quarta-feira, 30 de junho de 2010

Discussão saudável é discussão importante

Temos observado os comentários dos dignos leitores de No Prelo sobre a questão que envolve a criação do Parque Natural Municipal da Lagoa da Chácara. Sobretudo por isso temos evitado publicar novos posts para fazer render o assunto e levar até os interessados o alto nível das discussões que estão presentes neste espaço da Rede. Comentários como os feitos pelos amigos Paulo do Boi e Alessandra Lisboa só fazem crescer a discussão saudável, que é uma discussão importante, e é justamente o que interessa.

Estes dois jornalistas que voz escrevem criaram No Prelo justamente para isso. Reiteradas vezes colocamos para os que nos acompanham, seja aqui no blog ou na Rádio Santana FM, aos sábados, que não temos o objetivo de criticar por criticar. Nossas críticas têm como alvo o crescimento do Município, de seu povo, mas ao mesmo tempo procuramos apontar caminhos, sempre com o apoio fiel de nossos leitores e ouvintes, que não são poucos.

No Prelo procura disseminar a informação para que o cidadão, o internauta, possa criar sua própria impressão, fazer sua análise e tirar suas próprias conclusões. Não somos donos da verdade, muitas vezes erramos, mas não temos a intenção de difamar, denegrir ou jogar por terra o trabalho do prefeito, dos secretários, dos vereadores, de qualquer político ou pessoa da comunidade. Muito pelo contrário!!!

A criação do Parque Natural Municipal da Lagoa da Chácara é sim um ponto importante a ser discutido por nossos representantes. A Lagoa da Chácara é um patrimônio municipal, público e o povo tem que ter acesso a ele. Para isso, nada mais justo do que criar medidas para auxiliar nesta questão. Temos mais prioridades e com certeza, com esta mobilização sadia e na luta pelos nossos direitos, chegaremos a cada uma delas. A Lagoa José Félix é um exemplo claro de como a falta de ação do poder público privou os cidadãos de poderem usufruir de um bem que é nosso.

Cidadãos politizados, que lutam por seus direitos sem ferir o direito dos outros é o que queremos, é o que a cidade quer. Avancemos nesta e em outras questões. E não se esqueçam, 3 de outubro vem aí, votem pela legalidade. Eleição se ganha no voto!!!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Passeata Ecológica adiada

Infelizmente, mais uma vez a Passeata Ecológica em defesa da criação do Parque Natural da Lagoa da Chácara foi adiada. O motivo é nobre, já que o evento aconteceria nesta segunda-feira (28), mesmo dia em que a nossa Seleção (Selecinha do Dunga) entra em campo pelas oitavas de final da Copa do Mundo.

Obrigado aos amigos colaboradores de No Prelo e de nosso trabalho jornalístico, Alessandra Lisboa e Paulinho do Boi da Manta, pela informação precisa. Notícia é de que o Instituto do Meio Ambiente e Cultura se reuniu com o prefeito Maroca e mostrou a ele a fragilidade do terreno onde está a Lagoa seca (coitada!). Temos certeza que ele ficou sensibilizado, mas daí a fazer algo em prol da proteção da ´rea são outros 500..

Tomara que o nosso governante tenha a consciência da necessidade de proteção daquele patrimônio ambiental. Nova data será agendada e No Prelo estará firme para divulgar.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sobre especulação imobiliária

Caros amigos que acompanham estes dois jornalistas em No Prelo, regularmente, pedimos desculpas para falta de assiduidade nas publicações, mas os afazeres diários têm nos tomado conta. Vida que segue...Entraremos hoje em um assunto que incomoda diversas pessoas, sobretudo em nossa cidade, a tal especulação imobiliária.

Quem não pensa em adquirir um imóvel, ter um teto, um lugar para morar ou simplesmente adquirir terreno, casa, prédio, seja o que for, como forma de garantir uma grana futura? Podemos afirmar, categoricamente, que muita gente tem este pensamento, porém, do jeito que as coisas andam em nossas Sete "Bananas" Lagoas o buraco é mais embaixo. A oferta é grande, a procura idem, mas os preços, vixe, se não tiram o caboclo de idéia fazm ele rever seus conceitos.

Ficamos por imaginar como a tal especulação freia o sonho de milhares de brasileiros, no nosso caso, setelagoanos. Lotes que há dois anos eram vendidos a R$ 20 mil ou R$ 25 mil hoje, em alguns casos, não saem por menos de R$ 70 mil em determinados bairros. A casas então, a quantidade delas nos classificados dos jornais não condiz com a capacidade de compra do cidadão. E aí ficam, ficam, ficam por vários anos e nada de vender. Ou então o caboclo compra, se endivida até o último fio de cabelo, não tem dinheiro para arcar com o montante e tem que entregar o que adquiriu.

Ficamos por imaginar, ainda, como pode numa cidade em que a média salarial é tão baixa - dizem os entendidos que não passa dos R$ 700,00 ou R$ 800,00 - a grande maioria dos trabalhadores têm condições de adquirir um imóvel em que as instituições financeiras (leia-se bancos) pedem garantias de, no mínimo, três salários mínimos? Quem está comprando estes imóveis? O tal Minha Casa, Minha Vida garante subsídio e prestações menores para imóveis até R$ 100 mil, mas vá procurar um imóvel novo, deste preço, em Sete Lagoas e veja se você consegue encontrar na cidade.

Este filão está aí, mas pelo visto muitos construtores ainda não observaram bem esta tendência. E se querem fazer, esbarram no alto preço dos terrenos, principalmente aqueles em locais melhores, o que faz com eles pensem melhor ou desistam. O poder público poderia intervir nesta questão da moradia na cidade, criando subsídios para construtores. Temos a consciência de que até o faz, visto que recentemente foi veiculada notícia sobre a construção de novas casas pelo Programa Federal na cidade, além do fato de que uma construtura de grande porte pretente investir no ramo "Minha Casa Minha Vida" nas proximidades do novo Shopping Sete Lagoas.

É mais um caso a ser pensado por nossos governantes, de auxílio à população que deseja adquirir seus imóveis e esbarram na especulação imobiliária setelagoana, que chega ao absurdo. Medidas como estas terão total e amplo respaldo destes dois que vos escrevem.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

Sete Lagoas precisa de asfalto é para suas ruas

A informação que chegou através da assessoria de comunicação da Prefeitura Municipal de que "o prefeito trouxe 104,5 quilômetros de asfalto" para Sete Lagoas e região - através de convênio, diga-se de passagem - pode ter sido muito bem recebida quando o assunto é a região, mas internamente pouco vai mudar. A Avenida Norte Sul, cujo nome é Avenida Múcio Reis, vai ser beneficiada, mas e o restante da cidade? Todo mundo sabe que a dita cuja é obra importante para beneficiar o escoamento da produção local, daí a necessidade de coloca-la nos cascos.

Sabe-se também que é exigência de grandes empresas, como a Iveco por exemplo, que os municípios onde se instalam sejam dotados de infra-estrutura necessária para o transporte de seus produtos, daí apertam o governo estadual para liberar verbas com destinação específica. Cidades da região também serão beneficiadas e suas ligações com Sete Lagoas, ponto positivo por exemplo para a tão aguardada ligação com Araçaí, mas e as demais ruas da cidade, como ficam?

Cadê o asfalto para tapar a quantidade de buracos e melhorar a grande maioria das vias setelagoanas. Sete Lagoas tem ruas e avenidas praticamente intransitáveis. Não é culpa única e esclusiva desta administração, pois outras que passaram por estas bandas também pouco fizeram neste quesito, mas o que vimos atualmente é uma situação, no mínimo, caótica. No Prelo sabe que não adianta trocar o piso se redes de água e esgoto continuarão em maus lençóis e que, troca num dia, remenda no outro para obras de saneamento. Porém, algo tem que ser feito e com urgência.

Enquanto o Município desponta como um dos que mais atrai investimentos e cuja arrecadação cresce, sua infra-estrutura continua devendo e o pior, as reclamações aumentam a cada dia. A tal mudança de filosofia pretendida nas últimas eleições caminha a passos lentos, esperamos que comece a correr...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Lotação mais cara e perda de verba da merenda...

Pois é, não adianta nada querermos o bem para nossa querida City, se as coisas não andam como agente deseja. Quando dizemos agente, estamos falando o povo. Um pouco atrasado, mas ainda em tempo, No Prelo traz a notícia da perda de repasse a ser empregado na merenda escolar no final do ano passado, além do aumento da tarifa do transporte coletivo em Seven Lakes.

Já na terça-feira somos pegos de surpresa com a notícia de que nos meses de setembro, outobro, novembro e parte de dezembro a cidade não recebeu repasses do Governo Federal para a aplicação na merenda da rede pública de ensino local. Foram mais de R$ 380 mil perdidos, pasmem, por falta de renovação do Conselho de Alimentação Escolar (CAE). É uma brincadeira deixar de receber verba do governo federal para aplicação neste fim por causa da não-renovação de um Conselho.

Onde estavam os comandantes da pasta da Educação que não observaram que o prazo estava vencendo e que o CAE deveria ser renovado para garantir a verba? No ano passado houve certa confusão na dita secretaria, era crítica em cima de crítica na secretária Maria Lisboa, que aliás, é bom salientar, sempre atendeu estes dois jornalistas com educação e fineza, nunca fugindo das perguntas, fossem elas quais fossem.

Mas dinheiro federal perdido é uma brincadeira de mal gosto, falta de pulso firme e observação mais forte dos comandantes da pasta. O Tesouro do Município teve que ser desfalcado para cobrir os gastos - e não fizeram mais do que a obrigação - por simples descuido, já que o CAE só foi renovado em novembro, conforme apuração da Comissão criada na Câmara de Vereadores. Em novembro, mais de dois meses após o prazo estebelecido.

Sobre o aumento na tarifa do transporte coletivo, só temos que ficar entristecidos por aqueles que utilizam, diariamente, o serviço e terão que arcar com mais este gasto. De R$ 1,85 para R$ 2,05, são vinte centavos que farão falta na somatória do mês todo. Não utilizamos o transporte coletivo público, por isso não podemos emitir opinião mais balizada sobre as condições como ele é prestado na cidade. Porém, levando em conta uma cidade plana, com distâncias pequenas entre um bairro e outro....

terça-feira, 8 de junho de 2010

E a tal audiência?

Acompanhando a final da Copa Cultura de Futebol, no domingo passado, entre Bela Vista e Ideal - só para constar, deu Ideal 2 a 0 (campeão) - um repórter da emissora entrevistou um dos empresários ligados à tal indústria do lixo que pretende se instalar em Sete Lagoas, o que motivou até mesmo uma viagem (não é tour não heim gente!) à Suíça para conhecer as plantas da Astronne.

Logo no início da conversa com o radialista, o representante da empresa - cujo nome não guardamos - disse em alto e bom som que o processo de implantação da unidade em Sete Lagoas está bastante adiantado e mais, ele crê que até o final do ano a Astronne estará no Município. Tudo bem que a viagem ao país europeu não foi à toa e as próprias impressões de membros desta comitiva já adiantavam a vinda para a cidade, mas aí que entra um ponto que julgamos principal.

Segundo o que foi salientado pelo prefeito Maroca, em coletiva, logo após o retorno, a população seria ouvida, através de mais uma das infindáveis audiências públicas, para que expusesse sua opinião sobre a instalação ou não desta Astronne, que diga-se de passagem deve lucrar bastante na cidade para ter tanta vontade de fazer de Seven Lakes sua vitrine no Brasil.

E aí, vai ter ou não vai ter audiência pública? Se o evento seria para ouvir o povo e saber se ele deseja ou não que a empresa se instale aqui, por que então o tal empresário disse que o processo de implantação está indo muito bem e que até o final do ano a Astronne deve iniciar o funcionamento? O principal interesse do Município é acabar com o passivo ambiental, mas falar que vai ouvir o povo e depois fazer morrer o assunto é no mínimo falta de compromisso.

Antes não tivesse falado nada e desse logo o aval para a implantação, pelo menos assim não ficaria um clima de "o povo que se exploda". Tiro no pé, desculpe-nos a franqueza.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma cidade de pé pesado

A reunião na Câmara Municipal ontem foi tensa. De casa cheia, os vereadores se viram pressionados a aprovar, sem muita contestação, o projeto de lei que reajusta o salário dos servidores. Aqueles que ensaiaram contestar qualquer coisa do texto, era massivamente vaiado pelos funcionários ali presentes. Mas no final, tudo passou, conforme eles esperavam.

Mas uma pulga ainda continuou atrás da orelha. Segundo os dados apresentados pela própria prefeitura, com o reajuste, a folha de pagamento vai representar 63% do orçamento previsto para este ano. Entendemos bem, 63%. Ou seja, a maior parte de tudo que pagamos vai para bancar os salários na prefeitura. Isso nos dá apenas uma interpretação, a não ser que estejamos errados: há claramente e notório um inchaço nos quadros de funcionários na administração. Não que isso seja uma surpresa, mas este dado mostrou numericamente a realidade. A cidade está com o pé inchado, sem muita possibilidade de mobilidade. Não é à toa que a capacidade de investimento é pequena, afinal, o grosso fica lá no prédio da prefeitura e suas secretarias.

Em mensagem à Câmara, o prefeito firmou compromisso de se ajustar a folha à lei de responsabilidade fiscal, que define o máximo de 54% do orçamento. Caso contrário, ele seria alvo fácil de processo. Mas para isso, a foice da demissão deverá correr solta no prefeitura. E aqui cabe a pergunta: para quem vai sobrar as demissões? Alto ou baixo escalão? Já saiu a notícia de que serão cortados a Guarda Mirim, projeto social, que emprega diversos jovens. Típico de administração tucana, que corta primeiro em áreas sociais. Mas isso serve para outro tópico.

No final, tudo foram palmas. Só esperamos que esses que bateram palmas não sejam os mesmos que depois terão que estender a mão para pedir emprego por ai.

Em tempo: Uma pergunta nobre leitor. Itamar se recusou a ser vice de josé Serra? Por que ninguém quer assumir este posto? Por que Serra não consegue um vice?