quarta-feira, 29 de julho de 2009

Novas metas

E durante a coletiva, o secretário Flávio de Castro falou de alguns projetos, que deverão sair do papel brevemente.

Um deles será o Orçamento Participativo. Segundo ele, para este ano já está programado duas audiências públicas (olhas elas ai...) para discutir o Planoplurianual (PPA), com planejamento para os próximos anos. "Mas até por questões partidárias (ele é do PT), queremos implantar o Orçamento Participativo para 2010", afirmou. Seria nos moldes daquele conhecido em prefeituras como Belo Horizonte.

Para os últimos três meses deste ano, ele prevê a formulação de uma completa reforma administrativa, que poderá atingir toda a administração.

E por último, que chamou bem a atenção destes escribas, foi a implantação de um projeto de territorialização (o nome é comprido, mas fácil de entender). No lugar de planos isolados em cada secretaria, será colocado em prática o planejamento integrado entre as secretarias. Em vez de um cadastro para a saúde outro para a educação, outro para a Ação Social, seria feito um único modelo, para efetivar melhor o planejamento da administração. "O negócio é enxergar uma mesmo pessoa, em vez de várias pessoas como é feito isso hoje", explicou.

Finalmente números

Aos poucos os números começam a aparecer. Se antes a frase mais usada era "por causa da crise" ou mesmo "houve queda na arrecadação", agora estamos finalmente conhecendo a realidade do município. Falar que estávamos em crise, mas sem maiores explicações, ao nosso olhar era como falar que gostava do verde por que não se gosta do vermelho. Ou seja, muito subjetivo.

Mas eis que o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Flávio de Castro, de forma clara, trouxe na tarde desta quarta-feira números reais da nossa economia e saúde do município. A começar pela projeção do orçamento para 2009. Se a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), aprovada pela Câmara Municipal em 2008, para a gestão 2009, previa um montante de R$400 milhões, a realidade nua e crua é de cerca de R$272 milhões, muito abaixo do esperado. Mas há explicações. Na lei aprovada pelos vereadores, havia uma enorme expectativa de liberação de verba para investimentos pelo Governo Federal, como do PAC, o que não ocorreu. Por isso a discrepância dos números. A perda real, calculada pelo secretário, é de R$20 milhões só no primeiro semestre. Mas no ano o cálculo é de que teremos uma perda total de R$50 milhões.

Ainda dentro dos preciosos números, a folha de pagamento da máquina administrativa este ano deve chegar aos R$144 milhões, com um aumento de 8,5% em relação ao ano anterior. "É preciso lembrar que demos 7% de aumento para o funcionalismo público este ano", justificou.

Mas o que deve estar esquentando a cabeça da administração é como aumentar a geração de renda do município. Afinal, a dependência da prefeitura pelos repasses dos Governos Federal e Estadual representa 65% de toda arrecadação. Um número expressivamente grande para um município do porte de Sete Lagoas.

No final, Flávio de Castro falou da expectativa para 2010. "Se antes a gente via uma nuvem densa, agora o horizonte está mais limpo um pouco. Queria que 2010 se antecipasse para 2009, para podermos respirar aliviados", declarou.

Gênios da comunicação 02


Em nossa profissão, precisamos conviver com a diversidade. Principalmente de opinião. Mas às vezes as coisas ficam pretas, e é preciso desabafar, para não estourar. E mais uma vez, os nossos Gênios da Comunicação setelagoanos nos deram mais uma pérola, daquelas que deveriam ir para um almanaque da comunicação.

Mas vamos aos fatos. Contaremos o milagre, sem falar do santo... Apenas descreveremos o Gênio... Um baixinho de cabeça branca cotonete.

Estava eu inocentemente em um famoso bar da cidade na noite de terça-feira, a conversar com as várias pessoas que frequentam o tão famoso balcão. Eis que de repente, ouço tal pérola, falada da boca de um dos organizadores, cabeça branca cotonete, de um evento que nesta data acontece nestas terras das Sete-Bananas-Lagoas É preciso que a tal frase, dita a dois bancos do meu, seja em caixa alta, para que fique bem claro:

"O (JORNAL) ESTADO DE MINAS NÃO TEM NENHUMA REPERCUSSÃO".

Seria ele, que se diz profissional da área, um dos maiores Gênios da Comunicação, ao ponto de prever a derrocada do jornal Estado de Minas? Seria eu inocente ao ponto de estar em uma empresa que não tem nenhuma repercussão no noticiário do Estado de Minas Gerais sem saber? Ou seria apenas um ciúme tolo, de alguém que mal sei o nome da agência que comanda? O fato é que nossos Gênios da Comunicação proliferam pela cidade e cada vez mais nos presenteiam com novas pérolas. Fica ai minha questão.

Marcos Avellar
Jornalista do Estado de Minas, aquele jornal que não tem nenhuma expressão ou repercussão.

Obs 01.: Mais uma vez assino o texto, sob licença de meu amigo e parceiro Fred Rezende, por ser autoral demais.

Obs 02.: A foto acima é de um dos maiores nomes das nossas teorias da Comunicação em todo mundo, Theodor Adorno. Aqui em Sete Lagoas nossos Gênios conseguem superar em muito as teorias Frankfurtianas conhecidas e estudadas em todo o mundo.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

A de se analisar a questão SAAE




Muitos têm soltado cobras e lagartos quanto ao anúncio de que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) passa a encopar água potável para servir à administração municipal em seus vários setores. Informação passada a um destes escribas também dá conta de que, caso seja necessário e aprovado pela alta direção da autarquia, os copinhos podem servir também outros eventos, como acontece com a estatal Copasa.

A notícia, que pegou muita gente de surpresa dada a água que chega às torneiras dos setelagoanos, também pode ser analisada de um outro ângulo, este bem mais favorável. E qual é? Pensar que o SAAE tem salvação, há uma luz no fim do túnel, mas é preciso trabalho, MUITO trabalho, dedicação e esfoço político para tirar a politicagem de seus meandros. O envase de água mostra uma outra faceta do órgão e pode, sim, ser o processo estendido para o plano macro, ou seja, pode ser incorporado ao tratamento normal e levar água de QUALIDADE para quem de direito: o povo.

Esta água envasada que sai de poço no pé da Serra em nada se parece com aquela consumida na cidade e, pelo menos num primeiro exame, está longe de uma água mineral de qualidade, ao contrário do que falou o diretor da empresa respónsável pela implantação do sistema de filtragem, apesar de ser até boa. O SAAE também está distante de levar a todas as torneiras das casas setelagoanas uma água que possa ser consumida diretamente. A autarquia tem problemas estruturais, de anos, que não foram solucionados por uma série de questões que se fossemos tratar aqui não teria espaço, mas o principal dele foi vontade política.

Vamos ser otimistas e pensar que esta nova fase do SAAE é sinônimo de salvação. Mas vamos ser otimistas e continuar cobrando melhorias em todo o sistema, desde a captação à distribuição, porque o pior ainda não chegou. Queremos estar vivos para observar quando teremos a oportunidade de ver e conferir a troca de toda a rede da cidade, que data da era Cenozóica. Um passo de cada vez e moralidade administrativa. A receita pode ser esta.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Pedido de tempo...

Para quem está acostumado a assistir pela televisão as transmissões da NBA, a liga Norteamericana de Basquete profissional, lembrou bem aqueles minutos finais de uma boa decisão que está empatada. O prefeito de Sete Lagoas, Mário Márcio Campolina Paiva, o Maroca, pediu tempo.

Aliás, ele pediu dois tempos... O primeiro foi tempo para a sua administração começar a apresentar resultados positivos. "Começamos estes seis primeiros meses conturbados", declarou no evento do Saae esta manhã. Ele se dirigiu, principalmente à imprensa que estava no local, paciência e tempo para que se começasse a mostrar os bons frutos.

O segundo tempo pedido foi justamente para a autarquia municipal. Ele reconheceu que há muitos problemas a serem solucionados e prometeu. "Em um ano, tudo estará solucionado", garantiu.

Então tá. A partir desta data, no dia 22 de julho de 2009, o prefeito terá um ano para sanear os principais grandes problemas do Saae.

E vamos cobrar, fica aqui a certeza...

Temos água potável?

A equipe completa de dois jornalistas deste blog esteve presente nesta manhã na inauguração do Centro de Envase do Saae, que fica bem no pé da nossa querida e tão esquecida Serra de Santa Helena (mas isso é assunto para outro texto). Aqueles copinhos, com a marca do Saae e com escritos "Água Potável" logo levanta várias questões, talvez até comuns entre a população.

Primeiro de tudo, este lançamento, reconheçamos, é uma ótima sacada de marketing da autarquia. É importante deixar claro que esta água não será comercializada e muito menos será encontrada nos bares e butecos da cidade. Será somente usada em eventos oficiais e distribuídas, segundo a assessoria de comunicação, entre os funcionários do Saae.

Mas voltamos ao pulo do gato do marketing. Com certeza, a distribuição, principalmente entre seus funcionários de uma água potável, eleva a moral dos funcionários. Afinal, eles terão orgulho de beber algo que eles mesmos estão produzindo. É um efeito psicológico, e até por que não, positivo. Será usada aquela frase da "água produzida por vocês, funcionários do Saae". Perfect...

Mas é bom esclarecer um dado à população. Esta água encopada (não será engarrafada, pois não será colocada em garrafa e sim copinhos de 200 ml, por isso a lisença poética) é e ao mesmo tempo não é a mesma distribuída pelos canos da cidade. A água é sim proveniente dos mesmos poços artesianos que é retirada a água do município, mas antes de ser encopada, ela passa por um minucioso processo com vários filtros e inclusive a retirada do excesso de calcário presente. Ou seja, ela é muito bem filtrada antes de ancopada.

Para montar o Centro de Envase, a autarquia gastou R$19 mil, entre compra de equipamentos e reformas das duas casinhas que compõe o local. Mas infelizmente, o próprio proprietário da empresa que vendeu os equipamentos necessários para a filtragem da água não soube informar o custo de seus próprios equipamentos.

Mas no final, tomamos da água potável. E é bem gostosa...

terça-feira, 21 de julho de 2009

Vai chegar o dia em que vamos parar!!!

O tema já foi debatido aqui no blog em outras oportunidades, sem contar as inúmeras discussões na mídia e até audiências públicas, mas o fato é que o trânsito de Sete Lagoas está a cada dia mais caótico. Infelizmente, as perspectivas que temos são de um futuro tenebroso, caso algo de urgente não seja feito. Vai chegar o dia em que vamos parar, literalmente.

A quantidade de veículos transitando pelas apertadas ruas de nossa cidade, cujo traçado ainda guarda resquícios do tempo em que por estas bandas se andava de carroça, cresce a cada dia. A falta de EDUCAÇÃO de muitos motoristas "sem noção" também ajuda a complicar ainda mais o trânsito e observa-se que nem mesmo no período de férias escolares as coisas têm melhorado.

A tal audiência pública que discutiu o assunto na Câmara, até o momento - pelo menos ao que chega aos nossos ouvidos - não chegou a lugar nenhum senão aquele que já conhecemos. Cogita-se a criação de uma Secretaria de Trânsito no Município, o que evitaria a instalação de órgão regulador aos moldes de BHTrans (arre!). Esperamos que a medida seja logo implementada, porque do jeito que as coisas vão, tá muito difícil.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Resolveram ressuscitar o homem....

Mais uma vez a mídia setelagoana resolve ressuscitar um político que andava meio apagado do meio. É isso mesmo, o ex-prefeito cassado de Sete Lagoas, Ronaldo o Cana Brava estará no programa Sem Censura do radialista João Carlos Oliveira (rádio Cultura AM) nesta segunda-feira (20), como confirma nota da coluna Sem Reserva (Jornal Sete Dias - edição de hoje, 17/07). Segundo a nota, a entrevista de Ronald só saiu após lobby de seus ex-assessores.

Ronald deve falar sobre sua situação política e possível filiação a um partido para se candidatar em 2010. Será que Cana Brava vai falar também sobre os processos que ele enfrenta na Justiça? Mas em um país onde dois ex-prefeitos (caso de Ipatinga) acusados de várias improbidades administrativas correm até o risco de se candidatarem novamente, tudo é possível. Vida que segue, estamos de olho e ouvidos atentos!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Foi dada a largada

E na própria coletiva com a imprensa, Ronald, agora o João, anunciou sua candidatura a reeleição a uma cadeira na Assembléia Legislativa, no próximo ano. Foi dada a largada oficialmente para o apertado vestibular para deputado estadual. Nomes é o que não falta.

Segundo o próprio ex-vice, agora deputado, já são 10 nomes que querem sair para deputado na cidade. Isso sem contar com os candidatos Copa do Mundo, que só aparecem a cada 4 anos. Muitos deles sem nenhuma chance de ser eleitos, mas que a vaidade cega a própria crítica.

Para alguns, o agora deputado mandou recado. "Ta na hora destes olharem para o espelho e perguntar o que fizeram realmente para a cidade. Para ganhar não precisa mais apenas de imagem, tem que fazer algo pela cidade".

Foi dado o recado. Agora resta saber quem vai escutar. Pois se nem enxergar estão...

Que cumpra a profecia

Há muito mais leis do apenas aquelas editadas pelos homens. Alguns podem chamar de Lei Divina, outros podem chamar de coincidências, há também a sorte ou mesmo destino. O fato é que Sete Lagoas segue com sua sina e cumpre a profecia. Na noite de terça-feira a Assembléia Legislativa de Minas Gerais aprovou o nome de Sebastião Oliveira para o cargo no Tribunal de contas do Estado. Por consequencia, o médico Ronald, agora o João, vice de Maroca, não é mais vice, mas sim Deputado Estadual. E seguimos como a terra dos sem-vices prefeitos.

Já fizemos um breve histórico da cidade, mas é sempre bom lembrar. Tudo começou com o Ronald Cana Brava, que brigou com seu vice, Paulinho Chup.., ops, Lambe Lambe, lá nos idos de 2001. Foi isolado, e perdeu seus quatro anos tentando reerguer seu nome. Ai veio as eleições de 2004, que o próprio Chup.., ops, Lambe Lambe concorreu com Cana Brava, mas perdeu. E o mandato começou aparentemente bem entre o titular e seu vice, até que uma tremenda turbulência abalou Sete Lagoas. Foi um entra e sai de prefeitos, que acabou mais uma vez na briga entre os dois. Resultado final: Leôncio Maciel, como prefeito e Cana Brava cassado pela Câmara. Mais uma vez sem prefeito. Agora a sina segue com Maroca. Na ponta do lápis são oito anos sem vices prefeitos.

Em entrevista coletiva na tarde desta quarta-feira, o próprio Ronald, agora o João, reconhece que pode fazer mais pela cidade na Assembléia. Esperamos que a relação com o prefeito traga bons frutos para a cidade. Mas já anunciou. Não quer que Maroca desmanche a equipe que foi formada para atender, na casa que antes era da Secretaria de Obras, esquina com a Plácido de Castro. No total são 6 funcionários em seu gabinete, que deverão, mesmo sem vice, continuar por lá, recebendo normalmente da prefeitura. "É um custo conseguir montar uma equipe boa como essa. Não pode deixar essa estrutura parar", elogiou o ex-vice, agora deputado. Ele disse que assim que possível, continuará acompanhando de perto a administração municipal, e sempre estar presente no atual gabinete.

Falta agora apenas o Ronald, agora o João, assumir sua cadeira em Belo Horizonte, e abrir mão de seu salário como vice em Sete Lagoas. Algo que a ética prevê. Estaremos de olho.

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Falta de um Líder

Primeiramente, nós de No Prelo queremos agradecer a assiduidade dos internautas quanto à participação nos comentários sobre os vários posts publicados por estes dois jornalistas. Salientamos a necessidade de diálogo, críticas sim, mas não contra a honra de quem quer que seja. Uma administração se faz também ouvindo críticas, para que elas possam se traduzir em medidas acertadas e que gerem o melhor para a sociedade. Este é o objetivo de No Prelo.

Bem, vamos à vaca fria. O que se tem notado nos últimos meses nas reuniões da Câmara Municipal é a total falta de liderança do prefeito naquela Casa. À frente está o Lider, vereador Renato Gomes, do PV, de primeira viagem no exercício do cargo, mas até o presente momento ainda não lhe caiu a ficha da posição que ocupa. Não cabe aqui uma crítica ferrenha do nobre edil, marinheiro de primeira viagem e que não está acostumado aos meandros da atividade legislativa.

Renato Gomes se mostra uma pessoa atenta ao dia a dia da cidade, tem boas intenções, mas foi jogado no meio de "cobras criadas". Tem cortado um dobrado diante das críticas de alguns de seus colegas à administração que representa e quanto às cobranças e pedidos de providências apontados para sua pessoa. Coitado, tá mais perdido que surdo no bingo. Faltou malícia da administração municipal ao escolher Renato Gomes ou faltaram nomes que quisessem representar representa-la na Câmara?

Caso o líder do prefeito não tome tento daquilo que vem acontecendo e consiga responder à altura a cobrança de alguns de seus pares, ele vai que ter fazer um verdadeiro estoque de Lexotan. Ao que parece, o papel de liderança pode até mesmo atrapalhar seu desempenho parlamentar neste início de legislatura, quando na verdade ele teria que se firmar, a exemplo de alguns de seus colegas. Sorte a ele!!!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Os últimos capítulos

Parecia interminável, um dramalhão com direito à tragédias e muita espectativa. Mas parece que a novela dos mototaxistas está para ter os últimos capítulos. Uma nova lei que regulamenta o serviço foi aprovada pelo Senado e agora resta apenas esperar ser sancionada pelo presidente. E Sete Lagoas perdeu a oportunidade de sair na frente.

No texto aprovado há algumas exigências para os profissionais, como adequação nas motocicletas e o piloto aprovado em um curso do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). Mas há ainda mais que isso. As normatizações específicas, no caso de mototaxistas, deverá ser feita pelas Câmaras Municipais. E foi ai que perdemos a chance de sair na frente.

Essa novela na cidade vem de muito tempo, e projetos de lei já foram apresentados, para regulamentar a profissão. O último é de autoria do Claudinei Dias, do PT. Mas nunca foi desemperrado, e nunca saiu do papel. Ou seja, agora a luta da classe é conseguir, o mais rápido possível regulamentar as normas no município. Será o que faltou para que tenha sido aprovada antes? Vontade política? Ou falta dela? Parece que o cachimbo caiu.

As opiniões sobre a regulamentação do serviço são diversas, e há pessoas contra, como há muitos a favor. O fato é que era realmente preciso regularizar a situação - seja ela na forma de aprovar ou proibir de vez. Os dois últimos capítulos agora estão na mão do presidente - que deve sancionar a lei - e de nossos nobres vereadores. E que tenha, assim como as novelas globais, um final feliz.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Seis meses se passaram...vamos ver os próximos...

Muito bem, a administração municipal chega aos seus seis meses completos em 2009 e muito pouco, para dizer a verdade, pode ser visto, pelo menos a olhos nus. Mas em contrapartida, nos bastidores, muito se tem notícia de estar sendo feito, mas ao mesmo tempo, muito pouco se sabe, na realidade, o que é. O governo do Sr. Mário Márcio Campolina Paiva, o Maroca, chegou com cara de renovação, de quebra de velhos conceitos e velhas práticas, bem usuais na política setelagoana há várias décadas.

Mudou? Sim, novos nomes vieram a compor seu primeiro escalão, pessoas já "vividas" em administração pública - citamos a Sra. Maria Lisboa (Educação) e o Sr. José Orleans da Costa (Saúde). Ao mesmo tempo, caras novas não só na administração, mas também na idade, deram o ar da graça, como Nadab Abelin e Gustavo Costa Paulino. A oxigenação na vida pública é uma ótima sacada, mas até o momento muito pouco se viu, de concreto, na tal mudança de rumos da política de Sete Lagoas.

Seis meses se passaram, vamos ver os próximos. Nos bastidores, muito se especula. Até possíveis tentativas de golpe. A Câmara Municipal também tem feito pouco, a não ser em termos de infindáveis audiências públicas. Mas querer que vereadores façam algo diante da falta de projetos para serem apreciados e, mais ainda, na falta de temas para debate, é querer demais. No Prelo tem avaliado o trabalho de alguns membros do primeiro escalão e fato é que o trabalho desempenhado tanto por Maria Lisboa quanto por José Orleans tem refletido positivamente em suas áreas de atuação.

Maria Lisboa enfrenta resistência de vereador e de parte de sua própria equipe. Mesmo assim, partiu pra cima e está disposta a implementar seu plano de ação. Orleans da Costa pelo mesmo caminho. Vamos aguardar os próximos acontecimentos e os próximos embates, caso venham a acontecer. Sete Lagoas está parada até o momento e algo precisa acontecer. Não negativamente, mas a conquista de algo concreto, que possa ser o passo inicial e o pontapé da tal mudança tão ansiada pela sociedade.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Quebra de paradigmas


Para quem esperava um preto (sim, ele mesmo prefere que o chamem assim), que veio da favela e cantor de rap chegar e falar gírias e enaltecer o crime, a palestra/conversa com MV Bill deve ter sido uma boa surpresa. De forma clara e objetiva, o rapper falou sobre o mundo das drogas no ponto de vista da sua face mais cruel. Não aquela visão pasteurizada, que sempre são criminosos aqueles que sobem a favela, ou mesmo do filho da classe média que conhece a boca apenas na hora de comprar sua droguinha para manter o vício. É uma visão de dentro, de quem sofre com a guerra, perde com ela. É a dura face da realidade daqueles que são esquecidos pelos engravatados donos do poder.

E foi uma constante quebra de paradigmas, impressionantemente ao contrário. Foi uma reafirmação constante da importância do diálogo com a família, do incentivo ao mundo da leitura, e uma crença à Deus, sem intermediários, doutrinas ou mesmo igreja. "Temos que liberar a educação", foi o que comentou quando perguntaram sobre a liberação da maconha.

E o melhor de tudo é ver como uma pessoa, que nunca teve chances na vida e muito menos sentou em um banco universitário, conseguir ser respeitado através de um trabalho sério e ter o controle de uma grande platéia dentro de um espaço acadêmico, antes reservados apenas a aqueles ditos doutores. E melhor ainda. Ver que muitos ali vinham de comunidades carentes, que estavam ali para ouvir o que ele tinha a dizer.

Para quem ainda tinha algumas restrições, para não dizer preconceitos, foi uma ótima oportunidade para jogar tudo fora e aplaudir de pé a diversidade. Principalmente de pensamentos... Uma boa conversa que deveria ter sido transmitida pelos quatro cantos da cidade, e não restrita a uns poucos que conseguiram entrar. Mas é um bom começo.

Obs.: Por que, coincidentemente, a polícia esteve presente com seu giraflex, no dia da apresentação do MV Bill? Nunca vi nenhuma patrulinha rondando o Campus da Unifemm em dia de aulas normais. O que será que estavam procurando?