sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Que venha


Um instante;
um segundo antes;
aquele exato momento entre a despedida de 2010
e a chegada de 2011
Pense em tudo que quer,
em tudo que mais necessita.
Não só dinheiro, carros, casa.
Mas amor, amizade - muitos amigos à sua volta.
E solte seu melhor sorriso.
Para o ano que começa.

O 2010 foi de boas conquistas,
mas de perdas irreparáveis.
E será assim sempre;
uns a gente ganha,
noutros a gente perde.
Mas segue.
Tentando ser feliz.

Que venha logo 2011.
A todos.
Um feliz ano novo.

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

A cidade cobra seu preço II


Voltamos nesta tarde de mais uma tragédia neste final de ano. Agora foi a vez do bairro Padre Teodoro - que assim como o Itapuã, são bairros pobres, de renda baixa - conhecer de perto o drama de uma família de 12 pessoas que vivem em uma única casa. O muro de arrimo, que ficava em um nível superior, caiu em cima de dois quartos e a cozinha da casa. Resultado: três crianças, entre 2 e 13 anos, e uma mulher feridas. Ai podem me falar que foi o destino que causou o fato, que foge das forças do poder público. Será?

O bairro é um não-bairro talvez. Um não-lugar que poucos políticos devem conhecer - e se passaram por lá, foi no máximo nas eleições para pedir votos. É o típico de bairro que a gestão da secretaria municipal de Planeamento está barrando. Bairros sem a mínima estrutura, sem a mínima condição de receber casas. Deve ser este tipo de local que o secretário Flávio de Castro está "barrando" e os poderosos de nossa cidade não andam gostando. É o tipo de bairro, que se olhar as leis e o projeto, não teria sido aprovado. Mas, enfim, foi, e aconteceu a tragédia.

Para se ter uma idéia, não tem como se chegar à casa a não ser à pé. A rua, se é que é rua, íngreme, sem asfalto, cheia de lama e enormes crateras, não dá nenhuma condição de um carro transitar. Pergunto: e como fica o atendimento dessas quatro vidas que ficaram em baixo dos escombros? Não ficam. O SAMU ficou esperando lá em cima da rua, sem poder descer. Além disso, o muro de arrimo que desabou não tem nenhuma sustentação, e o desabamento era questão de tempo. Como foi.

E não para a nossa surpresa ao conversar com os moradores e seus vizinhos, descobrimos que na rua já houve asfalto. Sim, consta na prefeitura que a rua é totalmente transitável, asfaltada. E para a nossa não surpresa, sabe quem foi lá inaugurar? O Sr. Ronald, o Cana Brava.

Ah sim... Já entendemos tudo...

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A cidade cobra seu preço


O final deste ano está sendo um tanto quanto movimentado para nós, simples jornalistas. Em poucos dias houve um carro que bateu no muro que matou uma criança, um afogamento na Lagoa Paulino, um deslizamento no Itapuã, crateras que se abrem próximo à Arena do Jacaré. Enfim, só notícia boa para a população. Ainda ontem, brinquei com meu amigo Celso Martinelli, em encontro no Bar do Tilapa, mesmo sem o Tilapa, que essa semana ficou fácil fazer jornal na cidade.

Brincadeiras de mal gosto à parte, algumas dessas tragédias mostram que o município começa a cobrar seu preço por um crescimento desordenado e a falta de investimentos. Terra deslizando de barranco já não é nenhuma novidade neste Brasil. Fato. Buracos que se abrem debaixo dos nossos pés, também já não nos assusta mais, depois do memorável buraco do Cecé, como ficou conhecido aquele no bairro Santa Luzia, vulgo, Garimpo. Outro fato.

Mas ao cobrir as tais crateras próximo à Arena do Jacaré (foto acima), tive uma curiosa conversa com um vizinho muito próximo ao local. Vou publicar justamente o que ele me falou ontem, enquanto tomávamos chuva. Lembrando que estou vendendo o peixe que comprei.

Abre aspas
O buraco começou a aparecer há três meses, e nunca fizeram nada. Primeiro tinha uma água que escorria todos os dias na rua, que vinha da caixa d'água do Saae. Depois de muita reclamação dos vizinhos, o Saae resolveu tomar uma providência, e fizeram uma captação da água que escorria e jogaram através de um cano na rede de esgoto. Ao conversar com um encarregado, questionando o por quê daquilo, já que é proibido, ele me disse que o prefeito tinha proibido novas compras, portanto aquilo era uma medida paliativa, até que se resolvesse o problema. Mas o paliativo virou solução definitiva. E a rede de esgoto não aguentava o volume e sempre estourava, no ponto onde começou a abrir o buraco, que só foi aumentando, cada dia mais, até engolir o poste. Agora, me responde uma coisa: não é o próprio Saae que condena as pessoas por jogar água pluvial na rede de esgoto?
Fecha aspas

Enquanto estava lá, Toninho Macarrão, encarregado da secretaria municipal de Obras estava tentando remediar o problema. Segundo ele, o buraco estava sendo monitorado pela secretaria, e que iriam interditar a rua e jogariam pedras no buraco para que ele parasse de crescer. Agora, com a palavra, o Saae.

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O que vem por ai?

O horizonte na tarde desta segunda-feira estava nebuloso. Não só no céu, mas também nas terras das Sélagoas, cidade que às vezes apresenta tempestades políticas, com efeitos arrasadores. Antes que nos critiquem, este é mais um texto opinativo do blog.

Ontem à tarde o prefeito Maroca se reuniu com todo o secretariado e deixou uma ordem clara: todos os secretários devem deixar seus cargos à disposição até o final deste ano, coisa que não demora acontecer. Uma prática comum nas nossas terras das Sete "Bananas" Lagoas, mas que não teria acontecido nesta administração até então. A conversa é que haverá trocas no primeiro escalão no governo municipal.

E logo depois disso entra a rádio corredor, o canal mais eficiente de comunicação, que muitas vezes tem informações imprecisas ou errôneas, mas que em alguns casos, acerta em cheio, entrou em ação. Desta vez os comunicadores nos disseram que haverá trocas sim e que nomes como o do secretário de planejamento, Flávio de Castro, e o presidente do Saae, Ronaldo de Andrade, estariam cogitados a não serem reconduzidos ao cargo. A rádio ainda informou que o prefeito quer tentar amenizar a sua fraca avaliação junto a população trocando alguns nomes e tentar virar o jogo nos próximos dois anos, de olho nas eleições.

Agora vem a nossa opinião, talvez inocente, típica daquelas de buteco, como a gente gosta: em termos de votos, o que elege um político na prática, qual seria o efeito maior? Trocar o secretário de planejamento, que não está agradando alguns poderosos depois de sua reformulação no DLO, pois antes eles estavam acostumados a passar por cima das leis, mas que favoreceu as pessoas mais simples, por implantar um sistema mais democrático? Ou trocar o secretário de Obras, seu irmão Paulo Rogério, responsável direto pelo estado das nossas ruas e do descuido da nossa cidade? Quem representa mais votos? Meia dúzia de poderosos ou milhares de votos no JK, na Cidade de Deus, no Itapoã, no Nova Cidade? Ficam as perguntas...

Infelizmente o prefeito não faz uma administração voltada para a população, e caiu nas mãos das velhas raposas, do tradicionalismo político, que atravanca a nossa cidade há 25 anos. São os mesmos que mandam, são os mesmos que reinam, enquanto infelizmente, vemos a cidade perder mais uma oportunidade de avançar. É triste ver a esperança de tantos que votaram neste prefeito, que fez uma propaganda de novos ares, ir pelos buracos a baixo. É mais triste ainda ver que ele está abrindo as portas para outras velhas raposas voltarem na eleição de 2012, se mostrando os salvadores da pátria. Peçamos ao Deus e ao Diabo na terra do sol para que isso não aconteça.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Felicidades a todos


Que o dia seja repleto de alegrias. Que hoje, você esteja cercado de quem ama, seja família, amigos, amores. O importante é compartilhar o momento com quem se quer bem. Não importa quem.

O blog No Prelo deseja um Feliz Natal a todos os amigos, leitores, inimigos, detratores. Que TODOS sejam felizes. E que amem muito aqueles que estão presentes.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

De olho nos números

A Câmara Municipal finalmente finalizou a aprovação do orçamento municipal para 2011. Com 16 emendas, 13 delas modificativas, a prefeitura terá em mãos quase R$482 milhões, que vão desde a arrecadação de impostos a repasses de programas federais. Alguns números são para a gente ficar atento, já que são vultuosos. Vejamos alguns:

-Câmara Municipal - R$11,69 milhões, um belo orçamento. Será que terminam aquele esqueleto da nova sede?
-Fundo Municipal de Saúde - R$116 milhões, o hospital municipal vai viver seus dias de glória a partir de 2011;
-Chefia de Gabinete - R$1,2 milhões;
-Secretaria de Educação - R$60 milhões;
-Secretaria de Obras - R$38,6 milhões, agora sim vamos tampar os buracos e fazer as obras de infraestrutura que necessitamos;
-Secretaria de Meio Ambiente - R$15 milhões, a Serra de Santa Helena agora pode ganhar uma nova estrutura de conservação;
-SAAE - R$147.744.355,00, ou seja, agora os problemas de tratamento de esgoto e falta de água estarão resolvidos. Certo?

Por outro lado, há outras contas que são de dar dó pelo valor. A começar pela Secretaria de Cultura e Comunicação que terá apenas R$3,7 milhões, sem ainda sabermos quanto vai realmente para a cultura e quanto vai para as publicidades da prefeitura. E ainda, o Fundo Municipal de Cultura ganhou os míseros R$180 mil, que ainda não se sabe como serão distribuídos, se por enquanto de forma arbitrária em subvenções ou realmente teremos um edital sério.

Deu dó? Então vai o pior: Fundo Municipal de Proteção ao Patrimônio Cultural (Fumpac) terá R$28, isto, apenas 28 reais. Não acabamos, vai mais. Fundo Municipal de Apoio ao Esporte tem R$8, Fundo Municipal dos Direitos da Pessoa Idosa com o vultuoso valor de R$7 e para chorar o Fundo Municipal de Turismo tem R$5, em uma cidade que quer ser subsede na Copa de 2014. Chorar de rir ou de dó, podem escolher.

É, quem tem pode se vangloriar.

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Auto de Natal


O Natal existe? Depende de cada um, talvez seja esta a resposta. E é neste sentido que o turma de alunos do Serpaf do nosso amigo Paulinho do Boi vai apresentar hoje à noite. A peça teatral "O Natal Existe?" será encenada em frente à Escola Estadual Arthur Bernardes, no centro da cidade, às 19h, traz de volta um pouco do espírito da festa perdido em meio ao turbilhão comercial da data e revive cantigas do folclore natalino.

Não perca.

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Os mistérios daquela noite

O assunto da bomba no Saae - e não a bomba do Saae - já perderam força? Não para a gente. Tudo que foi publicado, falado e mostrado não passa, na nossa opinião, de um emaranhado de informações desencontradas, que mal explicam o que ocorreu naquela tarde/noite. Por isso vamos deixar uma série de questionamentos aqui, para que ao longo do tempo e das investigações, sejam elucidadas.

A começar do descoberta do artefato. Primeiro disseram que estava dentro da casa (ou barracão, como PK Ramon diz) das máquinas, depois que estava no telhado e por último entre a laje e o telhado. Enfim, onde estava a bomba? No barracão, como diz PK Ramon, tem laje? Outra dúvida é quanto ao momento que foi achado. Disseram que o zelador ouviu três explosões, ou barulhos, e o eletricista foi conferir o que era. Mas que tipo de barulho era? De bomba? Outra dúvida que ficamos foi quanto ao número e extensão da bomba. Disseram até que ela explodiriam o quarteirão inteiro (duvido), outros que tinha a potência de atingir 10 metros. Afirmaram que acharam 3 detonadores, mas já me informaram que foi apenas um.

Ainda: o mais curioso é que ficamos sabendo que antes do batalhão de operações especiais, o GATE, chegasse de Belo Horizonte, dezenas de pessoas manipularam o artefato. Os funcionários do Saae, a PM local. Enfim, segundo as palavras de um perito, contaminaram as provas e diluíram totalmente as chances de descobrir quem é o autor da façanha. Aliás, disseram-me que havia um suspeito, um funcionário com histórico dentro da autarquia que fora exonerado um dia antes. Ele foi treinado no Iraque? Ele é um terrorista em potencial e já tinha a bomba em casa esperando a oportunidade de lançar contra seus chefes?

Enquanto a bomba não explode, esperamos as respostas.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Para servir de exemplo


Ilustre desconhecida. Assim posso começar a falar de Marcela Nascimento, setelagoana que passa despercebida pelas ruas da cidade, sem nenhum reconhecimento. Mas a menina ainda de 22 anos é campeã mundial, atleta de destaque, artilheira, e mulher que não desiste das dificuldades e corre atrás dos sonhos. E por último, que seja exemplo para o poder público.

Marcela é titular da seleção brasileira de futsal, campeã no último sábado no mundial, realizado em Madrid, na Espanha. Isso já bastava um reconhecimento por parte de nossas autoridades, mas ao contrário disso, desde que começou a jogar bola, ela nem sequer teve apoio. Para seguir seu sonho, a atleta teve que deixar a família cedo, rumo à Governador Valadares, ser campeã estadual. Depois, seguir para mais longe ainda, Santa Catarina, ser atilheira da última liga nacional de futsal feminino, até ser convocada para a seleção brasileira. Sua história poderia ser mais simples, junto aos pais, mas não menos de sucesso.

Na coletiva realizada na última quarta-feira, Marcela não se cansava de falar: "Que nosso título sirva de exemplo e que as próximas gerações de jogadoras não precise passar por tudo que passei".

Em outras palavras. Que não só o esporte especializado, mas as artes, a educação, sejam melhor valorizadas no município. Quando se tem chance, as pessoas sabem bem aproveitar a oportunidade. Quantas Marcelas tem por ai na cidade no futsal, vôlei, basquete, violão, teatro, pintura? Quais seriam as chances dessas pessoas se houvesse uma política pública mais séria para estes setores, que valorizam o atleta, o artista?

Marcela é uma excessão de sucesso, que teve garra, passou perrengues, mas que agora subiu ao mais alto ponto do pódio. E quantos outros ficaram no caminho por falta de atenção, dinheiro ou motivação?

Este texto é uma homenagem não só à Marcela, mas a todos os outros que lutam, independente da falta de vontade dos nossos poderosos, por acreditar em um sonho. Parabéns Marcelas.

Obs.: Estamos aguardando um posicionamento da diretoria do Saae para publicar um texto sobre a bomba, não a bomba do Saae, mas sim, a bomba no Saae. É diferente, caros amigos e leitores.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Problemas sem solução?

Este é mais um texto-desabafo. Daqueles que vira e mexe a gente coloca aqui, na inspiração de coisas que nos incomoda. Deixando o nariz de cera de lado, há coisas que entra ano e sai ano, continuam as mesmas. Duas delas devem ter dezenas de textos aqui neste blog. Mas vamos lá.

A primeira questão é a dengue. Todos os anos parece que revivemos o ano anterior, em alguns casos de uma forma piorada. Este ano o número de casos notificados praticamente triplicou em relação a 2009, e mesmo assim, podem não refletir a realidade. Segundo o próprio secretário de saúde, Jorge Fernando, muitas pessoas deixam de procurar o posto de saúde ou um hospital, tratando em casa mesmo. Ou seja, esse número pode e deve ser muito maior. Só para nossos amigos-leitores situarem, já foram notificados em 2010 3,9 mil casos, contra 1 mil ano passado. Foram confirmados até agora 3,2 mil casos, e apenas 1,5 mil em 2009. O secretário afirmou que 90% dos focos estão dentro das casas, ou seja, joga a sujeira para a população.

Sabemos sim que a população tem a sua responsabilidade no combate à dengue, pois é preciso cuidar o seu próprio quintal. Mas isso é questão de conscientização, educação, para ser mais exato. Já dissemos, e repitimos: a educação, a cultura, o esporte e lazer, são pastas tão importantes quanto a saúde, e merecem um aporte de recursos melhor aplicados, que, com certeza, vão contribuir para esse combate.

Outro caso infindável e repetitível todos os anos são os famigerados buracos. Já começaram a submergir das profundezas das mazelas da secretaria de obras e invadir nossas ruas. É até cansativo escrever um texto sobre buracos nessa cidade, são repetitivos, monotemáticos, pois ao que nos parece, não tem solução. Por isso nos atemos a apenas citar o assunto, pois será igual a todos os outros.

E parece que tudo se repete neste final de ano... Assim como Papai Noel e amigos ocultos.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

O racha

Como dissemos no texto sobre a eleição da Câmara Municipal, os bastidores sobre a tal reunião a portas fechadas iriam aos poucos começar a vir a público. E nem demorou.

Em uma conversa com um dos vereadores que estiveram lá dentro, ele contou que ao contrário do que se quis passar ao final da eleição, de que a vereança está unida, o concreto já rachou de vez, parafraseando a banda Plebe Rude, lá da década de 1980. Segundo ele, será visível nas próximas reuniões a divisão dentro da Câmara, entre o grupo dos 7, que antes eram 8, e o restante que forma uma bancada desconexa.

"A coisa vai ficar feia aqui dentro", foi a frase usada pelo vereador. A reunião de portas fechadas foram recheadas de gritos e quase tendiam aos insultos. A lama atingiu quase o pescoço, e para tentar se limpar, fingiram que tudo estava bem depois no plenário.

Como o No Prelo acompanha quase sempre as reuniões - digo quase, porque todas as terças seria algo enfadonho de mais - traremos aqui então essa repercussão da eleição da mesa. Principalmente depois da pose do novo velho presidente.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Justa homenagem


A tarde de ontem foi carregada de fortes emoções, mas nada a ver com aqueles dramalhões de novela mexicana. Foi a homenagem mais que justa, prestada pelo vereador Dalton Andrade e os profissionais de comunicação da Câmara Municipal, ao meu amigo-irmão Fred Rezende. O estúdio de TV da casa recebeu o nome de Jornalista Fred Rezende, e na solenidade estavam presentes a família, seus pais e muitos amigos. O local ficou pequeno com tanta gente que queria prestar essa homenagem junta.

Em tempos de crise no legislativo, o nome de Fred ali dentro serve de consolo e uma esperança que um dia a ética volte a imperar na Câmara.

Dalton me incubiu de fazer uma fala, como amigo e parceiro de jornalismo. Infelizmente a emoção foi mais forte, e pouco consegui falar. Mas fica a homenagem ao amigo, que faz tanta falta.

Foto: Os pais de Fred com os amigos da imprensa. Cedida pela assessoria de comunicação da Câmara Municipal.

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Um dia para ser esquecido

Como é bom ter um dia após o outro. Principalmente depois de um dia que vai ficar marcado na cidade como um dos mais vergonhosos na política das nossas Sete "Bananas" Lagoas. Dia que vai ficar manchado com uma das mais baixas eleições para a mesa da Câmara Municipal. Nesta última terça-feira, parte dos vereadores se mostraram até onde vai uma baixaria na política da cidade. E olha que já cobrimos a cassação de um prefeito, duas eleições municipais, e diversos outros eventos que poderiam competir em pé de igualdade com o dia de ontem. Mas, na nossa simplória avaliação, a terça-feira, dia 30 de novembro de 2010, tenha chegado ao extremo.

A começar com a estranha composição de chapa (vide texto anterior). Nada se encaixava, até que os bastidores começassem a surgir. Vamos lá tentar recuperar a história. Até então havia fechado em torno de oito vereadores a composição de um chapa, que teria vitória garantida, que seria a chapa encabeçada por Toninho Rogério. Paredão, em sua coluna de hoje, desenha bem como foi composto o jogo das negociações internas, com João Pena pedindo secretaria (só não cita onde ou qual). Era de conhecimento que a outra chapa, tinha como nome certo a presidência: Milton Saraiva. O que nos contaram, nas internas, é que a chapa que teria Milton, Marcelo e Euro já tinham perdido a parada e para tentar virar o jogo, começaram a convidar vereadores "do outro lado" com cargos na mesa. Onde teria aceito Caio Dutra. Mas Caio, aceitou apenas com uma condição: apenas como presidente. Foi onde ficou composta a chapa. Milton ainda revelou que havia colocado seu nome na chapa, mas que os planos é que no momento da eleição, seria substituído por Celso Paiva. E o pior, tudo com anuência do prefeito, Mário Márcio Campolina Paiva, Maroca.

E o circo foi armado. Sabedores que a chapa, que ainda contava com o atual presidente Duílio de Castro, não tinha chances de vitória, se armou um verdadeiro picadeiro para tentar manipular a eleição. Caio Dutra, pediu uma questão e ordem e apresentou um requerimento adiando a votação. Ele alegava que a resolução 1067/2010, que propunha a eleição, tinha divergências com o Regimento Interno da Casa. Dados complicados esses. O Regimento Interno regulamenta que o registro das chapas devem ser feitas até 24h antes da eleição, marcada para as 18h. Já a resolução previa que as chapas deveria ser registradas até as 17h de segunda-feira. Com isso, Caio pedia a suspensão, por as duas se confrontarem, até que o Procurador desse uma solução final. Foi quando a coisa pegou fogo. Outro argumento usado por ele é de que como a sua chapa foi registrada às 17h45, ele já supunha que se saísse vencedor, a outra chapa iria pedir impugnação.

O Grupo dos 8, que na verdade já eram 7, declararam que a coisa ia "pro pau" se houvesse manobra. Acuado, o presidente Duílio começou a deliberar visivelmente em prol de Caio Dutra. A rádio corredor informou a este blogueiro que o presidente Duílio de Castro havia dispensado o procurador da Casa antes do início da reunião. Realmente Fernando Roque não acompanhava a reunião do plenário, o que pode confirmar essa informação. A coisa ficou feia em plenário, e Duílio, como dissemos, acuado, chamou todos os 13 para uma conversa a portas fechadas em seu gabinete. Apesar de protestos de certos vereadores, que queriam a conversa aberta ao público, eles acataram o simplório convite, onde ficaram por quase 30 minutos, fechados, sem dar notícias. Algumas vezes saía um ou outro, e notícias até que a polícia foi chamada.

Mas ao final de tudo, os 13 saíram com uma expressão pesada, mas que logo foi amenizada com um discurso conciliador de Caio Dutra, que retirava sua candidatura e pedia aos demais de sua chapa a fazer o mesmo em prol de Toninho Rogério. A reunião terminou em tom ameno, com a eleição do novo presidente por unanimidade. Pelo menos na teoria, pois na prática, a coisa deve ser outra.

Essas artimanhas demonstraram até onde os políticos locais vão a favor de seus interesses e pelo poder. Caio retirou sua candidatura depois que viu que não tinha chances, assim como os demais. Arquitetado pelo tal o Grupo, eles saíram derrotados dessa primeira batalha. Um dos membros mais fortes da rádio corredor já deu seu diagnóstico: "Os vereadores saíram unidos da eleição, e devem apontar o canhão para outro lado agora", apontando para a prefeitura.

Agora é ver até onde vai o espetáculo do circo armado. Me parece que só começou, e que os palhaços até então, é a própria população.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Só Deus sabe quem é ateu

Se o Deus nos acuda foi instalado na Câmara Municipal, então cabe somente a Ele resolver este imbróglio. Ao receber o release da assessoria de comunicação do legislativo com as chapas que concorrem a eleição da mesa, nos deparamos com algo que ainda não dá para entender. Antes de prosseguir o texto, vamos colocar aqui as duas chapas que concorrem hoje.

Chapa 01 (sem denominação):
Presidente: Toninho Rogério (PMDB)
1º Vice-presidente: Claudinei Dias (PT)
2º Vice-presidente: Dalton Andrade (PT)
1º Secretário: Renato Gomes (PV)
2º Secretário: João Pena (PMDB)

Chapa 02 (Chapa Força)
Presidente: Dr. Caio Dutra (PMDB)
1º Vice-presidente: Dr. Euro Andrade (PP)
2º Vice-presidente: Milton Saraiva (PP)
1º Secretário: Marcelo Cooperseltta (PMN)
2º Secretário: Duílio de Castro (PMN)

Enquanto de um lado o bloco PT/PV compuseram forças de apoio ao prefeito Maroca durante um bom tempo de sua administração, com o Renato Gomes líder do prefeito, o PMDB fazia a cara da oposição. Os vereadores do PP e PMN, com o presidente do primeiro biênio apoiado pelo prefeito, também eram situação nas reuniões que seguiram até hoje. Mas eis que de repente, PT/PV estão ao lado de vereadores do PMDB. Mais ainda, vereadores do PP e PMN apoiando o Caio Dutra do PMDB.

Para quem acompanha as reuniões, há algo de errado nessa composição. Durante várias reuniões, o embate entre Duílio e Caio eram visíveis, apesar do vereador Marcelo Pires sempre trocar olhares com o médico. Os doutores Caio e Euro chegaram a trocar farpas em reuniões, e agora compõem a mesma chapa. Do outro lado, até a junção entre os dois do PT e o PV eram normais, mas a entrada de dois do PMDB bagunçou todo o coreto.

E quem Maroca apoia nesse samba de criolo doido? A chapa apoiada pelo seu atual presidente, mas que tem como candidato seu maior opositor (apesar de nas últimas reuniões não parecer muito com cara de oposição)? Ou apoia o outro lado, que chegou a declarar situação independente na Câmara Municipal. E como votam Gilberto Doceiro, do PMDB, Celso Paiva do PT e Reginaldo Tristeza do PSOL? Serão eles que decidirão a eleição.

E como deve estar fervendo agora aqueles corredores e os bastidores da Câmara Municipal.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Para refletir 01


Está lá publicada na primeira página do Sete Dias, como manchete. A indústria do Gusa começa a sofrer uma nova onda de demissões. Apenas 12 fornos continuam ligados, o que representa menos da metade dos existentes na cidade. De uma só tacada, quase 200 homens perderam seu emprego, em pleno final de ano.

Como dissemos no texto do aniversário da cidade, a economia local começa a dar sinais de fortalecimento, muito por causa da independência ao setor guseiro, que já não é mais o maior empregador do município. Mas ainda é um dos maiores.

E o que vivemos é uma massa de trabalhadores que se veem sem perspectiva, pois em nenhum momento tanto a empresa, quanto o próprio trabalhador, se preocupou com a qualificação. Uma massa sem estudos, que muitas vezes recorrem a bicos, à construção civil e mesmo a sub-empregos para sobreviver, em salários muitas vezes muito inferior, sem a mínima garantia. Enquanto isso, os proprietários das indústrias continuam a viver em suas grandes casas, às custas do desemprego. Eles muitas vezes preferem investir em outros setores, como o gado, fazendas, do que garantir o emprego de uma grande massa trabalhadora. Se o mercado guseiro voltar ao normal, eles voltam a investir em suas indústrias. O que quebra é a empresa, não o empresário. É a lógica do capitalismo.

O município precisa ficar fora dessa lógica cruel, ou, pelo menos, cada vez menos dependente dessa economia que explora o peão - como são chamados os trabalhadores do gusa - polui desenfreadamente o ar e ainda traz pouco retorno social para a população.

Para refletir 02


Continuando nossas reflexões, trago agora aqui para a nossa realidade a atual situação do Rio de Janeiro - aquela cidade realmente linda, mas que passa por um processo complicado e traumático, mas que tem uma causa mais antiga. Aliás, essa causa antiga é que uso para a segunda reflexão.

Para recordar sem livros de história, basta assistir o início do filme Cidade de Deus, película que já se tornou um clássico nacional. Não só pela sua história, mas também pela forma de ser contada. Voltando ao assunto. Lá no início do filme, eles mostram uma realidade vivida na Cidade Maravilhosa, quando os governos retiravam as famílias de suas casas e enviavam para novos bairros, ou Cidade de Deus, então distante das ricas e tradicionais famílias cariocas. Sem políticas públicas, o local foi tomado pelo crime organizado. Hoje o Rio vive sim uma guerrilha urbana, com direito a tamques da marinha.

Um resumo simplificado para chegar onde quero:

Trazendo para a nossa realidade, e sem guardar as devidas proporções, Sete Lagoas começa a chegar a um momento perigoso. A criação de diversos bairros em governos anteriores, como o próprio Cidade de Deus, Bouganville, Belo Vale, Verde Vale, enfim, um sem números de bairros sem muita estrutura e atenção do poder público, se torna um campo propício para a atuação de traficantes, que ainda estão tímidos em relação à ocupação do poder paralelo na cidade. Será que por quanto tempo?

É por isso que não cansamos de bater na tecla, que é preciso uma política séria na cidade. Em vez de investir em policiamento, não seria mais eficiente investir em saúde e educação de qualidade, cultura, esporte e lazer nestes bairros ainda pouco assistidos? É de suma importância o poder público assumir esses locais, antes de virarem um reduto impossível de se penetrar socialmente.

Caso contrário...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

O que temos a comemorar?

Já se foram 143 anos, e o que temos a comemorar em mais um aniversário da nossa querida Sete Lagoas? Essa é a pergunta que faço nesta data comemorativa. Assim como em nosso próprio aniversário, quando nos pegamos pensando no que fizemos, no que vamos fazer, pontos positivos, negativos, enfim, pensar na vida. Agora, como setelagoano, paro para pensar em nossa cidade, refeltir onde estamos.

Nem é preciso dizer que crescemos. Sim, a nossa população já deve beirar os 230 mil habitantes (o IBGE deverá nos noticiar isso em breve), espalhada em mais de 100 bairros do município. Às vezes nos pegamos pensando: como Sete Lagoas cresceu. Sim, cresceu. Mas cresceram juntos os problemas. A diferença de renda é uma, visível aos olhos. Carrões importados ao lado de bicicletas que mal conseguem carregar seu dono. Cresceu a influência das drogas, dos crimes relacionados à elas, principalmente o crack. Mas isso, alguns dizem, é um mal de todo o Brasil, e não por que dizer, das grandes cidades. Sim, como todos os humanos, temos problemas iguais, compartilhamos com as mesmas chagas. Infelizmente.

Em 2008 tivemos uma eleição de esperança. A população votou no atual prefeito em busca da mudança de poder, que se alternavam as caras e nomes, mas as práticas ainda eram as mesmas. Surgiu uma nova perspectiva, mesmo proveniente de família da alta sociedade. Mas o que vemos nas ruas é uma decepção. Não uma decepção de ter sido igual aos outros, mas sim por não ter sido o que se esperava que seria.

O legislativo, depois de 143 anos parece o mesmo. Mesmo com outras caras. Com raras excessões, são vereadores eleitos através de favores, de doações de cestas básicas, tijolos, consultas médicas, enfim uma infinidade de trocas por votos. Mas quando chegam no plenário, a politicagem parece ser a mesma de dantes.

Mas tivemos sim avanços. Deixamos de ser dependentes exclusivos da produção do gusa, que antes dominava a nossa economia. Se a cidade hoje respira uma sanidade econômica, isso é resultado de uma maior diversidade das atividades, principalmente industriais. Em tempos outros, uma crise como a atual, iria devastar nossa cidade, o comércio. Mas vemos o contrário: o shopping sendo inaugurado.

Ainda há vários avanços a serem feitos, principalmente social. É preciso atitudes concretas, em áreas diversas, como a educação, a cultura, para refletir diretamente na segurança pública, na saúde, no bem estar social.

Mas do alto de onde escrevo vejo uma cidade bonita, como poucas no interior mineiro. Que neste aniversário, eles comecem a pensar mais no conjunto, na cidade e sua população e menos em seus próprios interesses. Se isto começar a ser feito, terá sido o melhor de todos os presentes, muito mais que inaugurações de reformas ou mesmo astiamento de qualquer bandeira.

Parabéns Sete Lagoas. Parabéns Setelagoanos. A cidade é sua.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sobre a Literata

Antes de começar a escrever este texto, tive que tirar um pouco a poeira, umas teias de aranha... Já tinha tempo que não postava aqui. Desculpe aos leitores.

Mas ontem estive no lançamento oficial da Literata, e não me contenho em comentar algumas cositas do evento. Antes de tudo é de se aplaudir de pé a estrutura preparada pela organização. Coisa profissional, que Sete Lagoas raramente vê. Profissionalismo é a palavra chave de tudo, da pré-produção ao atendimento. Mas com uma ressalva, posso? Achei que não aproveitaram a bela arquitetura do Casarão - apesar daquele caixote branco matar o anfiteatro - o auditório fechado priva os participantes de ver a beleza da construção e viver um pouco o gostinho do interior mineiro. Mas como estamos em época de chuva, tampou-se tudo, nada se vê lá fora.

Mas a cidade vai corresponder? Ai só vendo para crer. No primeiro dia pouco mais de 170 pessoas estiveram no espaço, preparado para receber 500. Tudo bem, era apenas o primeiro dia. Só a título de comparação, a chegada do Papai Noel no shopping, aquele Papai Noel midiático, americanizado, foram cerca de 2 mil pessoas. Fazer o quê? Espero que nos próximos dias a cidade contorne este quadro e deixe aquilo cheio.

Mas como sempre, há aqueles momento de vergonha alheia. Sim, lá houve e tivemos dois marcantes. A serem descritos logo abaixo.

Vergonha alheia 01:
Tem gente que sabe, tem gente que não sabe e tem que seguir o protocolo. O improviso de discurso é para poucos iluminados, que tem o dom da retórica, falam bonito, mesmo que não saibam muito sobre o assunto. Alguém ai poderia avisar para o prefeito Sr. Mário Márcio Campolina Paiva que em eventos deste porte, o melhor seria preparar um discurso escrito e não fazer um improviso mal improvisado? Saiu mal na fita. Fazer piadinha com o problema de gagueira do secretário de cultura e comunicação, Fred Antoniazzy, pode ser engraçado em uma roda informal de conversa, mas não no lançamento de uma Literata, que homenageia Guimarães Rosa. Com tantos assessores na prefeitura, será que nenhum poderia escrever um belo discurso para a ocasião? Há sim ocasiões que o improviso cabe, até mesmo do Maroca, com aquele jeito meio tímido de dizer. Mas não nessa ocasião.

Vergonha alheia 02:
Um certo pseudo jornalista pegou o microfone para anunciar sua grande idéia em prol da cultura na região. Ele combinou com alguns prefeitos das cidades vizinhas que selecionasse os 15 melhores alunos da rede municipal de ensino, que terão direito todos os meses a uma visita ao shopping em Sélagoas e uma sessão de cinema. Claro, afinal, como disse meu nobre amigo Pablo Pacheco (este sim jornalista mesmo), Harry Poter tem tudo a ver com a cultura brasileira. E o pior que o pseudo ainda acha que contava vantagem durante o evento.
É de lascar...

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Movimentação estranha

Algo estava estranho na tarde de ontem na Câmara Municipal. O ar nem estava pesado, como dantes, em outras reuniões, mas estava assim um tanto quanto estranho. Terá sido o efeito pós-eleição que deu um banho nos gabinetes do legislativo municipal?

A começar do vereador Caio Dutra. Opositor feroz, ele não mede, ou media, palavras contra a administração municipal. Mas ontem, ele surpreendeu. Foi o primeiro a falar, coisa que normalmente não acontece - ele sempre deixava para o grand finale - teceu elogios e saiu em defesa dos secretários de Obras, Paulo Rogério Campolina, e Planejamento, Flávio de Castro. O primeiro ele elogiou por não ceder as pressões de empreiteiras no caso do hospital regional, e para o segundo, sobre a postura no caso Minha Casa, Minha Vida, que anda com imbróglios na cidade. Manso, com sorriso no rosto, não era o mesmo Caio que estamos acostumados a ver durante as reuniões de terça-feira à tarde no prédio da Lagoa Paulinho.

Outra movimentação um pouco anormal foi a presença estranha de pessoas que há muito nem pisavam na Câmara Municipal. E aqui, falo pessoalmente, que há tempos não as vejo em um mesmo dia e em horário da reunião ordinária. Entraram, quase que no mesmo instante, o ex-vereador Luiz Carlos Oliveira, a ex-procuradora da Câmara, Kelly, e o secretário do prefeito Marcelo (desculpem, mas me falhou seu sobrenome), filho do ex-vereador Pastor Alcides. Da mesma forma que entraram o plenário, rapidamente desapareceram.

O que andará acontecendo entre as paredes da Câmara Municipal? Teria sido apenas coincidência esses fatos tão coincidentes? A conjunção dos signos poderia nos explicar melhor essa junção de fatores em um mesmo dia? Ou estamos vendo coisas onde não tem?

terça-feira, 9 de novembro de 2010

O outro lado

Para não dizer que não publicamos os dois lados, segue abaixo uma nota oficial enviada à esse blog pela assessoria de comunicação do Saae, referente ao texto "De calças curtas".

Abre aspas:
Não houve confronto algum entre servidores e o prefeito. Na realidade, o prefeito Maroca demonstrou atenção e escutou as reivindicações dos servidores do Setor Operacional do SAAE. E, durante a conversa com os servidores, o prefeito teve ao seu lado as presenças do assessor Beto Andrade e do diretor-presidente do SAAE, Ronaldo de Andrade.
Contrário ao que servidores afirmaram na conversa com o prefeito, o Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos (PCCV) do SAAE foi apresentado a comissões de servidores da autarquia - tendo em vista a inviabilidade (logística e prática) de o pré-projeto ser apresentado a cada um dos quase 560 servidores.

Gratos pelo espaço,
Sayonara Teixeira e Pablo Pacheco
Comunicação do SAAE
Fecha aspas

Como afirmamos no texto anterior, não estivemos lá. Então temos duas interpretações do evento aqui e para sabermos relmente o ocorrido, precisaríamos de uma terceira visão.

Alguém ai se habilita?

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Eleições 2012

Ao término das eleições de 2010 há quem especule e comece a pensar do pleito de 2012. Sempre fomos contra e achamos precipitado, mas neste caso a batata chegou quente às nossas mãos, e é preciso passar para frente, antes que nos queime.

Segundo as informações tão quentes quanto a batata, após o resultado do primeiro turno, houve a formação de um bloco com vistas à eleição municipal daqui a dois anos. Eles se auto denominaram de "O Grupo", assim, sem a mínima modéstia que lhes cabem. Pelo que ficamos sabendo, este O Grupo vai indicar um nome para concorrer à cadeira mais luxuosa no gabinete da prefeitura. A do prefeito, é claro.

Mas quem são esses? As informações é de que houve, e ainda há, reuniões de pessoas como Duílio de Castro, atual presidente da Câmara e futuro deputado estadual, Marcelo Pires, ou, Cooperselta, que teria seu nome indicado a presidente do legislativo municipal, e ainda ressusitariam ele, o inestimável, o eterno guru, Marcelo, O Grande, o Cecê. Ainda me consta que há outros nomes, alguns até que andam pelas sombras, atrás de canal de televisão conseguido através de falcatruas e falsificação de assinaturas.

É a junção do passado com o presente dentro do mesmO Grupo. Até onde entendemos, as pessoas tem a total liberdade de se associar, a formar panelinhas. Não há legislação contra. Mas neste caso, se querem dirigir a cidade, que tenham em mãos seus propósitos, claros, objetivos. E não obscuros, como a coisa cheira.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

De calças curtas

Não vi, não estava lá. Mas os relatos do Diário do Saae tem até foto, então a coisa deve ter ficado meio feia mesmo. Segundo o blog, feito por funcionários da autarquia - não oficial, segundo a assessoria - o prefeito Maroca chegou à solenidade de entrega de veículos no setor de operações e foi surpreendido por um grupo de insatisfeitos. Eles estão indignados com o Plano de Cargos Carreiras e Salários (PCCV?), feito a portas fechadas sem palpites dos mesmos e maiores interessados. Depois disso o climão prevaleceu durante toda a solenidade.

Por mais que o cerimonial tente prever e organizar um evento como esse, o melhor da festa são os imprevistos. Isso é uma opinião deste blogueiro. Sempre que há uma surpresa, algo que sai do script, a coisa fica mais "divertida". E neste caso perdi.

Mas vamos em frente. Parte da população reclama que o prefeito mal dá a sua cara na rua - agora isso não é opinião do blogueiro, e sim repassando o peixe que comprou. E quando dá, leva um tapa de luva como esse. Para a imprensa então, as coletivas são momentos raros, que nestes quase dois anos, poucas aconteceram. Não que eu possa reclamar, pois como jornalista fui atendido na maioria das vezes pelo sempre simpático Maroca.

Mas uma coisa é o trato com a imprensa, outra com a população. É ela que sabe das principais necessidades, e tem a total liberdade de reclamar quando sua rua está esburacada (olha eles ai de novo minha gente), o esgoto está jorrando na porta da sua casa ou mesmo as falhas no trânsito. Afinal, a prefeitura trabalha para melhorar e organizar a cidade. Eles foram eleitos para isso.

Mas ainda bem que há os imprevistos como esses. E aguardamos para saber se houve resultado esse puxão de orelha, pois o Maroca foi pego de calças curtas.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Câmara II ou Flávio na Cova dos Leões

E estava na reunião o secretário de planejamento, Flávio de Castro. Este blog já veio em texto defender este secretário, por termos em mente ser um dos únicos que realmente procura trabalhar e não fingir trabalhar.

Mas ontem estava lá: Flávio na Cova dos Leões. Frente à frente com alguns dos detratores, que pelas costas adoram falar mal, mas que na frente assumem uma postura amena e aproveitam para elogiar. O secretário foi através de um requerimento assinado pelos vereadores Euro e Dalton, para explicar o novo DLO (já falamos sobre o assunto em outro texto).

Primeiro Flávio discorreu sobre as reformulações no departamento, responsável por liberar as obras, novos loteamentos, enfim, de diversos interesses de diversos poderosos por ai. Mas contra argumentos, não há como contestar. Ele mostrou novamente que aquilo ali antes era a casa da mãe Joana. Uma baderna sem fim, o que dava margem para diversas acusações de favorecimentos. "Havia uma série de evidências de tráfico de influências dentro do DLO", afirmou.

Mas aos poucos o secretário domou os mais raivosos, aqueles que por de trás de um discurso sem interesses carregava uma pá de interesses. E muitas vezes, e o mais interessante, que faziam perguntas ao secretário, brandavam em voz alta, mas não ficavam no plenário para ouvir as respostas.

A princípio Flávio de Castro conseguiu responder a todos os questionamentos, e como já afirmado, muitos deles de interesses pessoais e políticos. Pelo menos na frente dos panos. Por que de trás, os resultados ainda não foram conhecidos. Esperemos com o tempo.

Câmara I ou Ufanismo barato

Como a vida política na cidade anda meio devagar, um pouco por culpa das eleições, a Câmara Municipal, felizmente, ainda nos dá bons motivos para escrever algumas destas linhas tortas. Se está sem assunto? Corre para a reunião extraordinária, lá encontra-se o que falar.

E vem de lá mais uma. Mas desta vez vamos recorrer de novo não a afirmações, mas indagações aos nossos leitores. O que faz um político recorrer ao ufanismo barato? O que leva um vereador a propor uma lei que exige o hino de Sete Lagoas (alguém ai sabe a letra de cor? Aliás, alguém ai conhece?) em eventos esportivos oficiais. Tudo bem, o Hino Nacional anda meio esquecido e só lembrado em época da Copa do Mundo e depois deixado de lado. Mas e o hino de Sete Lagoas? Qual seria o objetivo disso?

E se fosse aprovada - o anteprojeto teve parecer contrário em uma das comissões - a lei ia também englobar os jogos que acontecem na Arena do Jacaré. Agora, caros leitores, imagina a cena: jogadores do Atlético e do Flamengo, postos lado a lado, com a mão no peito, a cantarolar o hino da cidade. Aliás, cantarolar seria forçar a barra. No máximo, o lálálárárá que eles mal conseguem no Hino Nacional.

E eis que me deparo com este mesmo vereador na última reunião, com uma bandeira do Brasil em cima da mesa em plenário. Não vi, mas me disseram que Marcelo Pires (e não Cooperselta, pois ali ele é vereador) usou a bandeira para defender sua proposta de lei. Onde ele queria chegar com isso, eis minha pergunta aos leitores.

A Câmara está assim: um usa a Bíblia, outro a bandeira e hinos. Mas e as leis que realmente importam para o povo de Sete Lagoas? Por onde andam?

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Meu Deus, o estado é laico!!!!

Há um bom tempo acompanho as reuniões da distinta Câmara Municipal de Sete Lagoas e venho percebendo que existe uma mistureba ali dentro. Ou se preferirem, um engano daqueles fundamentos de nossas leis, principalmente da Constituição. Não são poucas vezes que assisti vereadores misturarem em suas defesas argumentos religiosos, como forma de justificar suas falas. Alguém ali pode dizer a eles que o Estado é laico?

"Laico adj.s.m. 1 que ou aquele que não pertence ao clero nem a uma ordem religiosa; leigo 2 que ou aquele que é hostil à influência, ao controle da igreja e do clero sobre a vida intelectual e moral, sobre as INSTITUIÇÕES E OS SERVIÇOS PÚBLICOS 3 que é independente em face do clero e da Igreja." Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa.

Ao que me parece, alguns daqueles vereadores se esqueceram que a vida seguiu, que não vivemos mais em pleno século XVIII (18, caso eles não saibam ler em algarismos romanos), não existem mais feudos e que há muito o poder foi separado da Igreja. Mas não, alguns ainda insistem no discurso religioso. Na última reunião foi o caso do Sr. Gilberto Doceiro, que aproveitou seu momento de comunicação pessoal para falar de um evento que aconteceu na cidade com o objetivo de combater a violência sexual em menores. Em vez de se apegar aos preceitos legais, que regem este tipo de crime, o vereador usou a palavra para pregar, usando ainda a Bíblia como referência, não a Constituição ou o Código Penal.

É de lascar.

É preciso informar não só à ele, pois Gilberto aqui é usado apenas como um exemplo, que o cargo que exerce não é dele, mas sim como representante do povo no poder público, que como visto lá em cima, é laico. Muitos deles usam sua religiosidade para conseguir votos, influenciar a vida política. O primeiro passo foi dado com a retirada do crucifixo da parede da Câmara. O próximo será a interrupção da leitura de versículos antes das reuniões e a substituição da Bíblia pela Constituição Federal.

Mas acho que ai é pedir muito.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Um prenúncio

Tem coisas que não são fatos isolados, não são obras do acaso e podem servir de prenúncio para algo pior. Ou não. Em bom exemplo disso é o acidente ocorrido no último domingo no estacionamento do novo Shopping Sete Lagoas. Pode até ser tido como um azar, mas não é bem assim.

O centro comercial está em um entroncamento de duas vias rápidas, a Perimetral e a Avenida Otávio Campelo Ribeiro, onde os excessos de velocidade não são exceção, mas sim regra. O acidente da Scania, que deixou oito pessoas feridas, com escoriações leves,atingiu sete carros, três deles dentro do estacionamento, é um sinal de que o trânsito nas imediações tem que ser revisto. Testemunhas afirmam que o motorista estava levemente embriagado, o que piora ainda mais o caso.

Sou contra, a princípio, de quebra-molas. Afinal, eles são uma agressão aos bons motoristas. Mas neste caso, quem está certo acaba pagando pelos erros dos maus condutores. Há outras formas de coibir os excessos, como os radares e multas pesadas em caso de infração. Se não aprendem por bem, vai na marra.

Certo é que há uma necessidade urgente das autoridades competentes de rever o trânsito no local. Com um aumento absurdo de veículos e também de pedestres, o local não pode ficar como era há um ano. Esperamos que este caso não seja igual à famosa curva da Norte-Sul, aquela próxima a aquele clube que todos sabem o nome (como não pagam jabá, não citamos o nome).

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Será que agora sai?

Antes tarde do que nunca, já dizia o ditado. Finalmente o Saae anunciou a licitação pública com o objetivo de contratar empresa para fazer o estudo hidrogeológico da cidade. Não era sem tempo, afinal, não sabemos se abaixo dos nossos pés há uma cratera, ou um rio, ou mesmo terra firme.

Para uma cidade que depende hoje exclusivamente da água do subsolo, este estudo é de suma importância. Até quando poderemos retirar essa água? O quanto de água ainda poderemos retirar sem nenhum dano geológico? E mais. Qual é o peso determinadas áreas da cidade suportam? Quantos andares de prédio podem ser construídos em determinadas regiões? São respostas que este estudo deve trazer, ou pelo menos, que deveriam trazer.

Já conversamos com especialistas da área, doutores professores da UFMG, que se dizem preocupados com a retirada constante da água do subsolo. Eles indicaram que diversas dessa crateras que acostumam aparecer nas ruas e casas da cidade, muitas vezes são resultados dessa exploração, sem conhecer bem e detalhadamente o que corre sob nossos pés. O mais famoso, nacionalmente, foi o buraco do Marcelo, o Cecê, mas há diversos outros que este blog mesmo já mostrou. E o assunto foi deixado de lado por todos os mandantes que passaram pela prefeitura, mesmo sendo algo de suma importância para a cidade. E como estava debaixo do solo, não dá voto.

A licitação será de cerca de R$1,5 milhão, algo próximo ao que os doutores da federal haviam colocados como o valor necessário para este estudo. O que ainda não nos deixou claro, é de onde sairá esse dinheiro: se dos caixas do Saae ou da prefeitura.

Fica ai nossa dúvida.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Pós-eleição

Ahhh, o silêncio. Terminadas as eleições, a cidade volta ao seu ritmo normal, sem carros de som com jingles passando nas ruas a cada milésimo de segundo, sem os horripilantes cavaletes imundos nas ruas, sem panfletagem, sem bandeiraço. Decidiu o que era para ser decidido. Podemos então voltar às nossas vidas insignificantes, sem telefonemas gravados para mostrar que seu candidato é melhor que o outro?

Mas e a vida política da cidade? Como fica? Sabemos de uma: o Doutor Ronald, o João, não o Cana Brava, ficou sem cargo público. Saiu da prefeitura para assumir uma cadeira na assembléia, lançou novamente seu nome às urnas, e apesar da votação - cerca de 30 mil votos - não conseguiu ser eleito. Agora nem é vice-prefeito, nem deputado. No máximo, segundo suplente. Esperamos que não tenha depressão pós-eleição. Outros que também ficaram a ver navios foram Cesar Maciel (1189 votos), Élson da Copafer (1474 votos), Leonardo Barros (1175 votos), para ficar nos candidatos à Assembléia. Já para a Câmara em Brasília, Silvio de Sá obteve 6,5 mil votos.

Mas temos casos que prefiro comentar em separado. O primeiro é sobre a votação da Carol Canabrava, filha do Ronald, este sim, o Cana Brava. Ela obteve exatos 4.162 votos. De duas uma: ou se comprovou que voto não se herda, ou que Ronald não está com o prestígio assim lá nas alturas. Ele ainda terá a desculpa de que não foi seu nome que estava na disputa. Vamos ter que esperar mais um pouco para saber o julgamento final da população.

Já sobre os candidatos à federal, destaca-se que Márcio Reinaldo obteve mais votos que Eduardo Azeredo, logo este, ex-Senador, tão prestigiado em outros governos. A popularidade do Aécio pegou em Itamar, mas quase não pega em Azeredo.

E para a cidade? Maroca tem o aliado Anastasia reeleito no primeiro turno. Ambos do PSDB, ambos ligados. Com isso, facilita o acesso aos programas estaduais. Ainda teve Duílio de Castro eleito, presidente da Câmara, apoiado por ele. Se não teve o Ronald João, teve Duílio.

E por final, falemos da eleição majoritária. A Onda Verde não se transformou em Tsunami, e no máximo conseguiu levar a disputa final para o segundo turno. Claro que a Marina e seu PV saem prestigiados do pleito. Fato. Mas agora, é conhecer quem ela vai apoiar. Vai negar seu passado e suas raízes de esquerda e apoiar o tucanato paulista de Serra ou vai voltar às origens no PT? Ou não vai apoiar ninguém e ficar em silêncio?

Esperemos os próximos dias.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Situação precária

É notícia no portal do Ministério Público. A prefeitura de Sete Lagoas foi obrigada a assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o objetivo de combater o avanço da dengue mais seriamente. A cidade tem um dos maiores índices de notificações do Estado, uma triste liderança.

Durante todo o ano, os números da dengue não deram trégua. Onde estaria o erro da cidade então? Sabendo que o combate não depende só do poder público, mas também da população, então quem podemos recorrer para não termos mais índices como esses?

É óbvio que a população precisa ajudar, em um combate sistêmico dentro de casa. Todos sabem fazer, não tem desculpa. Mas o poder público também precisa fazer sua parte. Se nem durante as secas, quando teoricamente os focos tem menos chance de aparecer, os índices caíram, imagina agora, em que as águas começam a descer sistematicamente todos os dias?

Neste caso a prefeitura deve ter pulsos fortes, e fazer uma campanha ostensiva, dentro das casas dos moradores, independente de cor, credo, situação financeira ou bairro. Se isto não for feito agora, vamos pagar o preço no início do próximo ano, quando as chances do mosquito transmissor se alastrar é ainda maior.

Por falar em voto...


Será encenado hoje na Casa da Cultura, às 20h, a peça teatral "Zé Brasil, Zé Den D'Água e o Político Ladrão", de direção do nosso amigo Paulinho do Boi. A peça trata justamente do poder do voto, e a sua importância na formação da cidadania, algo pouco presente na população hoje.

Segundo me contou Paulinho, o texto, baseado nas obras de Bertold Brecht e Arnaldo Jabor, foi construído juntamente com os alunos da oficina de teatro do Serpaf. Ou seja, jovens de bairros afastados, que juntos, construíram uma peça de teatro para mostrar a importância do voto. É a construção de uma nova mentalidade na cidade. Esta é a grande esperança para que um dia, nossa queria Sete "Bananas" Lagoas perca esses títulos de mesmice, marasmo, bananas, entre outros.

É incrível que como entidades, como o Serpaf, o Colcheia, dentre outros, precisam assumir um papel que é do poder público. Se olharmos a questão dos jovens na cidade, eles estão jogados às traças. Não há uma política cultural-social para os cidadãos entre os 15 e 30 anos. Ou será que eles ainda não são considerados cidadãos?

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

MP entra no (des)caso

Ao que nos parece, a saúde virou uma tremenda queda de braço. Um e-mail inteiro enviado pela assessoria de comunicação da secretaria de saúde, revela que o Ministério Público entrou no (des)caso do Hospital Municipal, único hospital público na região, que dizem as autoridades, é aberto a uma população de quase 500 mil habitantes.

Pois bem. No email inteiro, está em anexo uma recomendação do Promotor de Justiça, Marcelo Augusto Vieira, em que dentre outras coisas cobra mais idoneidade dos profissionais que ali trabalham. Segundo ele, foi detectado que alguns destes profissionais adotam uma postura não condizente com "ética e moral exigidas dos prestadores de serviço público".

Consta no documento: "Considerando que o mesmo procedimento investigatório apontou indícios de que alguns profissionais de saúde estão agindo com grave desvio de conduta, tais como afastamento ou abandono de plantão sem prévia autorização, desobediência dos horários determinados para o serviço de plantão, encaminhamento de pacientes para exames ou consultas particulares e, até mesmo, realização de cobrança de honorários em dinheiro para atendimento de pacientes".

Desta forma ele chama a atenção de que esses funcionários, se comprovados, podem ser indiciados em crimes e atos de improbidade administrativa (assim como foi o ex-prefeito Ronald, o Cana Brava). Após isso, ele recomenda que estes profissionais tomem posturas mais Profissionais, óbvio.

Mas o que há por trás desta recomendação? Sabemos que os salários pagos no município são mais baixos que os praticados em cidades menores, o que na prática (e sejamos práticos), dá margem à profissionais fazerem o que bem entender. Não que isso seja certo, mas é óbvio ululante. Mas por outro lado, eles são profissionais, fizeram um juramento antes de receber seus diplomas e devem cumprir um compromisso. Fato é que a saúde na cidade é um gargalo que não parece ter solução (alguns apontam o Hospital Regional, mas tenho cá minhas dúvidas), e sempre figurou as linhas deste blog.

A coisa parece que começa a virar um cabo de guerra. Alguém aposta comigo aí quem sai perdendo?

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quem merece seu voto?


Entramos na reta final. Estamos a cinco dias em que milhões de brasileiros retornam às urnas para escolher seus principais representantes. Mesmo que não concorde com o resultado, é importante frisar que a democracia no país está cada vez mais fortalecida. Fato. Temos uma das eleições mais seguras e democráticas do mundo.

Mas perante tanta importância, já parou para pensar em quem realmente merece seu voto? Quem é aquela pessoa que você vai depositar a sua confiança? Já parou para questionar o que ela propôs para ter seu voto? Ou simplesmente ele é uma foto estampada em um cavalete (que por obra e vingança da natureza, uma hora dessas deve estar totalmente encharcado) no meio da praça, que não diz nada, nem uma palavra?

Seu candidato a deputado prometeu mais educação, segurança, trabalho, saúde? E como ele vai fazer isso? Você chegou a perguntar isso para ele? Ou estas propostas não é papel do executivo? Aliás, o seu candidato sabe que papel vai desempenhar se eleito?

Ainda dá tempo de perguntar. E como diz o ditado: perguntar não ofende. Por isso perguntamos: quem merece seu voto?

Obs 1.: Já que estamos perguntando, após o almoço hoje, horário bem propício para pensar, me peguei a conjecturar sobre o pós-eleição. E cabe aqui uma pergunta aos que apoiam a Onda Verde. Caso a Marina Silva fosse eleita, para que lado ela iria correr para pedir apoio em nome da tal governabilidade? O PT de Lula/Dilma ou o PSDB/DEM de FHC, Serra, ACM Neto?

Obs 2.: Agradeço aqui de coração o apoio recebido por todos os amigos do blog. Só estou aqui de novo escrevendo este texto pela força que recebi nestes últimos dias. Espero poder dar continuidade à este espaço. Um abraço a todos.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Por um segundo

Nem sei bem como começar este texto. Aliás, nunca imaginei na história deste blog ter que escrever mal estas linhas tortas, e é, sem nenhuma dúvida, o pior momento de vida deste espaço.

Fred era muito mais que um companheiro de blog, muito mais que um colega de profissão. Era um amigo de verdade, destes que a gente encontra poucos na vida. Era um irmão. Nossa amizade transcendia as linhas do No Prelo, ou mesmo, dos microfones da rádio. Sempre depois do programa, essa amizade ganhava as ruas, bares, e não era difícil estender uma conversa por mais de quatro horas, initerruptas, sem momentos de silêncio. Era assunto que não acabava mais. Deve ser a tal afinidade. Aliás, foi através dessa tal afinidade que começamos juntos no Comunicação Total, e por consequência, este blog. Este blog, que agora tem a equipe só pela metade.

Deve ser essa tal afinidade, que juntos planejávamos profissionalizar este blog, ganhar uns trocados com ele. Deve ser essa tal afinidade que pensávamos em montar uma agência de comunicação, ser donos dos nossos próprios narizes. E se tudo desse errado, a gente ia vender cerveja próximo à Arena do Jacaré.

Mas isso agora vai ficar nos sonhos. E infelizmente não tenho mais o Fred aqui ao meu lado para dividirmos esse sonho.

Peço paciência aos nossos amigos leitores deste blog. Me lembro de cada linha, de cada palavra construída nestes textos publicados. Fomos atacados, criticados e elogiados, mas sempre seguíamos o que achávamos o correto, o que era certo. Não é, de forma alguma, piegas, dizer que Fred ainda está vivo aqui. Estão vivas suas idéias, seus ideais, suas ideologias.

Por isso peço paciência. Um segundo de silêncio. Preciso pensar, refletir em o que fazer com o No Prelo. Neste momento não tenho forças para manter, continuar sem o meu amigo, meu irmão.

Fred, de onde estiver, me ilumine, me mostre o caminho a seguir. Pois estou sozinho aqui agora.

Saudades!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Agora precisamos de sua força

Este texto vem apenas para pedir apoio, força e energia positiva. Nada a mais. Neste domingo fui surpreendido por uma terrível notícia: meu amigo e parceiro deste blog, formulado por uma equipe de dois jornalistas, sofreu um grave acidente. As primeiras notícias, dadas pelo nosso amigo Renato Alexandre, davam conta de que ele estaria no Hospital Municipal. Logo Fred, que denunciou por dezenas de vezes o caos vivido dentro daquele lugar, sofreria ali dentro seu pior capítulo da sua trajetória.

Mas nesta segunda, outro nosso amigo, Celsinho Martinelli, já me deixa mais aliviado. Segunda as suas informações, Fred teria tido uma melhora no seu quadro clínico e já havia sido transferido para a UTI do Nossa Senhora das Graças. Menos mal...

Peço a todos que mandem todas as suas energia positivas para esse camarada boa praça, alegre e trabalhador. Um parceiro de todas as horas, companheiro de boas jornadas de trabalho, da luta por um jornalismo mais sério.

Aguardo seu retorno Fred, este blog fica pela metade, sem graça e triste sem sua presença.

Marcos Avellar

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Casas de veraneio dos ricos de BH?

No Prelo não é lá muito fã da Revista Veja, mas esta é uma opinião destes dois que vos escrevem. Porém, todavia, entretanto, respeitamos o veículo de comunicação, que querendo ou não, é um dos mais importantes da América Latina. E justamente a revista trouxe em sua última edição um levantamento sobre 20 cidades brasileiras de médio porte que poderão ser as "metrópoles do futuro", além de outras com grande potencial para se tornarem referência daqui há pouco tempo.

Sete Lagoas é uma delas, o que sem sombra de dúvidas é uma verdade inconteste. O desenvolvimento do município desde o início desta década é evidente. Sete Lagoas pulou de uma cidade de interior para um município que abriga importantes multinacionais e empresas de renome, tais como Iveco Fiat, AmBev, Elma Chips, Brennand Cimentos, OMR entre outras, que possibilitaram a diversificação da economia, antes presa à cadeia do gusa - que ainda responde por grande fatia do setor. Mas isto caiu do céu assim, ao gosto de Deus? Foi por iniciativa de nossos digníssimos políticos? Bem, em parte.

Primeiro porque o Criador - isso é para quem acredita viu gente, não vamos discutir religião aqui - deu à Sete Lagoas uma localização privilegiada. Os índios que habitavam estas terras há longíquos anos observaram um local excelente para montar sua aldeia e viverem felizes para sempre - ou pelo manos até os Bandeirantes chegarem por estas bandas. Em segundo lugar, a iniciativa política tem sua participação na isenção de impostos e colocação de áreas à disposição (nem que para isso tenham que arrancar um bairro inteiro do lugar).

Mas o que mais aproxima Sete Lagoas destas empresas é justamente sua localização privilegiada, vias de escoamento, proximidade com a capital etc e tal. Todo mundo já está cansado de ouvir isso. A vinda destes empreendimentos segue o ritmo normal de qualquer empresa que procura facilidades para produzir e escoar, mas não quer dizer que a chegada de uma primeira não tenha facilitado a vinda das demais. Isto é óbvio e claro.

A Revista Veja colocou Sete Lagoas como balneário industrial, numa matéria pequena, bem amarrada quanto aos investimentos aqui feitos nos últimos anos, mas justamente ela, que se gaba por aprofundar nos temas que aborda, não citou problemas estruturais graves e de anos com os quais convivem os locais. O tratamento de esgoto é falho, a distribuição de água em alguns pontos do município também, determinados bairros sofrem com a sujeira, o trânsito na área central está pela hora da morte e por aí vamos seguindo.

A cidade avançou muito nos últimos anos, mas ainda precisa crescer mais nestes quesitos. Iniciativas têm sido tomadas e até surtido efeito. Precisamos pensar a cidade daqui a 30, 50 anos e estamos caminhando neste rumo. Agora, falar que Sete Lagoas “abriga casas de veraneio dos ricos de Belo Horizonte, que viajam apenas 70 quilômetros para desfrutar os sítios e chácaras situados às margens dos seus lagos” é demais. E tudo que é demais, passa da conta. Não teriam confundido Sete Lagoas com Lagoa Santa?

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Pela obediência às leis


Sim, antes que nos perguntem, este texto sai em defesa do secretário de planejamento, Flávio de Castro, que na opinião destes blogueiros, um dos únicos que mostra pensar a nossa Sete "Bananas" Lagoas projetada para um futuro próximo. E, novamente, antes que peçam as nossas cabeças, é melhor ler o texto até o final, na última linha para entender melhor nosso raciocínio.

O secretário esteve reunido ontem pela tarde com parte da imprensa, depois de ser criticado diversas vezes em público e inclusive por vereadores. Seu objetivo era mostrar o que ele chama de novo Departamento de Licenciamento de Obras, um dos mais críticos da prefeitura. Segundo ele, da forma em que era estruturado, ou desestruturado, poderia sim ser verdadeiras as denúncias de favorecimento a algumas pessoas. "Não posso afirmar que seja verdade, mas do jeito que estava, é bem possível", declarou.

As críticas que recaem sobre o secretário é que ele estaria travando dezenas de projetos de obras, parados no departamento. A sua explicação foi bem simples. Há duas legislações que regem as obras: o Plano Diretor, de 2006, e a Lei de Ocupação de Solo, de 1991. "Há divergências entre as leis, e o risco é que todos os processos acabassem na justiça. Ambas não dão nenhuma segurança jurídica ao cidadão", explicou.

Mas o quadro era bem mais crítico. O departamento tem um problema histórico de investimento, principalmente de ferramenta de trabalho. O setor nunca teve um carro, e contava com apenas três motos velhas para a fiscalização, além de apenas um responsável para analisar todos os projetos que chegavam na prefeitura.

A remodelação, mostrada pelo secretário na quarta, mostra que houve uma reorganização no departamento, que inclui a catalogação de todos os processos ativos, o que não existia. Além de outras reformulações, o secretário pretende implantar um sistema online, para que os interessados acompanhem seus processos.

Sabemos que a maioria das pessoas não respeitam as leis que regem as obras na cidade, e que era óbvio o descaso com o departamento, que agora está nas mãos do secretário de planejamento. E pior, sabemos que aqueles que se achavam poderosos, que sempre existiram na cidade, sempre se sentiram superiores à essas leis. E o objetivo do atual secretário vai de encontro com esses interesses, e será duramente criticado pelos pseudos-poderosos de nossa cidade. Mas são atitudes que pensam em um crescimento ordenado de Sete Lagoas. Ele próprio disse:"Obedecer a lei está virando novidade em Sete Lagoas".

Que assim continue. Se a lei não é condizente com os moldes da cidade, que mudem. Mas leis são para ser seguidas. E pronto.

Obs 1.: O secretário anunciou que até julho de 2011 deverá reformular tanto a lei de Ocupação de Solos, quanto o Plano Diretor, para que fiquem convergentes.

Obs 2.: Ele também noticiou de que está terminando as negociações para que a cidade fique definitivamente com a área da antiga rede ferroviária. Aquela, ao lado do Restaurante do Trabalhador, e que o ex-prefeito, Ronald, o Cana Brava, queria tomar de qualquer jeito da União.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Não vamos entrar nessa

A internet realmente entrou nas campanhas políticas. Milhares de candidatos, para não dizer milhões, têm usado a rede mundial de computadores para levar informações sobre seus currículos, mas também para denegrir a imagem de seus concorrentes. Não só os que almejam cargos públicos têm usado deste artifício. Diversos puxa-sacos (sei lá se com ou sem hífen) montam blogs, perfis em sites de relacionamentos ou até páginas próprias para difundir notícias de seus candidatos e, a reboque, jogar pedra no concorrente.

Não vamos entrar nessa. No Prelo é um blog opinativo e graças aos nossos amigos e simpatizantes tem ganhado notoriedade. Temos idéias próprias sobre os vários temas, assim como temos dos candidatos e dos ocupantes de cargos eletivos, mas não é por isso que vamos sair aqui descendo a lenha nesta ou naquela pessoa. O jornalismo sério, mesmo que através de um blog opinativo, ainda se faz necessário.

A última moda é falar sobre liberdade de imprensa. Que candidato fulano de tal processou ciclano porque não gostou do que ele escreveu, mas em contrapartida ciclano se esquece que o candidato que apóia, ou pelo menos seu grupo, é um dos mais ferrenhos opositores a opiniões contrárias (omitimos os nomes por questões óbvias). É o típico "o sujo falando do mal lavado" ou "não jogue pedra no telhado dos outros quando o seu é vidro".

Vamos parar com esta balela. Que a Rede sirva como um outdoor para que o eleitor tenha acesso livre aos serviços prestados e aos planos dos candidatos. Esta sim seria uma ferramenta útil. No mais, continuamos a luta.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

E agora José?

Nem uma linha, nem uma entrevista, nem um comentário. A rodada do Brasileirão foi uma das piores para os clubes mineiros, com derrota para ambos times da capital. E agora José, de quem é a culpa? Se o gramado, o acesso, e até mesmo as linhas de cal pintadas no chão eram culpadas pelas derrotas, agora de quem foi a culpa? E por que os torcedores não questionam os dirigentes dos clubes agora o por que levar os jogos para tão longe da capital, em estradas perigosas, para continuar a perder? E será por que ainda ficamos indignados com tudo?

Sinal de que a cidade realmente precisa de uma liderança política urgente. O governo do Estado veio, fez uma enorme reforma na Arena, que ganhou iluminação de última geração, ideal para os jogos do Democrata. Ou seja, o Jacaré ganhou de presente uma casa à sua altura, sem ter que fazer investimentos vultuosos. Agora o Democrata tem um estádio de primeira linha, para seus jogos de terceira divisão. Esperamos que ele siga em direção à elite do futebol mineiro.

Mas continuando o raciocínio: a partir do momento que os idôneos dirigentes dos clubes da capital criticaram o estádio e no final das contas a cidade, faltou uma liderança política vir em defesa e partir também para o ataque. Vimos iniciativas isoladas, como a do Chico Maia, que defendeu a cidade a unhas e dentes. Mas faltou essa voz política, que mostrasse claramente a insatisfação da população frente à baixa qualidade do futebol apresentada pelos times e no final jogar a culpa no estádio. Faltou alguém bater no peito e dizer: que procurem outras praças então, que não voltem mais aos gramados de Sete Lagoas com esse futebol pífio apresentado nos gramados da Arena.

Mas isso não ocorreu, e os clube continuam a apresentar esse desastre em outros gramados. Pelos menos podemos nos satisfazer com a vitória do Jacaré na terceirona.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Tudo como dantes...

A Câmara Municipal votou proposta de emenda à Lei Orgânica que antecipava a eleição da Mesa Diretora da Casa, do último bimestre para a segunda quinzena deste mês de agosto. Por unanimidade a matéria foi aprovada no dia 13 de julho, última reunião antes do recesso parlamentar. Para valer, a medida precisava ser votada em segundo turno e redação final e como havia sido aprovada por unanimidade em primeira votação, era de se esperar nova goleada em segundo turno.

Pois é, era de se esperar e foi votada por unanimidade, porque não é que as pequenas férias de nossos dignos vereadores fez alguns deles mudar de idéia. O mês de julho foi de pensamentos incessantes para determinados edis, que na volta para a labuta e na votação da proposta resolveram voltar atrás e votar contrários. O assunto deu até bate boca no plenário e acusações de traição. O clima fechou e ficou quente, do jeito que No Prelo e a maioria de nossos leitores gosta.

A proposta foi derrubada por oito votos a quatro. Votaram a favor da antecipação da eleição: Dr. Caio Dutra (PMDB), Gilberto Doceiro (PMDB), João Pena (PMDB), Toninho Rogério (PMDB), Claudinei Dias (PT), Dalton Andrade (PT), Renato Gomes (PV) e Reginaldo Tristeza (PSOL). Manifestaram-se contrários: Milton Saraiva (PP), Dr. Euro Andrade (PP), Dr. Celso Paiva (PT) e Marcelo da Cooperseltta (PMN). Apesar de o voto do presidente não ser considerado, Duílio de Castro (PMN) também manifestou a sua rejeição pela proposição.

Por favor, não nos perguntem o porquê da reviravolta de opiniões, porque esta de votar primeiro de um jeito e depois mudar o discurso é lugar comum para alguns membros da Câmara Municipal. Não estamos nos referindo especificamente aos que mudaram de voto nesta oportunidade, só pensando com nossos botões e relembrando casos passados.

É sabido por todos que entendem um mínimo de política e seus meandros que a eleição municipal passa, necessariamente, pela escolha de quem vai comandar a Câmara no segundo biênio. Quatro seriam os nomes mais fortes: Claudinei Dias e Toninho Rogério de um lado e Milton Saraiva de outro. Tem muito caroço debaixo deste angú, ainda mais levando em conta que em outubro teremos eleições e com participação de personagens desta legislatura. Tudo isso sem contar que 2012 já começou há tempos nesta cidade do Velho Oeste Mineiro, só não vê quem não quer.

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A diferença é ter dinheiro...

Chega ao fim mais uma Exposete e, como acontece todos os anos, têm início as críticas. No Prelo não vai entrar no mérito de se o evento deste ano foi bom ou ruim, se pode ou não ser comparado ao ano anterior, mas um ponto em si merece ser abordado: o tal camarote. A diferença entre quem tem dinheiro e quem não tem ficou nítida este ano no Parque de Exposições JK.

O tal camarote de uma empresa, ou sei lá o que, vinda de Belo Horizonte ocupou, se não toda, quase a totalidade da arquibancada da área de shows principal, fazendo com que quem não tinha grana para adentrar o recinto e queria assentar em algum lugar, que se virasse, agachasse, sentasse no chão ou procurasse outro local. Tá certo que a maioria das pessoas que vai a um show da Exposete não pensa, inicialmente, em assisti-lo assentado, mas e se quiser, não tem este direito?

A arquibancada, aquela mesma pintadinha de branco e feita de concreto, era um dos melhores locais para descansar ou até mesmo assistir aos shows assentado, mas desde o ano passado isso não é mais possível. E por que? Porque os que têm mais dinheiro que os outros - e que muitas vezes nem aos shows assistem - preferem um camarote bem onde elas estão. O pobre que fique em pé!

Não temos nada com isso. A organização tem o direito de colocar o camarote onde bem entender, em frente, de lado ou até em cima do palco, mas que as pessoas que pagaram ingresso deveriam ser mais respeitadas neste ponto, o da arquibancada, deveriam. A Exposete é sim um dos eventos mais importantes da cidade, se não for o mais importante. Vai quem quer e se o show começa tarde ou começa cedo, não temos nada com isso. O importante é a diversão para os que curtem festas do tipo.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

População, uni-vos

Há males que vem para o bem, já dizia o ditado. Em um momento que a cidade carece de uma liderança, a própria população começa a sentir que as coisas podem andar com suas próprias pernas, é preciso apenas arrumar as tais pernas. Entendamos a partir de dois casos concretos na cidade.

Está marcada para a manhã desta terça-feira uma grande manifestação em favor da criação do Parque da Lagoa da Chácara. Uma entidade não governamental, o Instituto Municipal de Meio Ambiente e Cultura (IMMAC), se juntou ao Bloco do Boi, que abraçam esta causa. Aliás, mais um caso estranho em nossa cidade. Primeiro a Câmara Municipal aprova o parque. Depois vem o prefeito e veta o parque. E por último a Câmara aprova o veto, contrariando a primeira decisão.

Mas de volta ao assunto principal. A passeata está marcada para as 8h, e sai da Praça da Feirinha, a Dom Carmelo Mota, em direção à outra praça, Tiradentes. Estimativas são de que cerca de 1,5 mil pessoas devem participar do evento, jovens e crianças em sua maioria, tudo com o apoio da PM.

Outro caso é também de um organização criada recentemente, o coletivo Colcheia, formado por pessoas de diversas áreas em prol da cultura. No início de setembro, o coletivo vai organizar um debate junto à classe artística, com o objetivo de chamar a atenção da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Pelo andar da carruagem, se a coisa não sai por bem, deverá sair através de forma de pressão.

Ambos casos refletem uma sociedade que começa a se organizar, como forma de assumir seu papel em uma política do nosso século, e não aquela que tanto já nos cansamos de denunciar neste blog.

O caos foi no sábado

No Prelo já abordou a situação do trânsito de Sete Lagoas por inúmeras vezes. Os órgãos de comunicação constituídos da cidade, jornais, rádios e TV, também. Inúmeros e incansáveis estudos foram realizados, mas a situação está cada dia pior. Experimentem transitar pelas ruas da região central desta cidade do Velho Oeste Mineiro, em determinados horários do dia, para verem se há condições.

Mas o sábado passado, véspera do Dia dos Pais, foi o verdadeiro caos. No ponto específico da Praça Francisco Sales, no coração da cidade, estava praticamente impossível transitar. Os veículos que vinham da rua Monselhor Messias fechavam o cruzamento da rua Dr. Avelar. Os que vinham da Senhor dos Passos não conseguiam "entrar" na Emílio de Vasconcelos Costa e a bagunça estava formada.

É isso, está fácil observar os gargalos do trânsito, mas o que falta? Simples, falta fazer, falta colocar em prática o que os tais estudos determinam. O caos foi no sábado, mas vem ocorrendo praticamente todos os dias. Já passou do tempo de retirarem os coletvos do centro da cidade, assim como já psssou a hora de instalar mais estacionamentos privativos para as motocicletas, impedindo que concorram com as vagas dos carros. Projeto já existe na Câmara, falta vontade.

Sete Lagoas não é uma cidade planejada. Suas ruas são estreitas e a circulação é difícil, sobretudo na região central. Mas certo é que algo precisa ser feito, rapidamente. Algum filho de Deus tem que tomar as rédeas e pegar para fazer. O motorista sofre, o pedestre sofre, a cidade sofre. Ou seja, sofremos todos.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

E ele rodou ... pelo menos para o TRE

Pois é, o Tribunal Regional Eleitoral de Minas (TRE) acaba de confirmar aquilo que grande parte dos conhecedores do Direito Eleitoral já esperavam. O ex-prefeito de Seven Lakes, no velho oeste Mineiro, Ronald "O Canabrava", teve seu registro de candidatura negado na última segunda-feira (02/08). Portanto, a ser mantida a decisão do plenário do TRE - ainda cabe recurso ao TSE - não será desta vez que o ex-mandatário mor do Município, cassado em 2006 pela Câmara de Vereadores, voltará a colocar seu nome para a apreciação dos eleitores.

Segundo consta no site do Tribunal Regional Eleitoral, a negativa para a candidatura de Ronald se deu de forma unânime pelo plenário, baseada na Lei da Ficha Limpa, e por motivos simples: inelegibilidade por cassação de seu mandato de prefeito pela Câmara Municipal de Sete Lagoas e por suspensão de direitos políticos por condenação em ação civil pública. E não é que alguns parcos veículos vinham circulando um adesivo com os dizeres "CANABRAVA" e com o número com o qual o ex-prefeito concorreria em outubro?

Agora, com a negativa pelo Tribunal, fica confirmado ainda a inelegibilidade de Ronald, que inclusive, segundo comentários de alguns, não poderia concorrer também em 2012. Mas isto deixaremos para mais à frente e após consultarmos pessoas mais esclarecidas neste tipo de matéria. Ficam algumas indagações. Ronaldo Canabrava de burro não tem nada, é bastante inteligente politicamente e sabe como poucos lançar uma cortina de fumaça. Ele estaria querendo manter-se na mídia para uma eventual e possível candidatura em 2012? Canabrava não sabia, realmente, se poderia ou não se candidatar?

Vamos aguardar o desenhar do quadro de candidaturas para outubro próximo, lembrando que voto se ganha nas urnas, na legalidade. Fiquemos atentos às propostas, àquilo que os candidatos podem render caso sejam eleitos. No Prelo está atento!!!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Eleição agita a Câmara

Sete Lagoas vive realmente clima de eleições, mas não aquelas marcadas para 3 de outubro, quando vamos às urnas escolher o novo presidente do Brasil, ou presidenta - temos uma candidata no páreo -, além de governadores, senadores, e deputados estaduais e federais. Não custa nada lembrar que você, eleitor, tem nas mãos a principal arma para ajudar a limpar o Brasil, que é o voto. Portanto, pense, analise e reflita sobre os nomes colocados à apreciação e lembre-se, voto se ganha na legalidade!

Bem, voltemos ao tema do post. A nossa querida Câmara de Vereadores volta do recesso esta semana e de cara os parlamentares terão uma Proposta de Emenda à Lei Orgânica para analisar, em segundo turno e redação final. Eles já aprovaram, no dia 13 de julho, a matéria em primeiro turno. A proposta antecipa a realização das eleições para a composição da Mesa Diretora da Casa para a segunda quinzena deste mês de agosto.

E os bastidores estão quentes quanto a esta eleição. Três nomes, dois do mesmo grupo, são os principais, mas nada pode ser dito se aparecerá um terceiro, um quarto...sala...copa...cozinha, banheiro. Brincadeira! Postulam o cargo de presidente, como principais concorrentes, os vereadores Claudinei Dias (PT), Toninho Rogério (PMDB) e Milton Saraiva (PP). Os dois primeiros são do mesmo grupo e, portanto, um deve ceder lugar para o outro no fritar dos ovos. Já Milton, segundo informações, seria o nome da continuidade, ou seja, indicado pelo atual presidente para a sucessão.

Agosto de ventos quentes, apesar do frio que tem feito em Sete "Bananas" Lagoas. Eleições da Mesa são um aperitivo a mais no processo eleitoral que se avizinha e porquê não dizer que, estas costuras, refletem, sim, no pleito de 2012, quando teremos eleições municipais. No Prelo vai guardar a boca pra comer a farinha...

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Chegamos a mais de 2.300 casos de dengue

Sete Lagoas alcançou, este mês - no apanhado desde o início do ano, a marca de mais de 2.300 casos de dengue clássica confirmados. O número é altíssimo e só vem reforçar o pedido para que a população possa auxiliar o poder público no combate ao mosquito transmissor. Apenas 1 caso de hemorrágica foi registrado na cidade desde janeiro, o que não deixa de ser comemorado diante do aumento deste tipo da doença em outras cidades de Minas, até na nossa região.

A população é, sim, uma das principais responsáveis pelo aumento dos registros. Em pleno século XXI ainda temos pessoas que não permitem o acesso dos agentes de zoononses em suas residências, o que não deixa de ser um atestado enorme de mediocridade intelectual, ou "burrice", como queiram. Se todos não estiverem unidos, poder público e comunidade, nunca teremos menos casos de dengue na cidade. Fica o alerta!

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Resposta sutil

A resposta veio de uma forma sutil, meio que como um tapa de luva. Após o texto da assessoria de comunicação do Saae, enviado à toda imprensa setelagoana (caros, vamos aprender, após a última reforma, o setelagoano agora vem sem hífen), veja texto anterior, esperávamos uma reação um tanto quanto agressiva. Mas foi o oposto.

No blog Diário do Saae foi colocado um texto sobre liberdade de expressão. Agora, neste caso, é a nossa interpretação. O referido texto não foi postado diretamente para a diretoria da autarquia, ali não há nenhum cabeçalho endereçado aos diretores, mas nas entrelinhas, vê-se que foi direcionada à eles, após e em resposta à publicidade da carta anterior.

Ou será que estamos interpretanto errado?

Obs.: Segundo informações (temos direito de segredo da fonte), a Dercife (Delegacia de repressão a crimes de informática e outras fraudes eletrônicas) se pronunciou, e disse que não há o que se fazer quanto à publicação dos referidos blogs, pois não há oficialmente uma pessoa que assina ou seja responsável pelos textos. É a era da internet começando assaltar em cheio o poder na cidade. Que aprendam a ver a comunicação com outros olhos.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Guerra anunciada

Há coisas que são ditas que podem ser mal interpretadas, mas quando se escreve ao pé daletra não tem como errar na leitura. E é justamente assim que podemos ler uma carta enviada à imprensa na tarde da última quarta-feira pela assessoria de comunicação do Saae, que literalmente ataca alguns funcionários da autarquia, que mantém os blogs A Gota e Diário do Saae. Se quer tirar suas próprias dúvidas, segue trechos à baixo:

"No Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE), de forma bastante prejudicial a todos os cidadãos sete-lagoanos, existem jogadores especializados em jogar contra a autarquia municipal. São servidores que, além de não vestirem a camisa do SAAE, optaram por se comportar, nos últimos anos, totalmente contra a administração do SAAE e são contrários, ainda, ao governo do prefeito municipal Mário Márcio Campolina Paiva. O grupo de atletas do SAAE que só sabem assinalar gol contra usa como armas em campo dois blogs na internet: o Gota D'água (http://agota2010.blogspot.com) e o Diário do SAAE (http://diariodosaae.blogspot.com)."

E segue assim: "O objetivo único dos dois endereços virtuais é o de abastecer os internautas que o acessam de notícias muitas vezes inverídicas e infundadas, apenas no sentido de denegrir a imagem da autarquia. O departamento jurídico do SAAE tem movimentado ações junto à DERCIFE (DELEGACIA DE REPRESSÃO A CRIMES DE INFORMATICA E OUTRAS FRAUDES ELETRÔNICAS) para tentar coibir a veiculação deste tipo de material."

Não há muito o que interpretar nessas frases, o que já está claro, claríssimo nobres leitores. Mas o que fica na nossa cachola, reomendo lá dentro, é como fica a população neste meio de uma guerra anunciada. Vê-se que o clima deve estar intenso em meio às quatro paredes, pelo menos entre diretoria e alguns funcionários, muitas vezes concursados, que tem estabilidade. Na carta, a diretoria reconhece os muitos problemas que o Saae enfrenta, como a já mais que idosa rede de esgoto que está afundada em nossos pés, pronta para explodir.

Se o Saae fosse uma empresa particular, com certeza certas cabeças iriam rolar. Mas como não é, então há de se tentar uma solução. A população não tem a mínima culpa (a não ser na hora de votar) em brigas e picuinhas políticas que rolam dentro da referida autarquia. Se há um guerra dentro, se há realmente pessoas que brigam por interesses, quaisquer que sejam, esquecem que trabalham em um autarquia municipal, mantida com o dinheiro pago pela população, nas contas de água e esgoto. Que a empresa seja tratada com respeito, e isso é dito para ambas as partes.

terça-feira, 20 de julho de 2010

E ele pode ficar de fora...

Em uma determinada época do ano, o ex-prefeito de Sete "Bananas" Lagoas veio à público, em uma rádio, e disse: "Serei candidato a deputado, não tenho nenhum impedimento para isso". A partir da declaração, iniciou-se uma discussão jurídica na cidade, e as pulgas ficaram atrás das orelhas. Mas eis que agora, os fatos se desenrolaram. E ele pode ficar de fora da disputa este ano.

Estamos falando, é claro, de Ronald, o Cana Brava, que bateu o pé e se candidatou à deputado estadual. Defendemos o tempo todo que ele deveria sim ser candidato, para que a própria população fizesse seu julgamento, que seria nas urnas e não político, como ele gosta de acusar sua cassação pela Câmara Municipal. Mas antes mesmo dos eleitores decidirem o futuro do ex-prefeito, a justiça barrou sua candidatura.

Ele está na lista que o Ministério Público apresentou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de políticos que já foram condenadas por tribunais, juntamente com um pedido de impugnação. Importante frisar aqui que ele ainda pode recorrer da decisão e sair candidato.

Mas o que ocorreu com a certeza que ele falava que poderia ser candidato entre o tal programa de rádio e essa notícia? Qual seria a real intenção de Ronald de registrar sua candidatura, sendo que estaria impedido judicialmente? Há mais entre o céu e a terra...

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Ensino público precisa ser valorizado

Voltamos mais uma vez a um assunto que interessa todo brasileiro, em especial os mais jovens, o ensino. A rede pública setelagoana ficou atrás da rede privada em mais um ranking do ENEM, divulgado ontem pelo INEP. Esta é uma mostra de que, em todo o país, é preciso que sejam implementadas medidas para valorizar a escola pública, como melhor infra-estrutura, melhores salários para os professores e atrativos para os alunos.

De acordo com a listagem divulgada no site no INEP, Sete Lagoas seguiu uma tendência do restante do país e as instituições particulares tiveram médias melhores do que as do ensino público. A melhor colocada é o Colégio Impulso, com média total (objetiva e redação) de 697,57. Em seguida aparece o Colégio Cenecista Márcio Paulino, com 674,85 e em terceiro o Instituto Regina Pacis, com média total de 667,47.

As escolas públicas setelagoanas que aparecem na listagem divulgada são todas estaduais, algumas delas com ensino médio regular e outras com Ensino de Jovens e Adultos (EJA). A melhor classificação ficou com a Escola Estadual Professor Rousset, o Polivalente, que aparece com media total de 574,76. Depois dela vem a E.E. Maurilo de Jesus Peixoto, o Estadual, com 561,56 e em terceiro a E.E. Zico Paiva, com 555,91 de média total.

São números que merecem reflexão dos nossos dignos governantes. Torcemos para que os responsáveis pelo ensino público criem medidas para melhorar os resultados nos próximos anos. A única saída para uma sociedade mais crítica e capaz de gerir melhor os seus destinos é através da educação. A listagem pode ser observada no site www.enem.inep.gov.br

sábado, 17 de julho de 2010

Vereador serve pra quê?

Pra que serve um vereador? Que saibamos, vereador nada mais é do que o representante do povo, que recebeu dele o voto para fiscalizar as ações do Poder Público, da Prefeitura, do Prefeito e sua equipe. O vereador busca resolver questões salutares de interesse da população - e ganha muito bem pra isso.

No Prelo acompanha o trabalho dos vereadores setelagoanos desde que estes dois que vos escrevem iniciaram suas carreiras jornalísticas, mas esta semana nos pegamos a pensar: pra que serve realmente um vereador em Sete Lagoas? Por que fazemos esta pergunta? Simples, ocorreu um fato no mínimo curioso, pra não dizer perigoso durante e após reunião extraordinária da Câmara, esta semana.

O prefeito enviou o projeto de lei 112/2010 que visava proibir a venda e o consumo de bebidas alcoólicas em determinado polígono público no entorno da Arena do Jacaré em dias de jogos. Pois bem, a Câmara fez uma reunião extraordinária, antes do recesso - que começou neste sábado - para apreciar a matéria e diante de parecer contrário de uma comissão da Casa, resolveu rejeita-lo, ou seja, por unanimidade derrubou a proibição, tanto é que na última quinta, no jogo entre os Atléticos, houve venda e consumo no entorno tranquilamente.

A Câmara rejeitou, o PL não passou, mas o prefeito decretou a proibição, desta vez em dias determinados. E é isso, ponto final, vírgula, fecha aspas!!! Se é para simplesmente decretar, pra que enviar um projeto para que os vereadores, os representantes do povo, apreciassem? Pra que então existem vereadores em Sete Lagoas? Para se reunirem às terças-feiras, apresentarem pedidos de providência - que quase sempre não dão em nada - e receberem seus salários no final do mês?

Para No Prelo não. A decisão da Câmara deveria ter sido respeitada ou então que se esperasse o fim do recesso parlamentar para novamente enviar o projeto de lei para ser votado. Para que isso aconteça rapidamente é preciso a convocação de uma nova extraordinária, mas será que diante do decreto que foi contra a decisão a própria Câmara vai se reunir? Isso não sabemos, mas em Seven Lakes tudo pode acontecer...