quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

Para fechar o ano

Tem coisas que só acontecem no condado das Sete Lagoas, e viram logo motivo de piada. Uma última para fecharmos com chave de ouro este fim de ano.

A festa de reveillon promovida pela prefeitura inclui uma queima de fogos patrocinada pelo Banco Itaú no prédio do Banco do Brasil.

Então tá...

Aproveitamos e deixamos aqui nossos votos de felicidades a todos que nos acompanharam este ano. E que 2010 seja repleto de realizações, tanto pessoais, quanto sociais.

Obs.: Em tempo. Pedimos nossas sinceras desculpas aos mais assíduos leitores deste blog. O mês foi sofrido para notícias na lacustre Sete Bananas Lagoas, e mal conseguíamos bons materiais para os jornais. Prometemos voltar com tudo em janeiro.

Hasta la vista, baby...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Uma maneira diferente de "enxergar" o jornalismo

No Prelo foi criado há mais de dois anos e desde então temos - Marcos Avellar e Fred Rezende - tentado fomentar a discussão sobre diversos assuntos da sociedade local. No Prelo, como extensão do programa Comunicação Total da Rádio Santana 87,9 FM (edições de sábado), tenta abrir espaço para que opiniões conflitantes possam ser colocadas pelos leitores e ouvintes, logicamente dentro da responsabilidade e da ética, inerente ao trabalho jornalístico sério.

Não sabemos se temos conseguido nosso objetivo, mas a leitura assídua dos amigos e dos interessados no debate sadio e com foco no bem da cidade tem demonstrado que pelo menos parte de nossos objetivos foi conseguida. A liberdade de expressão é um anseio da sociedade e a criação dos blogs conseguiu fazer com que as pessoas pudessem ter visões diferentes de determinados temas. Ou seja, elas não ficam presas apenas à opinião deste ou daquele veículo de comunicação. Ela interage, busca outros ganchos, é uma conquista!

Enxergamos o jornalismo com outros olhos. Nos atemos aos fatos, mas aqui temos a obrigatoriedade de ir mais além, de questionar, colocar pontos de vista que numa reportagem normal não podemos fazer. No Prelo segue a linha de pensamento de seus dois idealizadores, que às vezes discordam entre si, mas após muito papo buscam um ponto comum e colocam-no aqui neste espaço.

O ano ainda não acabou e certamente teremos alguns temas para postar, mas gostaríamos de reforçar o desejo de que no próximo ano possamos debater seriamente os mais diferentes temas daqui e de fora. Reforçamos o compromisso de fazer o jornalismo de uma forma diferente, com uma maneira diferente de enxergar os fatos, sem fofoca e sem o criticar por criticar. Vamos juntos, com responsabilidade!

Marcos Avellar e Fred Rezende
Jornalismo No Prelo

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

Não custa perguntar...

O primeiro ano do governo Maroca está no fim. Neste blog vimos uma enorme diversidade de comentários, até mesmo alguns que a equipe completa de dois jornalistas se viu obrigado a não aceitar, por estarem atacando determinadas pessoas. Não é este o princípio do espaço e sim de discussão (é permitido o bom humor, por favor), para crescimento da cidade (ainda que tardia). Mas vimos pessoas insatisfeitas, vimos pessoas que defendem o prefeito, vimos pessoas sensatas e pessoas com motivações pessoais. No final, o que vale é a democracia.

Então, desta forma, decidimos lançar uma pequena enquete neste espaço. A pergunta parece óbvia, mas serve para conhecermos melhor a opinião de nossos amigos e leitores. Afinal, não temos a pretensão de sermos um instituto de pesquisa, e ao final, com o resultado em mãos, declararmos ser os donos da verdade absoluta. Sabemos que este tipo de enquete é limitada, pois há muitos mais o que ser discutido além dessas simples palavras colocadas para que o leitor escolha entre elas, mas é importante a SUA opinião.

Votem. O prazo termina no dia 31 de dezembro. Afinal, no dia primeiro de janeiro já estaremos no segundo ano de mandato.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Repassando...

A pedido do nosso amigo Paulinho do Boi, publicamos abaixo a carta feita por ele, enquanto presidente do Conselho Municipal de Cultura. Muitas vezes reclamamos da falta de ação neste setor, mas não vemos que há pessoas que trabalham em prol de nosso bem mais precioso: a cultura. infelizmente, Paulinho vai deixar o conselho, e disse que um pouco decepcionado. Esperamos que outras pessoas tenham o mesmo empenho nos próximos anos. É isso que a cultura precisa.


Carta aberta aos artistas e ao povo de minha terra querida.

Deus Seja Louvado!


Caríssimos Cidadãos


A atual gestão do Conselho Municipal de Cultura de Sete Lagoas, por mim presidida, finaliza no dia 31/12/09. Assim, registro o meu agradecimento pela confiança depositada ao longo do exercício 2008/2010 e aproveito para informar-lhes alguns feitos e lutas deste pleito.
É fato a degradação do pensamento coletivo em relação aos anseios culturais de nosso município mas, também é fato, a resistência dos artistas locais em permanecer lutando contra a inoperância do poder público nas deliberações advindas das cadeiras por nós representadas. Ao longo destes anos procuramos dar voz ao CMC, estudamos leis, pedimos alterações em algumas e o cumprimento de outras. Conseguimos muito pouco ou quase nada. Entendemos, mas não aceitamos, a lentidão do executivo em favorecer o simples e o prático, no que tange ao discernimento técnico para galgar melhorias na construção de uma política cultural adequada. Porém, continuamos acreditando, insistimos na esperança de melhorias, pois sabemos da diversidade cultural de nosso povo, o que potencializa nossa expectativa. Estreitamos pensamentos com o Conselho Municipal do Patrimônio Histórico, do qual sentimos uma abertura solícita, apoio técnico e moral. Registramos oito associações culturais que atuam em nosso município, organizamos, em força tarefa, com a Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Social, a Procuradoria da Câmara Municipal e os Vereadores: Renato Gomes e Dalton Andrade, o pagamento das subvenções sociais culturais para as mesmas. Conseguimos com o Vereador Miltom Saraiva uma alteração legal para o favorecimento moral dos repasses destas subvenções. Entregamos, à atual gestão municipal, um relatório técnico, com indicações das necessidades básicas para início da construção de uma política cultural que transpasse as intenções politiqueiras partidárias e fortaleça o sustento, a tradição e os ofícios advindos da diversidade cultural de nosso povo. Agora, esperamos pelo respaldo do Executivo e que se construa um planejamento estratégico para o cumprimento de tal.
Agradeço a todos os conselheiros pelo carinho, paciência, apoio e, de maneira muito especial, aos funcionários da Casa da Cultura e do Museu Histórico, Jane, Shirley Francisca, Bernardo, Maria Helena Verdolim e Carla.



Paulo Henrique de Souza (Boi da Manta)
Presidente do Conselho Municipal de Cultura
2008/2010

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Anteprojeto dos cinzeiros ainda rende...

É com grande prazer que No Prelo recebeu mensagem do colega Bruno Perez, jornalista radicado atualmente em Roraima e que vem colhendo louros de seu trabalho sério. O companheiro, que por cerca de 1 ano nos fez companhia na Rádio Santana, no programa Comunicação Total dos sábados, resolveu dar seu pitaco sobre o anteprojeto da instalação de cinzeiros públicos. Segue a abaixo o texto encaminhado pelo Bruno Perez.

Coisas de Sete Lagoas, mas contra os setelagoanos

Bruno Perez*


Na semana passada, me deparei com uma notícia que sem dúvida pode ser encarada como uma comédia, porém sem graça alguma. Como pode um anteprojeto que visa a instalação de cinzeiros para coletar bitucas de cigarro na área central poder ser votado e aprovado por unanimidade? Este anteprojeto 112/2009, do vereador Gilberto Doceiro, é uma brincadeira de mau gosto.

Nos tempos atuais, onde os números apontam a gravidade e os perigos do tabaco, é quase que inaceitável, ou inacreditável, que algum vereador sugira algo como este. É tendência nacional, e até mesmo mundial, isolar ambientes, fazendo com que eles fiquem livres da fumaça chata e prejudicial à saúde. Em reportagens nacionais vimos a opinião do público, mesmo dos fumantes, que concordam com os perigos da nicotina para eles e para os fumantes passivos. É de se espantar.

Isso vai de encontro com o que vem acontecendo nas grandes cidades e capitais brasileiras. Curitiba, Belo Horizonte, São Paulo e outras já deram o exemplo, e Sete Lagoas parece estar fechada para coisas boas e, desta vez, o não fumante sai perdendo esta batalha.

Enquanto os ex-prefeitos continuam tendo mais destaque, negativos, claro, Sete Lagoas vai sendo deixada de lado com projetos deste naipe. O que falta para termos pessoas comprometidas? Falta preparo ou renovação inteligente? Na verdade, acho que necessitamos de pessoas que dediquem mais tempo às coisas do Município, deixando de lado partidos, classes ou problemas pessoais. Só assim teremos projetos inteligentes, votados e aprovados por pessoas preparadas.

Não poderia deixar de fazer algumas perguntas. O autor do projeto fuma? Dos demais vereadores, quantos são fumantes? Quais seriam os motivos deste anteprojeto? Será que eles têm motivos?

* Bruno Perez – Jornalista, formado pela PUC Minas, pós-graduado em Assessoria de Comunicação, repórter e apresentador da TV Imperial (Rede Record - Roraima), apresentador da Rádio 93 FM e assessor de comunicação da secretaria estadual de Saúde de Roraima. Em Minas Gerais, trabalhou nos Jornais Sete Dias e Tribuna, além da ETV Sete Lagoas.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Finalmente!!!!!


Depois de uns longos e tenebrosos invernos e verões, finalmente a Câmara Municipal aprovou, por unanimidade (é óbvio) o projeto de lei que regulamenta o serviço de mototaxistas. A história já deu novela, com ar de dramalhões, mas no final acabou bem, para alguns. Explicamos:

O projeto vai regular o serviço na cidade, que será de um profissional para cada 400 habitantes, o que daria apenas cerca de 550 mototaxistas na cidade, número muito inferior do que existe hoje, com mais de 1 mil, pelo menos. Além disso vai impor diversas taxas, impostos e regras para os profissionais atuarem, bem como determinar o preço cobrado. Assim, provavelmente, vai-se selecionar bem o número de mototaxistas circulando pelas ruas. Será?

Não damos como certo isso. Para barrar os "clandestinos", vai precisar de muita fiscalização, o que muitas (ou na maioria das) vezes não acontece. Muitos deles fazem apenas um "bico" no final de semana, para tirar uma graninha a mais e ajudar no orçamento ou até mesmo pagar as prestações das motos. Quem vai selecionar será a população, que poderá escolher entre aqueles que estão regulares e aqueles irregulares. A conhecida seleção natural.

O que esperamos a partir de agora, e que foi cobrado das lideranças da classe no último programa Comunicação Total, é uma maior união entre os profissionais. Sem isso, eles perdem a força para reivindicar e mesmo cobrar do poder executivo. O exemplo disso foi a presença dos mototaxistas durante a aprovação na Câmara. Estava apenas nosso amigo Evaldo, presidente do sindicato. Trabalhadores: univo-os.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Na contramão?


De início dizemos que este texto é reflexivo. Basta ver a interrogação no título. Mas o que nos levou a tal philosofia de bar foi um projeto de lei apresentado pelo vereador Gilberto Doceiro, que figura entre outras na pauta da reunião ordinária semanal da Câmara Municipal. O tal texto defende o emprego de cinzeiros públicos, ou recipientes para bitucas de cigarro, nas ruas.

Pois bem. No mundo inteiro o que vemos é uma constante campanha no combate ao fumo. Estamos diante a um verdadeiro batalhão em ação, coibindo cada vez mais a ação dos tragadores de fumaça. Recentemente leis pipocaram pelo Brasil, em São Paulo, onde se vê placas que proibem o cigarro em qualquer espaço fechado, no Rio de Janeiro há também uma legislação e Belo Horizonte, que foi mais amena, também. Além disso, nem é preciso lembrar que o governo já há muito proibiu a publicidade de cigarros e impôs aquelas imagens no fundo do maço (se você ainda não viu, por onde esteve nos últimos cinco anos?).

E na outra ponta vem este projeto de lei, que de certa forma incentiva as pessoas andarem pelas ruas a soltar suas fumaças. Não está um pouco de encontro com o que vem sendo aprovado em outros lugares, pergunto ao nobre leitor.

Gilberto Doceiro, um evangélico, é defensor árduo no combate às drogas, junto ao Milton Saraiva, e das boas morais. Será que ele nunca viu estatísticas sobre as morte causada pelo câncer de pulmão? Aliás, será que ele nunca viu o drama de um paciente deste mal que mata mais que as drogas ilegais que ele tanto combate? O vereador, em primeira instância, devia estar pensando na limpeza da cidade, mas deve ter esquecido do terceiro lado da moeda. E que isso pese antes de votar...