segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Declaração bomba - d'água

Em meio à tanta discussão sobre o fornecimento de água em Sete Lagoas, o presidente da Copasa, Márcio Nunes, deu uma declaração que pode ser considerada bombástica para a cidade. É com certeza a frase mais importante de toda a entrevista, publicada neste domingo no Estado de Minas (aquele que não tem nenhuma relevância), caderno de Economia.

Abre aspas:

Até 2020 estaremos presentes em todas as cidades mineiras.

Fecha aspas.

A entrevista é sobre o crescimento da Copasa, com a entrada na bolsa de valores e a capacidade de investimento. Mas a frase é para até os piolhos coçarem a cabeça. Afinal, o que revela o presidente, é que em 11 anos, a Copasa estará em todo estado, e Sete Lagoas, por inclusão, também ( ou vão declarar independência e formar a República Independente das Sete Bananas Lagoas?).

Para esquentar ainda mais o assunto, conversamos recentemente com o Geólogo José Jaime Branco, filho de Sete Lagoas, da (re)conhecida Dona Helena Branco, que informou que é um grande risco para a cidade manter apenas um sistema de captação de água. Com o crescimento populacional nos últimos anos, permancer apenas com a captação de poços é correr o risco de cada vez mais faltar água. E na prática isso já ocorre. Em 2008, o Saae perfurou 8 poços, mas apenas 2 deles apresentaram vasão ideal para fornecer água. "Isso é um sinal de que o sistema não aguenta mais", declarou o catedrático da Escola de Minas da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Para ele a solução é realmente captar água superficial, seja do Rio das Velhas ou Paraopeba. "São obras caras, mas que é preciso ser feito", garantiu José Jaime Branco.

Será que nossos administradores vão conseguir segurar essa pressão? Ou estão escondendo alguma informação? Pois se é para vender, que seja por um bom preço. Vamos dormir com esse barulho...

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Dica de evento: Grupo Galpão em SL nesta 5.ª



O público setelagoano será brindado esta semana com mais um Espetáculo. Isto mesmo, com "E" maiúsculo. O renomado Grupo Galpão se apresentará na cidade nesta quinta (27), às 19h30, na Praça Dom Carlos Carmelo Mota, a Praça da Feirinha. A montagem, realizada a partir do texto “Till Eulenspiegel”, de Luís Alberto de Abreu, representa a volta do Grupo Galpão ao teatro de rua e suas formas de representação popular com a peça "Till, a saga de um herói torto". Imperdível!

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

E por onde anda?...


Na época foi um grande estardalhaço. Na imprensa o que mais tinha eram pessoas prontas a defender a execução sumária de centenas (seriam 25 mudas catalogadas e identificadas da mesma espécie, por árvore a ser abatida) de pequizeiros em nome do avanço em Sete Lagoas. Posto isso, até uma lei foi aprovada na Assembléia Legislativa, que autorizava o corte das árvores, para que a indústria cervejeira pousasse pelas terras das bananas. Ai eu pergunto: onde estão os pequizeiros que deveriam ser plantados? Ou onde estão as ações prometidas em troca da devastação ecológica na região?

Mas ainda tem mais. Não vou ficar restrito apenas aos questionamentos ecológicos, mas sim sociais. Onde estão todas aquelas pessoas que tanto esbravejaram a favor do corte dos pequizeiros? Onde elas estão para cobrar a contrapartida da empresa? Sumiram todos. A entidade representativa do comércio foi a que mais abraçou a causa. E são os mesmos que estão promovendo uma tal caminhada ecológica até à Serra de Santa Helena. De lá eles poderia avistar a devastação que causaram na região que foram implantadas as indústrias. Deveriam, em vez da tal caminhada, fazer uma manifestação em frente à fábrica, exigindo a contrapartida ecológica tão prometida pela empresa. Mas pelo jeito, permaneceram calados. Triste hipocrisia.

A última informação que tivemos, de um membro do Conselho Municipal de Meio Ambiente, é de que a empresa ofereceu um boa quantia para algum projeto social, no lugar do plantio dos pequizeiros. Esperamos que sejam atendidos pessoas que sobrevivem dos frutos e da vida do cerrado. É a forma mais lógica de recompensarem.

Mais uma vez o capital venceu o meio-ambiente. Justamente em tempos que o próprio capital está sendo contestado. Só mesmo por aqui...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dica de evento: Arthur Moreira Lima


O cenário cultural está agitado, com grandes apresentações em Sete Lagoas. Segue mais uma dica, o renomado pianista Arthur Moreira Lima estará em Sete Lagoas neste final de semana, com apresentação na Feirinha. E o que é melhor: DE GRAÇA. Na semana que vem tem outro grande espetáculo, Grupo Galpão.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Terá solução?

Agora a solução está mais do que nunca nas mãos da prefeitura. Na tarde da última terça-feira, a Câmara Municipal aprovou por unânimidade uma mini-reforma administrativa, que envolveu poucas secretarias. Talvez a mais importante, em termos práticos, é a criação da Secretaria de Trânsito e Transporte Público. Algo que a cidade precisava há muito tempo.

Desta forma, Sete Lagoas agora terá toda uma estrutura administrativa para pensar no trânsito, que se encontra bem ruizinho, principalmente no centro em horários de pico - mas não restrito à eles. Além disso, terá que pensar em soluções, como a do texto anterior, que trata da curva da morte. Além disso, também terá que traçar melhor nosso tráfego e principalmente melhorar o transporte coletivo. É um trabalho e tanto, mas que agora terá uma pessoa para responder por isso, na verdade um secretário e seus subordinados. Não esperamos soluções milagrosas, mas que tenham soluções.

Está dada a largada para um trânsito melhor. Que apostem nos resultados. Vamos cobrar mais enfaticamente a partir de agora.

Em tempo: o próprio secretário de planejamento, Flávio de Castro, em seu blog, explica melhor essa mini-reforma. Melhor do que ninguém para colocar os pingos nos is neste caso. Leiam...

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Vão esperar morrer quantos?



Mais uma vez o trânsito de Sete Lagoas serve de tema para No Prelo. Não, não iremos abordar o cenário caótico que toma conta da cidade, e que agora não respeita mais nem os horários de pico, mas sim de um trecho específico de nossa malha viária: o Viaduto da Avenida Norte Sul - para que nossos leitores se situem, o apelidado "Viaduto do Náutico".

No último final de semana mais um jovem perdeu a vida naquele ponto da Avenida. Um motociclista de 21 anos, que trabalhava em uma siderúrgica e que nos horários vagos fazia bicos como mototaxi para aumentar a renda, foi atingido por um veículo cujo motorista, que seguia em sentido contrário, perdeu o controle da direção, rodou, invadiu a outra pista e "colheu" a moto.

Vão esperar morrer quantos para tomarem uma atitude decente quanto ao Viaduto da Morte? Vão esperar quantas pessoas se acidentarem para terem a noção de que apenas placas com limite de velocidade e pinturas "de tinta guaxe" na pista não adiantam para resolver o problema? Não sabemos se foi erro de cálculo - não somos engenheiros -, se barreiras nas laterais e no meio da pista ou se radares com registro de velocidade vão diminuir os riscos.

O que temos a noção e a consciência é de que alguma medida tem que ser tomada ou vão continuar morrendo pessoas naquele ponto da Avenida Norte Sul. Não adianta vereador ou político que seja liderar manifestação ou fazer "pedido de providência" na tribuna para ver se algo é realizado, porque a grande parte destes pedidos não têm resultados práticos - a não ser limpeza de rua e tapa buraco, o que é uma obrigação da Prefeitura e não favor de parlamentar.

Enquanto isso, a cada semana uma nova ocorrência é registrada e uma nova família chora a dor de uma morte. Até quando?

(Na foto que abre o post, flagrante de um dos vários acidentes registrados no "Viaduto da Morte". A foto é do nosso companheiro Davidson Padrão, da Revista Hobby. Vale a pena ler!)

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Os reclamões da cultura

Reclamar é uma forma de se acomodar. E os reclamões a gente encontra em todos os lugares, em mesa de bar, nos bate papos na esquina. Mas existe uma classe específica de reclamões que se espalha na cidade, os reclamões da cultura. Eles reclamaram quando a revista Isto É tratou a nossa Sete-Bananas-Lagoas como um deserto cultural. Reclamam do som alto de eventos no Anfiteatro do Casarão. Mas também reclamam que não há uma vida cultural na cidade.

Pois bem. Na última segunda-feira, em um projeto dos vereadores Dalton Andrade (PT) e Renato Gomes (PV) - mas na verdade vimos apenas o Dalton no local - os reclamões tiveram uma boa chance de não mais reclamar. O projeto Viva Voz, realizado na Casa da Cultura, trouxe duas excelentes palestras, que falaram um pouco sobre as raízes da cultura Afro-Brasileira, o que define e muito o que somos (não adianta negar, pois mesmo a elite branca de olhos azuis tem seu pé na senzala). No intervalo, uma bela apresentação de capoeira, e um grand-finale com o grupo Xorô, com clássicos do samba e chorinho.

Mas para a nossa surpresa, boa parte dos reclamões nem na porta passaram durante o evento. Não estavam lá nem para reclamar. Se meus cálculos estão bons, estiveram durante o evento pouco mais de 50 pessoas. E pior, um evento com entrada franca.

Mas há de se redimir. O projeto terá mais uma edição na quinta-feira, a partir das 19h30, com palestra do nosso amigo Paulinho, do Bloco do Boi. Uma nova chance para os reclamões de plantão terem um bom motivo para parar de reclamar...

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Atendendo a pedidos


Blog é isso, a troca de informações é primordial para que a notícia atinja seu objetivo, o público. Por isso, atendendo a pedidos do blog do Saae, que já tem seus leitores cativos, linkamos o endereço deles aqui.

Eles sempre estão com novidades e muito bastidores da autarquia.

Recomendamos...

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Exposete: decisão certa ou não?

De antemão, queremos avisar: este texto é mais uma reflexão e uma questão do que qualquer coisa parecida como uma resposta. Ambos escribas deste blog discutiram minutos a fio para buscar uma conclusão e chegamos à seguinte conclusão: não há uma conclusão e sim uma questão que só o tempo vai responder. Então vamos à ela.

No final da tarde de ontem, mais precisamente às 18h, o prefeito Maroca e o secretário de saúde, José Orleans, anunciaram algumas medidas durante a Exposete, que com certeza irá aglomerar milhares de pessoas em um curr..., ops, em um mesmo espaço. Pouco antes de começar a festa, com certeza eles não iriam cancelar o evento, afinal, com isso, iriam acordar a fúria de empresário(s), e de parte da própria população, leia-se, eleitores. Mas então ficaram em opções burocráticas, como a confecção de 5 mil panfletos, isso mesmo, 5 mil panfletos explicativos. Além disso, aconselharam as pessoas ficarem distantes a um metro de gripados e sempre lavar as mãos e carregar papel toalha.

Ai surge a dúvida. Em Sete Lagoas apenas dois casos foram confirmados, por contaminação fora da cidade, outras três deram resultados negativos e duas esperam o resultado. Ou seja, o município ainda apresenta pequenos índices de contaminação, principalmente se olharmos o tamanho da população. Mas se de um lado seguiram as normas e adiaram o início das aulas para evitar aglomerações, então por que deixarão aglomerar cerca de 25 mil pessoas em um mesmo curr..., ops, espaço? E os números são bem diferentes. Será que apenas 5 mil panfletos serão suficientes para as quase 40 mil pessoas esperadas nos cinco dias de exposição, muitas delas vindas de fora?

Por outro lado, a prefeitura de Juiz de Fora cancelou dois eventos que aconteceriam em agosto, e que com certeza teriam uma aglomeração assim como nas Sete-Bananas-Lagoas, um deles inclusive é a festa agropecuária.

Admitimos aos nossos leitores que não sabemos se a medida adotada pela prefeitura é correta. Se entra na paranóia de fechar tudo que aglomere mais de três pessoas ou mantém os eventos, principalmente a Exposete, que é em área externa. Como dissemos, só o tempo vai responder. O resto, é especulação...


Em tempo: o Twitter, nosso novo espaço de comunicação, está temporariamente fora do ar. O gorjeio do passarinho foi atacado por um vírus, mas em breve estará de volta.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Acumulando funções...

Enquanto a cidade anda às voltas com problemas que vão desde uma rede de esgoto ou de água que estoura e jorra água e "J"osta pra tudo quanto é lado, ou um trânsito caótico, sem perspectiva imediata de melhora, temos a grata surpresa de receber a informação de que nosso dignissímo prefeito, Maroca, passa a acumular funções. Como de praxe, como diz release encaminhado às caixas de e-mails destes que vos escrevem, o chefe do Executivo, além do cargo que ocupa lhe imputado pelo povo através do voto, agora também é presidente da Junta de Serviço Militar de Sete Lagoas.

Em cerimonia que contou com autoridades militares ligadas ao Exército, Maroca leu juramento e agradeceu - diga-se de passagem muito bem - o apoio do GAAAe na luta contra a Dengue na cidade, no início do ano. Gostamos do Maroca, é um cara bacana, e por isso não poderíamos deixar de brincar um pouco. Será que o prefeito vai dar expediente, agora, também, na Junta Militar? Jovens em período de alistamento, preparem seus documentos e aproveitem para levar a reivindicação de sua rua, seu bairro, sua região.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Fácil soluçao?

O trânsito caótico da cidade voltou a ser assunto no plenário da Câmara. e desta vez o protagonista foi o Marcelo, eleito como Cooperselta, por ter vindo dessa classe. E, a princípio, de trânsito ele deveria entender bem.

Mas para ele a solução do caos instalado no centro da cidade é simples: apenas determinar horários para o transporte público. Ou seja, os lotações teriam horários fixados pela secretaria competente. "Não será a empresa ou os permissionários que deverão fazer essa determinação. Isso deve vir do poder público". Ele questionou sobre a criação de uma secretaria específica para tratar do assunto.

Mas será que é tão simples assim? Por que ninguém teve essa idéia genial antes?


Em tempo: para barrar a gripe A, ou suína, como ficou conhecida, será proibido os selinhos, ou beijinhos entre os adolescentes. Mais detalhes vamos deixar para nossos colegas do Sete Dias, no Sem Reserva. Com a palavra a equipe do jornal...

Engolindo a seco

Pode não ter sido o maior destaque, mas com certeza chamou a atenção da maioria dos presentes no plenário da Câmara Municipal nesta tarde. O inflamado, por que não dizer fogo nas ventas, Reginaldo Tristeza teve que se amansar, e falar calmamente.

Depois de pedir a cabeça da secretária de educação, Maria Lisboa, em reunião ordinária, esbravejando contra suas atitudes, agora foi a vez do vereador voltar atrás. Ele engoliu a seco e elogiou a atitude da secretária, em colocar no segundo e terceiro escalão, pessoas que já tem uma extensa carreira dentro da secretaria.

Mas antes, ele justificou: "Não tenho nada contra a pessoa da secretária Lisboa, apenas cumpri meu papel de vereador".

Então tá...

Novo canal


O mundo é instantâneo, rápido e o jornalismo, como uma prática que deve ser o cronista da sociedade não pode ficar para trás. Por quê falamos isso?

Resposta prática: porque estamos anunciando mais um canal de comunicação com nossos leitores. O No Prelo chegou também ao Twitter, uma maneira rápida de atualizarmos os acontecimentos. Estamos em uma pequena fase de adaptação, principalmente de linguagem, afinal, são apenas 140 caracteres para usar e transmitir uma informação.

Este blog continua sendo nosso principal meio, afinal, o espaço aqui é maior e já temos leitores assíduos. O Twitter, servirá, principalmente, para anunciarmos novos textos, e em caso de necessidade, de algum acontecimento de grande importância, nos reportarmos em tempo integral com nossos leitores.

Então nos siga: www.twitter.com/noprelo

Esperamos você lá.
Abraços da equipe de dois jornalistas.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Pintaram um cenário apocalíptico



Soou muito estranho para estes dois escribas o confronto de informações quanto à situação econômica da administração municipal. Durante coletiva na quarta-feira passada, o secretário de Planejamento, Orçamento e Gestão, Flávio de Castro, falou a membros da imprensa local sobre a previsão de receita e o que realmente está sendo apurado. E é aí que vem o que consideramos estranho. A edição do jornal O Tempo traz a seguinte manchete: "Sete Lagoas à beira da falência".

Mas que falência é esta? Em nenhum momento o secretário falou nada que pudesse levarnos a pensar em tal situação, em tal quadro apocalíptico. Pelo contrário, ele ressaltou até que o próximo ano deve ser melhor, com previsão de melhoria no cenário econômico e chegou a dizer, como está em post abaixo de No Prelo, que gostaria que 2010 fosse transportado para 2009 para que a Prefeitura pudesse respirar.

Ficou no escuro justamente a abordagem, se é que o secretário realmente falou em falência ao tal jornal. Os números apresentados são claros e remetem a dificuldades - como se isso estivesse acontecendo somente com Sete Lagoas. O jornalista Roberto Andrade, do jornal Tribuna de Sete Lagos, foi perfeito em sua abordagem quanto á matéria em questão e listou investimentos e prognósticos de receita para confrontar as informações publicadas e contrapor ao que foi dito - se é que o nosso amigo Flávio de Castro fez tais afirmações -, fica a dúvida.