quarta-feira, 25 de maio de 2011

Falando nisso...


Falando em Guarda Municipal... É assim que eles fiscalizam o trânsito?

Tá bom.

A foto foi tirada poucos minutos depois de postar o texto abaixo.

O risco de uma indústria

Enviado pelo prefeito e aprovado pela Câmara Municipal nesta terça-feira, os Guardas Municipais, que antes estavam fadados a serem meros coadjuvantes de manobras políticas, agora ganham poder. E poder de multar. E, assim como em Belo Horizonte e outras cidades, o caso não vai deixar de causar polêmica.

Por um lado, há aqueles que defendem que é preciso reforçar a fiscalização no trânsito, que anda a um passo do caos (se já não chegou a ele). Depois que a Polícia Militar parou de controlar os abusos nas questões do trânsito municipal, parece que a confusão aumentou ainda mais. Outro argumento é que eles foram preparados para exercer a função, com treinamento feito junto a policiais militares, com direito a provas e notas para conclusão do curso. Ou seja, estariam prontos e treinados para fiscalizar.

Do outro lado, pessoas afirmam que com a nova lei aprovada pelos vereadores, pode se instalar na cidade uma indústria da multa. Afinal, para conseguir aumentar um pouco do seu mirrado salário, eles vão canetar muito pelas ruas, e podem até mesmo cometer abusos, em nome da gratificação.

Esta lei é uma forma do poder público repassar novamente para o cidadão os baixos salários pagos aos agentes públicos. Pagam mal, dão gratificação, e que se vire para pagar as multas. A prefeitura da cidade não inventou a roda, afinal, várias outras cidades já adotaram o sistema.

Mas fico cá com as pulgas atrás da orelha se isso não vai dar confusão ainda.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que podemos fazer por nós?

Sei que ando avoado nos últimos dias - e para falar a verdade - desde que voltei de minhas férias. Não é para menos. Se você sai de seu mundo um pouco, desloca sua identidade, conhece outros ambientes, não tem como voltar a mesma pessoa, os mesmos pensamentos, as mesmas idéias. Se você vai e volta do mesmo jeito, é porque a viagem não fez diferença nenhuma em sua vida. Você se tornou apenas um turista, destes que ficam mais preocupados em tirar fotos para mostrar aos amigos - aquelas fotos comuns de cartão postal - do que realmente absorver o que o mundo te apresenta debaixo do seu nariz.

Mas voltei não com vontade de ficar por lá, assim como todos te cobram ao chegar. Mas sim, com um sentimento diferente de onde você partiu. E é nisso que venho pensado muito nos últimos dias. Peço desculpa aos amigos, inimigos e leitores deste blog por tamanha ausência. Mas a cabeça está um pouco um tanto quanto fora de órbita.

Sete Lagoas por um tempo tornou adormecida. Um túmulo que não parecia nunca se abrir, ressucitar. Mas vejo a luz no fim do túnel. Vejo a luz em pessoas que realmente tem a proposta de apresentar uma alternativa dessa política de velhacaria vista nos últimos 20, 30 anos na cidade. Pessoas que propõem uma discussão séria, mesmo que ainda em pequenos círculos de conversa. É delas que podemos amplificar as idéias.

Vejo a luz em ações e reações, por exemplo, na cultura, em que se discute seriamente uma política pública, propostas para tirar do papel leis de incentivo e fundo de cultura, também adormecida por anos a fio. Tenho orgulho de fazer isso girar, de dar um gás maior na conversa, cutucar, de forma que a coisa ande.

Vejo a luz em algumas manifestações, que sejam tímidas nas ruas. Vejo a luz em blogs, twitters, ferramentas essenciais neste mundo moderno. Mesmo que se critiquem vários deles, é a população que agora tem o direito de falar, expor sua opinião, criticar, elogiar, fofocar.

E é por isso tudo que ando aéreo. Que ando pensado. Vale mais a pena MUDAR Sete Lagoas, do que mudar DE Sete Lagoas.

Vamos em frente então.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Trânsito, gasolina, transporte público

Viajar faz bem para a alma e para a mente. Arejar de todos os processos vividos no cotidiano, e ainda mais, ver nosso mundo de fora, com outros olhos. É isso que me inspira a fazer este texto.

Não é de hoje que neste blog se fala de transporte público. Mas agora outros fatores vieram para dar um gás maior ao assunto. Falo do trânsito e do preço absurdo dos combustíveis, que bateu o teto de R$3,10 par a gasolina, mas que agora perde o fôlego e o preço começa a cair a patamares menores. Do outro lado, vivemos a um passo no caos no trânsito de Sélagoas. Se o caos já não foi implantado.

O preço da gasolina é absurdo? Talvez mais ainda é a sociedade abusar dos carros no trânsito das cidades. Aqui não é diferente. A maioria anda sozinha em seu veículo, muitas vezes para rodar poucos quilômetros. O resultado é óbvio. A supervalorização do combustível e um trânsito sofrível.

Mas a culpa é da sociedade? Em parte. Em uma cidade que o transporte público é igualmente um caos, resta a maior parte da população recorrer aos seus carros. Temos um modelo ultramegaultrapassado. Temos uma empresa concessionária e a tal cooperativa. Ambos travam uma batalha nas ruas, por linhas e por passageiros que não nos leva a nenhum lugar. Literalmente. Talvez só mesmo em Sélagoas que existem dois prestadores de transporte público, mas que fazem as mesmas linhas e os mesmos horários. De alternativo não tem nada.

E ainda tem o trânsito no centro da cidade. O que vemos em grandes centros de outros continentes é uma ação do governo de tentar barrar seus cidadãos de trafegar por ruas mais complicadas em horários de picos. Vale até pedágio de valor alto, para que pensem duas vezes antes de se meter em um carro. Mas é claro, isso em países que a malha de metrô e ônibus é extensa, e funciona efetivamente.

O centro da nossa cidade é toda ocupada pelos carros. Principalmente daqueles estacionados. E ainda pelos ônibus de transporte público que tem pontos em locais complicados.

Não é preciso um estudo detalhado para saber o que o trânsito da cidade necessita. É preciso sim atitude, coisa que nossos últimos mandantes não tiveram. Bater de frente com parte da população para um bem comum, ou mesmo contra empresas acostumadas a só ganhar, faz bem para o futuro da cidade.

Mas tem que ter peito. Enquanto isso...