços de domingo. Aja macarrão e frango para tantos assuntos...

Vamos falar do Jacaré...

Queremos abrir espaço aqui para distoar um pouco dos temas que normalmente publicamos - política e bastidores. Vamos falar do Jacaré, o Democrata de Sete Lagoas que batalha forte para fugir da situação incômoda e até vexatória no Campeonato Mineiro do Módulo Dois, sobretudo diante da grandeza do clube e de seus quase 100 anos de existência.

Mas o ponto não é o time em si, mas sim a cidade abraça-lo. Pela lista que chegou até estes escribas, apesar do número de empresas que ajudaram, de alguma maneira, o clube, falta mais apoio. Somente depois de certa pressão a Prefeitura resolveu dar o ar da graça, mesmo alegando, novamente, queda de receita, falta de recursos. O Democrata é de Sete Lagoas, assim como existe o Democrata de Governador Valadares, o Villa Nova de Nova Lima, o Araxá, o Formiga, sem falar em outros que carregam o nome de seus municípios de origem.

Nada mais justo do que incluir, no orçamento municipal, ajuda de custo para que o Jacaré possa se manter. Não é pedir muito, aliás, é pedir pouco dada a relevância do tema e a importância do clube para a visibilidade setelagoana. A Arena vai receber reformas para que seja uma espécie de estepe de Independência e Mineirão, mas pelas informações obtidas o estádio Joaquim Henrique Nogueira deve ser a grande vedete dos times da capital, sobretudo em 2010. Vamos torcer, tanto para o time quanto para novos investimentos de empresas e do poder público.

segunda-feira, 16 de março de 2009

A coisa tá ruim


Depois dos funcionários da saúde, nesta segunda-feira foi a vez da educação fazer sua paralisação e manifestação por melhores condições de salário. Cerca de 18 mil alunos da rede municipal de ensino ficaram sem aulas, e os professores e funcionários foram para a porta da secretaria fazer barulho.

Estivemos lá para conferir a discussão entre os funcionários e a já conhecida secretária de educação, Maria Lisboa, e o que vimos foi um quadro nada bom. Para começar, os professores ganham R$412, outra vez menos que um salário mínimo. Com os penduricalhos, como são chamados, a remuneração chega aos seus parcos R$530. E a questão passa longe de reajuste, e sim de discutir melhor as diretrizes na educação. Ficar colocando gratificações para compensar um salário baixo não é uma política séria, na concepção destes jornalistas. É preciso realmente chegar a um valor justo, sem penduricalhos, que foram integrados por vereadores que estavam apenas de olho nos votos dos professores, sem realmente fazer uma discussão séria sobre os salários dos funcionários.

Outra questão que precisa ser urgentemente discutida é a política de educação nas escolas públicas. O que vemos é um modelo ultrapassado, em que privilegia apenas "a matemática e o português". Outras áreas tão importantes na educação de uma pessoa sempre fica fora das discussões, como os esportes e as artes. E sinal disso é justamente uma das questões colocadas em pauta, em que o sindicato pede a contratação de professores formados para as aulas de educação física. Nas escolas da rede municipal de ensino fundamental, quem dá as aulas são os mesmos professores das matérias comuns. Assim como não existe a valorização da arte, com teatro, música, o esporte fica de fora, sem ser tratado de forma séria. E ainda querem que o Brasil sedie uma Olimpíada, e passe vexame em cadeia mundial.

Haverá outra reunião no dia 31... O sindicato não descarta a possibilidade de uma greve. Esperamos que não chegue a tanto.

terça-feira, 10 de março de 2009

Puxão de orelha

o assunto dos salários dos servidores finalmente chegou à Câmara Municipal. Por todo lado são vereadores que se esbravejam contra o corte de produtividade dos funcionários da saúde, o abono natalício, e a questão de muitos servidores receberem menos que um salário mínimo, algo inconstitucional.

Mas mais uma vez a lua cheia contagiou o vereador Caio Dutra, que fez o discurso mais sóbrio da sessão. Ele propôs a instalação de uma comissão permanente para discutir as questões salariais dos funcionários municipais. Ele culpa a própria casa de ser negligente com a questão. "E sempre que um projeto de aumento de salário dos servidores tramitar nessa casa, e o plenário estiver cheio, faremos discursos demagogos. Mas nada se fez nesta casa para discutir a sério a questão", lamentou.

Enquanto muitos servidores recebem menos que os R$465 exigidos pela constituição, foi contratado pela Cohasa, um assessor direto da presidência da autarquia, com um salário de R$74 mil. Na ponta do lápis, este tal assessor vai receber por mês quase R$6,2 mil, praticamente o mesmo salário de um secretário municipal. "Se é preciso contratar um funcionário com este salário de forma contínua, que ele seja integrado ao quadro da administração municipal, e não por carta convite", declarou o vereador.

Assinamos em baixo...

Imaginação coletiva

Uma comissão criada na Câmara Municipal, que tem como presidente o vereador Euro Andrade, visitou na última semana as fábricas Itambé e Cedro Cachoeira. O objetivo era fiscalizar as denúncias de mau cheiro nos locais próximos, principalmente na Av. Renato Azeredo.

E o resultado seria óbvio. Como a visita foi programada, agendada, o relatório da comissão não encontrou nada de irregular nas empresas. Segundo o vereador, as instalações das estações de tratamento de esgoto são de ótima qualidade, bem estruturadas.

Então só podemos chegar a uma óbvia conclusão. Aquele cheiro horrendo que fica nas imendiações de ambas empresas só pode ser uma imaginação coletiva. Fomos todos atacados por uma esquizofrenia, que imagina que há um mau cheiro na região.

Vamos todos correr para os psicólogos, eles vão nos tratar do fedor que nos acomete...

segunda-feira, 9 de março de 2009

Reunião Gerencial




Na tarde desta segunda-feira ocorreu, no gabinete do senhor prefeito, Maroca, a segunda reunião gerencial entre ele e seus prepostos, os secretários. Estavam todos lá, todos os comandantes de pastas, que iriam colocar ao chefe do Executivo as demandas e falar a ele o que já fizeram em suas áreas. Maroca disse a estes escribas que logo logo realizará uma coletiva para colocar tudo a público, desde como pegou a Prefeitura até o momento até o que pretende fazer. Vamos aguardar e estamos doidos para questionar....

sexta-feira, 6 de março de 2009

"Equívoco"

Comunicado oficial enviado aos órgãos de imprensa da cidade, esta semana, afirma que o diminuição da produtividade nos contra cheques dos servidores da Saúde foi um "equívoco". Na verdade, no mesmo dia em que No Prelo ouviu uma funcionária buscamos a resposta da Prefeitura para o caso, diga-se de passagem direto com o secretário adjunto de Saúde, Mário Lúcio Balu, e com o prefeito Maroca. Ambos disseram desconhecer o motivo da diminuição e afirmaram que tomariam medidas para repor o que foi cortado.

Bem, pode ter sido um equívoco, quem não erra, não é verdade? Porém, errar na folha de tanta gente é um pouco estranho. Passar de 160 para apenas 35 reais em um salário que já é pequeno? Os proventos de boa parte dos servidores de vários setores da administração preciam ser revistos, o que deveria ter sido feito há anos e de forma gradativa, até para não apertar no caixa do Município. Mas não fizeram nada. O estrago foi feito, prefeito e secretário adjunto disseram que a ordem não partiu deles. Então, de quem partiu a determinação? Lógico que alguém mandou e o responsável pela confecção da folha obedeceu, basta perguntar a ele.

O(s) culpado(s) tem que aparecer. Os servidores - efetivos ou não, a maioria deles, já ganham um salário de miséria há vários anos, várias administrações e não têm nada a ver com choque de gestão, corte de gastos ou o escambau. Se querem fazer uma administração transparente, que o povo goste, precisa valorizar o servidor. Esperamos, sinceramente, e acreditamos que isso será feito. Do contrário...No Prelo está aí!

quarta-feira, 4 de março de 2009

Manifestações

Mas falando em críticas, uma das razões do prefeito ter lamentado as críticas foi nosso questionamento sobre algumas manifestações que começaram a pipocar pela cidade. Além da turma torcedora do Democrata na tarde desta quarta-feira, houve também uma na terça-feira, de moradores do Bela Vista, que estavam até então sem água por três dias.

E os funcionários da da saúde também resolveram colocar a boca no trombone, através de uma manifestação pacífica, sem interromper o atendimento. Todos eles se vestiram de preto em forma de luto. Uma funcionária chegou a mostrar seu contra cheque, com um valor deplorável de R$389, menos que um salário mínimo, para trabalhar 12h diárias, sem direito à hora de almoço e vale transporte. Não é à toa que a situação da saúde chegou ao ponto que está.

O prefeito, como dissemos, prometeu para logo uma coletiva para falar da situação financeira do município. Esperamos que não demore.

Até que enfim...

O título serve bem para ambos escribas. Até que enfim aparecemos, saímos da toca e escrevemos no blog. Recebemos (ainda bem) diversas reclamações sobre nosso silêncio, mas foi justamente a falta de assunto que nos impedia de voltar a escrever. Ou talvez (ins)piração.

Mas o título também serve para uma figurinha que andava sumida pelas Sete Encantadas Lagoas, e que cobramos no último programa algum pronunciamento oficial. Trata-se do prefeito da cidade, Mário Márcio Campolina Paiva, o Maroca. Aproveitamos uma brecha com a Associação Amigos do Democrata, que foram com faixa para frente da prefeitura para cobrar um maior apoio do prefeito ao clube e entramos na sala de reunião junto com eles. Entramos sim, pois foram ambos os escribas presentes. Aliás, somente os dois e ninguém mais da imprensa.

E se engana que tenha sido um encontro tenso (talvez no início sim), com mal olhados e troca de farpas. Foi tudo na maior tranquilidade, e o prefeito falou dos temas abordados com exclusividade para nós dois. Uma exclusiva de dois repórteres.

E nossa principal missão era descobrir a real situação financeira do município. E Maroca tratou de acalmar os ânimos. "Ainda não sabemos como vai ficar o orçamento da cidade. Mas prometo que, assim que conhecer melhor a situação, convocarei toda a imprensa para repassar os dados", afirmou. Vamos cobrar, pode ter certeza. Mas ele falou por alto em dados, e revelou que a queda no Fundo de Participação dos Municípios (FPM) foi de 28%, um valor alto dentro dos milhões de Sete Lagoas.

No final, Maroca, que sempre tem receio de falar em off com jornalistas (principalmente estes dois que vos escrevem, e nem sabemos porquê), lamentou as críticas feitas à sua administração. "Estão me cobrando em 60 dias como se eu estivesse no cargo há três anos".

O encerramento do encontro foi cordial, com apertos de mãos também cordiais. Mas para finalizar, afirmamos nosso compromisso com a verdade dos fatos. Reiteramos que não somos ligados a nenhum partido político ou linha partidária. Este texto é para mostrar que fomos bem recebidos pelo prefeito, por mais que tenhamos entrado meio que na surdina, sem marcar horário. E que vamos morder quando for preciso e aplaudir quando acharmos certo.