quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O símbolo e sua morte

Não vou me estender no assunto principal que me leva a escrever este texto. Muitas pessoas o farão, várias textos serão escritos sobre Dr. Afrânio Avelar, talvez o último homem tido como símbolo de uma política séria, longe de politiqueiros de plantão. Pela minha proximidade familiar, me restrinjo a dizer que ele fazia parte de um grupo, em que fez parte também meu avô, primo de Dr. Afrânio,  que buscou uma Sete Lagoas melhor para a população. Infelizmente, são poucos ainda que tem essa visão.

Mas a sua morte me traz a fazer uma reflexão pessoal, que inclui este blog. É perceptível a todos que ando escrevendo muito pouco neste espaço. E são várias razões para isto. Por anos, mantivemos, junto com Fred Rezende, este espaço de reflexão. Após o falecimento de meu companheiro, tive que me redobrar, para manter vivo isso aqui. Mas aos poucos, fui perdendo a força, um pouco por falta de tempo, e mesmo por desânimo. Durante este tempo vimos muita mer... desculpem, coisa acontecer nesta cidade. De tudo. Isso pode ser visto nos textos aqui publicados.

O que me ocorre agora, neste instante, é que me deparei com um blog que se repetiu por um tempo. Em conversa recente com Flávio de Castro, disse a ele que estava precisando reinventar este blog, pois não tinha mais tesão - e desculpa pela palavra, mas é essa a definição -  para continuar. E por que ele se repetiu? Por que a cidade pouco mudou. Ou nada mudou. O que vemos nessa cidade é uma classe política centrada apenas no seu umbigo, atrás de favorecimentos, cargos e dinheiro. Fato! Nada de pensar na sociedade, na verdadeira razão de existir do político.

Foi isso que me fez pensar a morte do Dr. Afrânio: é a morte de muitas coisas que acreditava quando iniciamos este blog. Por isso, peço desculpas aos nossos seguidores, mas por um tempo vou me eximir de escrever neste espaço. Mas lhes prometo que a todo tempo, vou pensar em um novo formato, em algo que me volte a ter tesão de escrever por aqui. Nem que seja a saudade de escrever aqui.

Até breve.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Escravos de Jó

A foice cortou geral. Mas ainda sem muitas explicações. A semana passada foi de várias especulações, mas de nenhuma elucidação. E mais uma vez vemos uma conturbada dança das cadeiras, sem nem mesmo a população saber por quê.

Primeiro começou com a queda na secretaria de saúde. Depois se estendeu à nomeação da secretaria de trânsito. Durante a semana outros nomes começaram a surgir, como no Saae, secretaria de educação e meio ambiente. A maioria ainda em meio à rádio corredor, que fala mais que prova. E fica um burburinho maior que a verdade.

Enquanto isso a população fica à espera. Não se sabe o que é fato, o que é especulação em meio à tantas notícias. O prefeito Maroca convidou os amigos e nem tão amigos assim da imprensa, um café com o prefeito. A princípio marcado para a tarde desta última segunda-feira, às 16h. Depois nos foi enviado novo convite, este adiando a conversa, para hoje, terça-feira, novamente às 16h. Um terceiro chegou de mansinho, mudando o horário para às 17h.

Enquanto o prefeito não explica, tudo fica brotando do chão. Ai cabe aqui nossa pergunta pertinente: porque essa coletiva não foi feita semana passada em meio ao clima de boatos? Só assim as verdades superariam a conversa de corredor e acabar com as especulações. Mas parece que as explicações vem depois dos boatos explodirem. Lamentável.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

A quem se interessa?

Foto da devastação feito pelo incêndio, ainda na quinta-feira. Marcos Avellar, 08/09/2011
Incêndio em época de forte estiagem não é nenhuma novidade pelas terras Sélagoanas. Todos os anos, há focos, fuligem e muita fumaça na cidade, que pioram com o tempo seco e o vento. Mas talvez este ano, ao que parece a este escriba, a coisa foi um pouco mais longe.

Para ver de perto a situação, fui duas vezes, em dois dias seguidos, para acompanhar de perto a situação. Aliás, uma situação deplorável e muito triste, uma cena que dispensaria ver novamente. Mas o lado bom de ver de perto, é conhecer um pouco a realidade do combate aos focos. No primeiro dia, talvez o mais crítico, com direito à helicóptero que despejava litros e litros de água para tentar amenizar a situação, havia uma equipe de 17 bombeiros, junto com brigadistas, como o pessoal da Adesa, e voluntários que se embrenhavam e se arriscavam em meio ao fogo para tentar abafar as chamas.

Mas meu foco aqui não é o combate, mas tentar buscar uma explicação do antes do fogo. Afinal, segundo os levantamentos dos Bombeiros, esse último incêndio, de proporções enormes, foi criminoso. Tanto é que quatro pessoas foram presas dentro do Parque, dentro da Área de Proteção Ambiental (APA), colocando fogo em mato seco. Outros relatos afirmam que foi tudo muito bem premetitado, já que colocaram fogo em locais e horários diferentes, o que dificultava o combate.

É evidente que não há seguranças ou mesmo vigias para cuidar desse imenso espaço da APA e do Parque da Cascata. Há sim ai uma omissão do poder público de cuidar de um bem público e estimado pela população (ou parte dela, pelo menos), o que acaba acontecendo esses desastres. O próprio sargento dos Bombeiros com quem estive durante a minha visita, foi enfático: se não houver um projeto sério de prevenção, a situação vai continuar e inclusive piorar.

Mas se o problema é bem conhecido, fica a pergunta. A quem se interessa as queimadas na serra? Foram presas quatro pessoas ateando fogo, em flagrante. Elas estavam a mando de alguém? Ou saem colocando fogo em parque e APA's por puro prazer? Fica ai a pergunta.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Um ano


O dia 08 de setembro era prá ser esquecido na nossa vida. Mas o lembramos pela saudade, pela ausência de meu amigo e irmão Fred Resende.

Já se passou um ano da ida dele, mas sei que Fred ainda está presente, junto com a gente. Seja nas boas lembranças dos amigos, nas rodas de conversa e até mesmo neste blog.

Ainda é difícil aceitar essa perda imensa na vida. Mas seu que ele está ai, cuidando da gente.

Saudade meu caro irmão.

Foto: Este escriba com os queridos pais do Fred, em homenagem feita na Câmara Municipal.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

"A mudança começa pelo Legislativo"

O título do texto está entre aspas pois é uma citação. Ela me foi dita por uma das minhas maiores mentoras na política, na arte das entranhas do mundo político. Minha tia, e além disso, minha madrinha, Lúcia Avelar é com certeza hoje uma das mais importantes cientistas políticas no Brasil, com diversas entrevistas para a revista Carta Capital - que para mim, está cem anos à frente de outros semanários - e já coordenou o departamento na Universidade de Brasília (UnB).

Mas voltando à frase, minha tia Lúcia me disse isso em uma recente visita à Sete Lagoas, depois de me pedir um resumo da vida política na cidade atualmente. Ao contar os meandros dos corredores, ela me disse, categoricamente: "A mudança começa pelo legislativo".

O que ela, uma pós-doutora em ciências políticas, quis me dizer é que não adianta a população ficar reclamando apenas do executivo, seja ele municipal, estadual ou federal. Se o legislativo vai mal - ou muito mal, como vemos em algumas passagens recentes da nossa Câmara - a cidade também vai mal. Salvas exceções, sabemos que muitos ali vivem de conchavos, picuínhas e só miram as próximas eleições para continuar mamando no dinheiro público. Muitas vezes vivem de discursos inflamados, mas que no fundo não convencem nem a si mesmo.

Os vereadores são có-responsáveis pelo que acontece na direção da cidade. Eles que aprovam as leis, e principalmente os orçamentos, para onde o nosso suado dinheirinho vai, além de fiscalizar o poder executivo. Eles devem ser cobrados tanto quanto o prefeito em qualquer que seja o assunto da cidade.

A discussão sobre o número de cadeiras na Câmara, que deve ser votado até o fim de setembro é uma ótima oportunidade para a própria população avaliar a atuação dos vereadores. Será que precisamos de 17? Ou de 21? O que vai mudar essencialmente no aumento de cadeiras? Será que realmente haverá mudanças significativas com o aumento de vereadores?

É só buscar as pautas semanais que são discutidas na reunião semanal. Lá estará a resposta.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Coincidências


Como é a vida. Pouco depois de escrever o texto abaixo, sobre coisas estranhas que só acontecem em Sélagoas, me deparo com uma foto para comprovar o que falei.

A foto não é minha, e copiei, ainda sem autorização prévia - mas sei que tenho a autorização para fazer - do blog do meu amigo Ramon Lamar. O assunto que abordado no post dele não tem nada a ver com o meu, mas no final, ele me dá de presente a minha prova. A prova final que preciso.

Como dá para ver, há um carro de som logo atrás do desmonte da ferinha. E vocês não imaginam de quem é esse carro de som. Sim, da propaganda da Exposete. Como pode verificar, ele não te a devida licença da Secretaria do Meio Ambiente, que por lei, tem que estar estampada na porta dianteira do veículo. E é preciso ter o telefone de contato da secretaria, caso o cidadão se sinta incomodado com o som e reclamar aos órgão competentes. Como sei que é da Exposete? Porque tive o desprazer de encontrar com ele no meio da rua fazendo a maravilhosa e prazerosa propaganda.

Mas neste caso, não há telefone né? Porque ele não tem autorização né? E prá quem a gente ia reclamar?

Onde erramos?

Há muito fico fazendo essa pergunta ingrata. Sete Lagoas tem um potencial incrível, para ser uma cidade avançada, moderna, bem estruturada. Mas ainda vemos resquícios de uma velha política enrraigada em coronéis, que pouco ajudam ou contribuem com os avanços. Vejamos um caso mais que explícito.

No início de julho foi realizado um evento com proposta totalmente cultural, com uma programação que incluía artes cênicas, circenses, plásticas, congado e música regional, com direito à banda Argentina, que fechava sua turnê pelo Brasil e depois partia para a Europa. Que dia Sete Lagoas tinha visto isso?

O empreedimento era de quatro parceiros, todos eles com pessoas ligadas à defesa dos interesses culturais, mas também ecológicos e de saúde. Tentaram o alvará perante a Secretaria de Meio Ambiente, três semanas antes do evento ocorrer. Mas que foram surpreendidos ao se deparar com o pedido de adiamento do evento, um dia antes de ocorrer. A secretaria se justificou dizendo não ter tempo hábil para analisar o pedido. Como se adiar um evento dessa envergadura, que envolve diversas pessoas e dinheiro, fosse assim tão fácil.

Apesar disso, um dos organizadores conversou ainda pessoalmente com o secretário, que garantiu que se não houvessem problemas na festa, nada seria feito contra o evento. Mas eis que pouco mais de um mês depois, aparece uma multa de R$1 mil pela realização do evento. E o que vem à tona é uma rixa mascarada com um dos parceiros da festa, e, por birra, aplicou a multa. Afinal, tem poderes.

Enquanto isso, na bela cidade das Sélagoas, os carros de som, que andam a um volume ao extremo pelas ruas, não tem o mesmo tratamento. Rodam sem ser importunados. E ainda. Recentemente, carros de som sem o credenciamento da secretaria de meio ambiente rodavam fazendo publicidade da Exposete, em pleno domingo. Segundo o artigo 40, inciso II do Decreto Lei 2784/2002 do município, é proibida a veiculação de publicidade em carros de som aos domingos. Provavelmente para preservar os ouvidos de quem já sofre durante a semana no dia de descanso.

Ai fica a pergunta. Onde erramos?

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Ele ainda não é candidato

O prefeito Maroca ontem convocou a imprensa Sélagoana para uma coletiva. O assunto era obras diversas, da ordem de R$9 milhões, a maioria com verba federal e estadual. Mas na oportunidade, vários assuntos foram levantados e, dentre eles, é claro, a eleição 2012. Sou um defensor de que esse tema seja apenas tratado em 2012, já que falta mais um ano para as urnas serem abertas. Mas, mesmo asim, foi falado e questionado à ele sobre a reeleição.

Maroca afirmou, como já afirma a alguns meses, que ainda não pensa na eleição. Segundo o prefeito, ele pensa somente no trabalho do atual mandado, que não tem tempo de parar para refletir se sai candidato. "Deixo isso para o pessoal do PSDB", afirmou.

Mas fato é que algumas mudanças mostram uma mudança de atitude junto à população. Uma delas é ele marcar uma coletiva com a imprensa a cada 15 dias. Nelas, ele falará de obras e a administração, talvez já de olho na popularidade para o próximo ano. Para quem conhece, isso é marca do assessor de comunicação, Márcio Vicente, ex-secretário de cultura e comunicação da era Ronald, o Cana Brava. Presenciamos dezenas dessas coletivas, muitas delas tensas, na época do prefeito cassado. A entrada de Márcio Vicente pode ter alterado os rumos do Maroca, uma vez que ele pouco atendeu coletivamente a imprensa até então.

Mas alerto. Não deixem os puxas-sacos tomarem conta dessas coletivas. Em eras passadas, esses encontros com o então prefeito Ronald, o Cana Brava, era praticamente uma tortura para quem ia fazer jornalismo, e não papel de puxasaquismo. Elogios vazios, sem um mínimo de conteúdo ou contribuição devem ficar apenas entre as quatro paredes do gabinete à portas fechadas.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Mas não era prá 2010?

Essa semana o prefeito das Sélagoas esteve reunido com o secretário Estadual de Meio Ambiente, Adriano Magalhães. Na pauta, uma discussão prá lá de importante, não só para a nossa ilustre cidade, mas como para outras muitas espalhadas pelo Rio das Velhas. Eles conversaram sobre a Meta 2014, que visa a melhoria das condições daquele rio, que cort... Mas isso não estava previsto para a Meta 2010? Agora a Meta virou Copa do Mundo e cai de quatro em quatro anos?

Na verdade essa piadinha infame, que envolveu as datas e futebol vira mais ainda uma piada sem graça quando vemos a situação que se encontra o tratamento dos nossos dejetos e jogados aos ribeirões, que despejam no Jequitibá, que cai no Rio das Velhas. Havia uma meta a ser cumprida até 2010, que não foi obedecida, e agora já falam em 2014, que se não andar rápido, já vai chegar e virar Meta 2018. Enquanto isso, o nosso meio ambiente morre lentamente, dando seus últimos suspiros de vida.

Por aqui, a palavra desenvolvimento está ligada à inauguração de shopping, estádio, pista dupla para caber mais carros, loteamentos para inchar a cidade, concreto, concreto, concreto.

Enquanto isso, vamos jogando m*#%da nos córregos, que vamos captar água, para a gente mesmo beber.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Falando nisso...


Falando em Guarda Municipal... É assim que eles fiscalizam o trânsito?

Tá bom.

A foto foi tirada poucos minutos depois de postar o texto abaixo.

O risco de uma indústria

Enviado pelo prefeito e aprovado pela Câmara Municipal nesta terça-feira, os Guardas Municipais, que antes estavam fadados a serem meros coadjuvantes de manobras políticas, agora ganham poder. E poder de multar. E, assim como em Belo Horizonte e outras cidades, o caso não vai deixar de causar polêmica.

Por um lado, há aqueles que defendem que é preciso reforçar a fiscalização no trânsito, que anda a um passo do caos (se já não chegou a ele). Depois que a Polícia Militar parou de controlar os abusos nas questões do trânsito municipal, parece que a confusão aumentou ainda mais. Outro argumento é que eles foram preparados para exercer a função, com treinamento feito junto a policiais militares, com direito a provas e notas para conclusão do curso. Ou seja, estariam prontos e treinados para fiscalizar.

Do outro lado, pessoas afirmam que com a nova lei aprovada pelos vereadores, pode se instalar na cidade uma indústria da multa. Afinal, para conseguir aumentar um pouco do seu mirrado salário, eles vão canetar muito pelas ruas, e podem até mesmo cometer abusos, em nome da gratificação.

Esta lei é uma forma do poder público repassar novamente para o cidadão os baixos salários pagos aos agentes públicos. Pagam mal, dão gratificação, e que se vire para pagar as multas. A prefeitura da cidade não inventou a roda, afinal, várias outras cidades já adotaram o sistema.

Mas fico cá com as pulgas atrás da orelha se isso não vai dar confusão ainda.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que podemos fazer por nós?

Sei que ando avoado nos últimos dias - e para falar a verdade - desde que voltei de minhas férias. Não é para menos. Se você sai de seu mundo um pouco, desloca sua identidade, conhece outros ambientes, não tem como voltar a mesma pessoa, os mesmos pensamentos, as mesmas idéias. Se você vai e volta do mesmo jeito, é porque a viagem não fez diferença nenhuma em sua vida. Você se tornou apenas um turista, destes que ficam mais preocupados em tirar fotos para mostrar aos amigos - aquelas fotos comuns de cartão postal - do que realmente absorver o que o mundo te apresenta debaixo do seu nariz.

Mas voltei não com vontade de ficar por lá, assim como todos te cobram ao chegar. Mas sim, com um sentimento diferente de onde você partiu. E é nisso que venho pensado muito nos últimos dias. Peço desculpa aos amigos, inimigos e leitores deste blog por tamanha ausência. Mas a cabeça está um pouco um tanto quanto fora de órbita.

Sete Lagoas por um tempo tornou adormecida. Um túmulo que não parecia nunca se abrir, ressucitar. Mas vejo a luz no fim do túnel. Vejo a luz em pessoas que realmente tem a proposta de apresentar uma alternativa dessa política de velhacaria vista nos últimos 20, 30 anos na cidade. Pessoas que propõem uma discussão séria, mesmo que ainda em pequenos círculos de conversa. É delas que podemos amplificar as idéias.

Vejo a luz em ações e reações, por exemplo, na cultura, em que se discute seriamente uma política pública, propostas para tirar do papel leis de incentivo e fundo de cultura, também adormecida por anos a fio. Tenho orgulho de fazer isso girar, de dar um gás maior na conversa, cutucar, de forma que a coisa ande.

Vejo a luz em algumas manifestações, que sejam tímidas nas ruas. Vejo a luz em blogs, twitters, ferramentas essenciais neste mundo moderno. Mesmo que se critiquem vários deles, é a população que agora tem o direito de falar, expor sua opinião, criticar, elogiar, fofocar.

E é por isso tudo que ando aéreo. Que ando pensado. Vale mais a pena MUDAR Sete Lagoas, do que mudar DE Sete Lagoas.

Vamos em frente então.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Trânsito, gasolina, transporte público

Viajar faz bem para a alma e para a mente. Arejar de todos os processos vividos no cotidiano, e ainda mais, ver nosso mundo de fora, com outros olhos. É isso que me inspira a fazer este texto.

Não é de hoje que neste blog se fala de transporte público. Mas agora outros fatores vieram para dar um gás maior ao assunto. Falo do trânsito e do preço absurdo dos combustíveis, que bateu o teto de R$3,10 par a gasolina, mas que agora perde o fôlego e o preço começa a cair a patamares menores. Do outro lado, vivemos a um passo no caos no trânsito de Sélagoas. Se o caos já não foi implantado.

O preço da gasolina é absurdo? Talvez mais ainda é a sociedade abusar dos carros no trânsito das cidades. Aqui não é diferente. A maioria anda sozinha em seu veículo, muitas vezes para rodar poucos quilômetros. O resultado é óbvio. A supervalorização do combustível e um trânsito sofrível.

Mas a culpa é da sociedade? Em parte. Em uma cidade que o transporte público é igualmente um caos, resta a maior parte da população recorrer aos seus carros. Temos um modelo ultramegaultrapassado. Temos uma empresa concessionária e a tal cooperativa. Ambos travam uma batalha nas ruas, por linhas e por passageiros que não nos leva a nenhum lugar. Literalmente. Talvez só mesmo em Sélagoas que existem dois prestadores de transporte público, mas que fazem as mesmas linhas e os mesmos horários. De alternativo não tem nada.

E ainda tem o trânsito no centro da cidade. O que vemos em grandes centros de outros continentes é uma ação do governo de tentar barrar seus cidadãos de trafegar por ruas mais complicadas em horários de picos. Vale até pedágio de valor alto, para que pensem duas vezes antes de se meter em um carro. Mas é claro, isso em países que a malha de metrô e ônibus é extensa, e funciona efetivamente.

O centro da nossa cidade é toda ocupada pelos carros. Principalmente daqueles estacionados. E ainda pelos ônibus de transporte público que tem pontos em locais complicados.

Não é preciso um estudo detalhado para saber o que o trânsito da cidade necessita. É preciso sim atitude, coisa que nossos últimos mandantes não tiveram. Bater de frente com parte da população para um bem comum, ou mesmo contra empresas acostumadas a só ganhar, faz bem para o futuro da cidade.

Mas tem que ter peito. Enquanto isso...

sexta-feira, 8 de abril de 2011

De férias

Caros amigos, inimigos, leitores e seguidores deste blog:
A partir da próxima segunda-feira este jornalista estará por um mês gozando de suas merecedoras férias anuais.

Se antes com a equipe completa de dois jornalistas, revezávamos em nossas pausas, um cobrindo o outro, agora, a equipe conta apenas comigo. Portanto, como é sempre recomendável ao tirarmos nossas férias, não vou me envolver com o trabalho neste período.

Espero que todos entendam essa pausa nos trabalhos, que nos últimos dias tem sido menos intenso - um pouco pela falta de boas notícias na cidade, um pouco pelo cansaço mesmo deste profissional.

Mas espero poder voltar revigorado, para dar continuidade à labuta.

Um abraço a todos.

terça-feira, 5 de abril de 2011

E a reforma?

Depois de três meses do anúncio, alguém ai viu a reforma administrativa? Secretários já saíram, pediram demissão, foram demitidos, e passados três meses, nada de uma real reforma administrativa. Secretários acumulam ainda pastas, secretarias que continuam do mesmo jeito, sem separação ou junção. Nada mudou muito desde o final de dezembro.

E o tempo passa em Sete Lagoas...

E as peguntas ficam:

O prefeito não teria realmente na cabeça o que seria essa tal reforma administrativa?
Ou o prefeito não teria os nomes para substituir os demissionários?
Ou alguns convidados não aceitaram o convite?
E a pressão de tirar o DLO da secretaria de planejamento, era apenas uma desculpa para tirar Flávio de Castro?
E até quando vamos fazer essas perguntas?

Afinal, perguntar não ofende né?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Alguém me responde, por favor!

Há coisas que precisamos perguntar, caso contrário, ficamos com a pulga atrás da orelha. Na pauta da última reunião da Câmara Municipal, constava a presença do diretor-presidente do Saae, Ronaldo Andrade, conforme requerimento feito pelo vereador Caio Dutra, para esclarecimentos sobre as obras denominadas PAC-Água, aquela que rasgou a cidade, e ainda não curou as feridas.

Pois bem. Ao começar a inquisição, Ronaldo Andrade foi taxativo e claro: as obras do PAC-Água são de responsabilidade da Secretaria Municipal de Obras. Segundo ele, há engenheiros da autarquia municipal acompanhando o andamento da lama, ops, das obras, mas que não tem o papel de fiscalizar o que está sendo feito.

Então, minha pergunta, se pertinente for, é a seguinte: por que raios então os vereadores chamaram o presidente do Saae se a obra é de responsabilidade da Secretaria de Obras? Neste caso, para este blog, deveriam chamar o secretário de obras. Aliás, secretário, ou sub-secretário, ou secretário em exercício, ou secretário em licença, seja lá qual for, que esteve na mesma casa no início deste mesmo mês.

Sabemos que o projeto dessa obra foi do ex-prefeito Leone Maciel, incluindo aí o edital responsável pela contratação da empreiteira. Mas a fiscalização dos serviços é da atual administração. Se foi azar as obras ocorrerem durante as fortes chuvas que caíram este mês, se foi serviço mal feito pela empreiteira, é de urgência a prefeitura vir a público e explicar o por que de tantos buracos (ó eles aí), ou melhor, crateras, justamente onde rasgaram o asfalto para fazer as ligações do PAC-Água. Mas que venha a público a pessoa certa.

A cidade agradeceria.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Maroca e seu funk

Já recebi por email, já vi rodando pelo Facebook e até um amigo me perguntou se eu já tinha visto o tal Funk do Maroca. A coisa parece que começou a rodar na cidade estes dias, e até o exato momento que escrevo este texto tinha cerca de mil visualizações. Mas cá prá nós, qual seria a utilidade deste videozinho tosco?

Sim, porque é uma edição sofrível, numa musiquinha chata, com letra ainda mais sofrível. Falando tecnicamente, o vídeo deve ter sido feito em um programa tosco, com fotos de internet, sem uma qualidade mínima.

Agora, deixando a técnica de lado. O vídeo é engraçado, brinca com a atual situação crítica da cidade e dos buracos. Aliás, buracos é um assunto que neste blog não se fala já a um tempinho. Mas explico: falamos tanto no passado, que cansamos de bater na mesma tecla. Não só nesta atual administração, mas também nas anteriores.

Mas voltando ao funk. Na visão deste blog - e restrita à ele - o vídeo é apenas engraçadinho, para rir da primeira vez que se vê. E olhe lá. Uma cidade do porte de Sálagoas não pode ficar restrita à importantes discussões em um vídeo mal feito com música prá lá de duvidosa. Pode-se tomar o vídeo como uma brincadeira, e não mais que isso.

É preciso que a cidade acorde para a discussão séria, de pessoas que realmente interessam pelo bem comum, pela população. O que roda pelos bastidores é que a direção do município - e não falo do prefeito, mas de pessoas que tomam algumas das importantes decisões que interessam ao município, e que tem forte influência na administração - está nas mãos de pessoas que não tem o mínimo de escrúpulos.

É hora de pensarmos em uma cidade melhor. É hora dessas discussões começarem a ocupar as rodas de conversa. Se tem um videozinho engraçado, assista e ria. Mas voltemos ao que é necessário.

quarta-feira, 16 de março de 2011

E na rádio corredor

Enquanto a gente assiste ao abre e fecha das rádio piratas, tem uma rádio que funciona, de forma discreta, e muito bem, obrigado. Falo da rádio corredor. Principalmente a rádio corredor Câmara. Essa então, não pára.

Ontem, em solenidade da entrega dos diplomas aos Guardas Municipais - que, atenção população, agora podem multar - a conversa rolou solta. E isso, digo de passagem, sempre é bom.

Lá me disseram que o PMDB local já voltou para o colo do prefeito Maroca. Não consegui passar pela Câmara Municipal na tarde de terça-feira, quanto acontece as reuniões ordinárias, mas me falaram que é certo a mudança de rumos do partido com maior número de vereadores na casa.

Só recordando: o PMDB formou a chapa junto com o PT/PV e PSOL para eleger a mesa diretora para o biênio 2011/2012. O PT anunciou que saiu do governo. Como fica então agora essa aliança, que para quem recorda, venceu em uma eleição conturbada, com direito a ofensas e até ameaça de chamar a polícia?

E ainda mais: como fica o vereador Caio Dutra, que se diz oposição ao Maroca o tempo todo?

Ficam as perguntas.

O tempo se esvaiu

Vários amigos do secretário de planejamento, Flávio de Castro, foram surpreendidos esta manhã com texto em seu blog. Em suma, o ainda secretário anuncia sua saída da administração municipal. Dentre suas alegações, está a retirada do Departamento de Licenciamento de Obras (DLO) de sua pasta, além de outros motivos.

Sua saída já era esperada pelas pessoas mais próximas, e até mesmo de quem seguia suas postagens no blog. Ele mesmo dizia que era questão de tempo. Tempo para o prefeito fazer a reforma, tempo para puxarem o tapete, tempo até o tempo se esgotar e não aguentar a angústia de ver sua secretaria esvaziada. E talvez tenha sido este último tempo que ele chegou ao limite.

Por algumas vezes, aqui mesmo neste blog, publicamos texto em apoio ao secretário. Em nossa simples avaliação, víamos a atuação do Flávio como uma das melhores dentre os secretários - para não dizer, talvez, a melhor. Dentre vários secretários apáticos, sem um mínimo de noção pública e sem cuidado com a cidade, Flávio se destacava por buscar melhorias em sua área. Notoriamente no DLO, que avançou visivelmente depois de sua intervenção.

Não sabemos ainda o futuro do secretário, que anunciou que sai no próximo dia 31. Muito menos sabemos quem deverá ocupar seu lugar na secretaria. E se realmente o prefeito irá fazer a tal reforma, retirando o DLO do planejamento depois de sua exoneração. São questões que ficam para um futuro próximo, a vermos o que vai acontecer.

sexta-feira, 4 de março de 2011

Feliz folia


Seja mascarado, fantasiado, escondido num canto de sítio, em Sete Lagoas, Serra do Cipó, Rio de Janeiro, Salvador ou em qualquer canto que estiver. Esse blog deseja a todos um ótimo carnaval, que aproveitem esses dias para viver a vida ao máximo, da forma que você sinta bem.

Para quem fica na ilustre cidade dos lagos encantados, a gente aconselha dar um pulo para ver o carnaval dos blocos, seja na praça da feirinha, no Cidade Nova, vulgo Morro Vermelho, ou Santa Luzia, vulgo Garimpo. Vá sem medo de participar de uma festa verdadeiramente popular, sem cordão de isolamento, sem área vip ou mesmo camarote de cervejarias. É uma festa feita pelo povo, simples, feito de coração.

Em 2010, cheguei a tempo de conferir na terça-feira o desfile da Verde e Branco, lá no Garimpo. Uma festa de paz e muita confraternização, que emocionava a todos que estavam lá. Uma festa que mobilizou os moradores do bairro, muitas vezes tratados com preconceitos. Vá, sem medo de se divertir.

Destacamos mais uma vez o Bloco do Boi da Manta, que este ano faz uma homenagem ao Virgens dos Peitudos, agremiação popular que ficou famosa nos anos 1980. Com o enredo "De peito aberto para a felicidade", o Bloco da Manta relembra esses anos dourados do carnaval setelagoano.

Parabéns a todos os organizadores, aos blocos, nossos amigos Paulinho e Saúva, à turma do Garimpo, por trazer de volta o tradicional carnaval da cidade, cada vez menos Axé, e à secretaria de cultura, por ter tido a idéia de descentralizar a festa.

A cidade agradece.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Conversa de cumadre

A expectativa da presença do secretário de Obras, irmão do prefeito, Paulo Rogério Campolina Paiva, foi em vão. No plenário, o que vimos, foi a mais pura conversa de cumadre. Sem pressões, apenas uma vez ou outra uma cobrancinha, mas daquelas pequenas, que nem coçam as feridas. Uma pena, diga-se de passagem.

O nobre secretário foi, junto com assessores, falar dos problemas em ruas do CDI e a cerca das placas do PAC água, que não continha a logomarca do governo federal - que apesar de financiar praticamente toda a obra, ficou de fora da propaganda. Sobre esse último assunto, empurraram o erro para a agência de comunicação, responsável pelas contas publicitárias da prefeitura. Pronto, resolvido o caso sem mais alardes.

Já sobre as ruas do CDI, o secretário falou das obras de captação fluvial no local. Em tempo, todo o material foi doado pelas empresas dos Mediolis à prefeitura, que, com equipamento e mão de obra própria, executa o serviço. O grupo de empresário tem interesse direto no local, pois sua empresa sofre diretamente com os alagamentos. Portanto, amigos, não há nada de bonzinhos, que pensam na comodidade da população. Visa seu próprio umbigo.

Mas a maior surpresa veio com a antiga Sítio da Abadia. O tema, enormes crateras no local, já tiveram textos aqui no blog. O que nos assustou foi o que o secretário e seus assessores disseram. A empreiteira, que ganhou a licitação, não tem dinheiro para finalizar a obra, que custa cerca de R$150 mil. Ficamos a nos perguntar, como a prefeitura dá a vitória da licitação à uma empresa que não tem caixa para tocar a obra. Como assim? Podem me explicar?

Para piorar. A tal empresa tem uma parcela do serviço a receber, mas tem pendências com a prefeitura. Para conseguir o empenho e receber, ela tem que apresentar o RT, que para a meu entendimento, é Responsável Técnico. Se não for, me corrijam por favor. Mas como assim uma empreiteira não tem RT? Como ela faz obras?

E para finalizar minhas perguntas: como uma empresa dessa ganhou a licitação? Licitação? Não era o Flávio Dumont, atual procurador do município, responsável por elas até pouco tempo atrás?

Pós-post: Na verdade, o que falta à empreiteira, é a ART (Anotação re Responsabilidade Técnica) e não responsável técnico. O que, equivale, na verdade, 3% da obra. Um valor mínimo, para uma empresa que disputa licitações.

terça-feira, 1 de março de 2011

Ele aceitou...

Finalmente, o secretário de Obras, irmão do prefeito, Paulo Rogério Campolina Paiva, aceitou o singelo "convite" dos vereadores. Na reunnião de hoje, eles querem esclarecer com o secretário alguns assuntos, dentre eles a placa do Pac Água - que só consta a logo da prefeitura de Sete Lagoas, apesar de ser verba federal - e a situação de algumas ruas. Mas com certeza eles também deverão questionar outras cositas más. Resta a gente saber se ele vai responder.

Vamos tentar cobrir a cordial visita do secretário à casa legislativa. Esperamos que seja invertida a pauta, para não precisarmos esperar tanto tempo em uma reunião às vezes um tanto quanto massante - para não dizer outra coisa.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Outras reflexões


A audiência pública de ontem, convocada pela FEAM, no auditório da Unifemm, foi um evento imperdível, e até mesmo complexo. Complexo do ponto de vista das reflexões que ele pode gerar, das inúmeras leituras que proporcionou. Poderíamos falar desde a discussão técnico-ambiental, como já faz o amigo PK Ramon Lamar em seu blog, até a discutir os efeitos práticos da audiência, como fez majestosamente nosso também amigo Flávio de Castro. Por eles já terem feito tão bem essas análises, e não precisar de acrescentar mais, vamos voltar nossos olhares para um outro lado, o lado político-social da coisa.

Por um tempo, nossa bela cidade dormiu em seu berço explendido, com uma população acanhada, sem voz (até mesmo nas eleições, essas vozes eram tímidas), sem conseguir expressar sua verdadeira opinião. Os coronéis, através de seus jornaleiros de plantão comandavam a opinião pública sem o mínimo senso de cidadania, passando por cima dos interesses públicos, em prol de seus próprio umbigos. Mas eis que começamos a ver uma nova chance, uma luz no fim do túnel.

São várias as manifestações que tem ocorrido na cidade nos últimos meses. Descontentes com algumas atuações do poder público, a sociedade começa a se organizar, e começa a falar quando discorda, sua opinião, apontar os caminhos que ela deseja. Seja em blogs, cartas, em manifestação na rua, na audiência pública, o que vemos é pelo menos uma parte da população querendo falar. E o melhor: se organizando para isso.

Nesta quinta-feira foi mais uma prova disso. Um grupo de pessoas se juntaram, organizaram suas falas, e o que vimos foi desmontarem, um por um, os argumentos usados pelos empreendedores do Boulevard Santa Helena. De forma organizada, eles mostraram com dados técnicos, através de leis, a inviabilidade do loteamento e seus impactos negativos no restante da cidade.

Até o momento que fiquei - tive que sair mais cedo, por volta das 22h, por causa de compromissos particulares - praticamente 100% das pessoas que se inscreveram para falar, foram contra, de forma ciente e equilibrada. Com certeza, o auge foi justamente o momento da apresentação dos alunos do Paulinho do Boi no Serpaf, que subiram e atuaram uma adaptação de uma peça, e saíram aplaudidos de pé pelos presentes. Eles soltaram frases do tipo "Eu quero um prefeito atuante", e prontamente ovacionados pelos presentes.

Resta saber se o poder público vai ser sensível aos gritos da população, que não querem a autorização do loteamento, do jeito que foi apresentado. Que sejam feitas propostas de mudanças, mas a planta apresentada, já foi reprovada. E que a população continue a se organizar, para ter mais voz nas decisões que vão definir o futuro dessa cidade.

Bravo!

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Uma faísca


Para alguns, eram poucos. Mas para outros, um sinal. Essa é uma primeira análise da manifestação ocorrida no início da tarde de hoje, que começou no Orkut e ganhou as ruas. Foram cerca de 50 a 60 pessoas que empunharam faixas, bandeiras, cartazes, nariz de palhaço e apito. Pouco? Mas pode ser uma faísca.

O que mais surpreendeu, foi justamente o que eles cobravam do prefeito. Não era aquele papo Fora Maroca! E sim, cobravam melhorias da cidade. Eles pediam que melhorasse as condições das ruas, da saúde, e até mesmo manifestavam em apoio ao Parque da Lagoa da Chácara. Podem ser coisas pontuais, mas eles tiveram a coragem de ir às ruas e reivindicar.

Este é o ponto principal disso tudo. A movimentação cívica, da população, que realmente precisa tomar as ruas, tomar conta da cidade. Seja qualquer o discurso. Cultura, esporte, educação, transporte público, trânsito. Moramos todos na pólis, na cidade, e devemos viver em uma cidade melhor. Esse é o ponto da manifestação. Eram poucos? Sim, mas tem todo o direito de gritar e protestar. Manifestar por um lugar melhor para se viver, e não porque são do partido A ou B.

Mas os organizadores precisam rever dois pontos, do ponto de vista deste blog. A primeira é realmente o número de participantes. Na comunidade do Orkut, há mais de 1700 participantes. Por que foram apenas 50 deles? O que faltou na mobilização? Estavam usando a comunidade apenas como um selo? Uma revolta instantânea?

Segundo e primordial ponto. Não deixar que aproveitadores de plantão usem e abusem do movimento, que a princípio, parece legítimo. Vimos pessoas que podem jogar essa legitimidade para o buraco, com o uso político dessa movimentação. Não são pessoas que querem o melhor para sua cidade, querem o melhor para elas mesmas. Infelizmente, havia algumas dessas pessoas por lá.

No final, ficou marcado para a próxima terça-feira um encontro dos manifestantes com o Maroca. Pelo que sabemos, ele vai apresentar tudo que foi feito nos últimos dois anos, em uma espécie de dociê. O prefeito ainda divulgou a seguinte nota, publicada abaixo na íntegra.

Abre aspas:
A Prefeitura de Sete Lagoas respeita a manifestação realizada dia 18 de
fevereiro e reafirma que está aberta ao diálogo transparente e à democracia
participativa. No dia 21 de fevereiro, o chefe do executivo municipal
reunirá com representantes do movimento.
Fecha aspas.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fim do namoro


Há tempos que isso vem sendo anunciado. Parece daqueles rompimentos longos, dolorosos, que ambas as partes querem se distanciar, mas nenhum deles declara abertamente que o fim está próximo. A união entre PT e PSDB em Sete lagoas foi notícia em jornais, como uma união possível, que se juntavam para promover mudanças políticas na cidade, presa durante anos nas mãos de coronéis.

Mas veio a notícia do rompimento neste sábado, em que a cúpula do PT municipal esteve reunido e decidiu o rompimento. O anúncio oficial ainda não foi feito, mas está marcado para esta terça-feira, às 10h, conforme convite enviado à imprensa (o No Prelo vai estar lá).

Com isso, a administração não perde apenas um apoio institucional de um partido tradicional, mas também pode perder parte da base na Câmara Municipal. Afinal, o PT tem na casa 3 vereadores, incluindo ai o irmão do prefeito, Celso Paiva. Ficamos curioso como ele deverá se comportar durante as reuniões a partir do anúncio oficial. Ficará contra o irmão e plantará um crise no clã Paiva? Vai sair do PT? Vai ficar em cima do muro?

Ainda não sabemos em qual sentido o PT vai pender, pois há tempos eles anunciam uma independência na Câmara Municipal. Mas a última eleição da mesa diretora, mostrou uma articulação entre o partido e o PMDB, repetindo a aliança nacional. Mas isso tudo pode ser esclarecido na coletiva na manhã desta terça. A esperar...

Enquanto isso, roda pelos emails da cidade uma organização de uma manifestação contra o prefeito, intitulado Fora Maroca. A passeata, que está marcada para o dia 18, sairá da Matriz (nada mais interior do que isso) em direção à prefeitura. É aguardar também para ver.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Ninguém quer o pepino

E não estou falando do cinema, aquele imóvel que está jogado às traças e que poderia muito bem ser usado como ponto cultural da cidade, assim como o Rivello.

Mas voltando ao assunto. O pepino que referimos é a liderança do prefeito na Câmara Municipal. A atual administração já teve dois vereadores como líderes no legislativo. O primeiro foi o Renato Gomes, que por ser o seu primeiro mandato, não conhecia as artimanhas (e maracutaias) que correm naquela casa. Depois assumiu Marcelo "Cooperselta", que hora pendia como situação, outra como oposição. Marinheiro de primeira viagem como vereador, Marcelo perece mais acostumado ao habitat do covil.

Mas na semana passada, Marcelo decidiu enviar uma carta ao prefeito, colocando o cargo à disposição. Ou seja, pedindo demissão do cargo. Ontem na reunião, de forma maliciosa, ele disse que era para o prefeito ficar mais à vontade e promover uma rotatividade do cargo. "Para outros vereadores poderem também experimentar o gostinho de liderança", disse.

E agora a rádio corredor começa a funcionar. Dizem lá na Câmara, que são poucos nomes cotados para ocupar o cargo novamente vago. Dentre tantos que há, sobraram apenas Milton Saraiva e Reginaldo Tristeza. Ainda me falaram assim: "Celsinho não assume, por que é irmão do prefeito. Renato não quer de novo o pepino. Gilberto já disse que não. Lico é novato. Ficam sobrando apenas Milton, Reginaldo e Caio, já que o Marcelo largou o osso".

Lá dentro se fala que Caio seria um nome. Mas questionei que Caio é oposição. Riram de mim. Sobram apenas Milton e Reginaldo, por exclusão. Outra fonte me garantiu. "Vão insistir com Milton".

Mas, pelo jeito, ninguém quer pegar o pepino.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Enquanto isso, na sala de justiça


Robin:
- Santa Juliana, Superman. Diga a eles...

Superman:
- Calma Robin, somos muito mais numerosos do que eles imaginam...

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Empresa não tem coração...


Já dizia um amigo meu, empresa tem CNPJ, planilhas de lucros, balanços mensais, semanais, anuais, lucros e dividendos. Falo isso pelo fato de nesta última quinta-feira, o prefeito anunciou a doação de um terreno de sete hectares para a empresa Astronne, aquela da Suíça, em que uma comitiva que contava com três vereadores foram visitar em 2010. Em tempo, o deputado Duílio de Castro, indiretamente, criticou reportagem veiculada pelo EM e feita por mim, que questionava a tal viagem. Só para lembrar e refrescar as boas mentes: o que questionamos não foi de fato a viagem, e sim, quem pagou. Um segredo até hoje não revelado. Mas político e jornaleiro é sempre assim: distorcem o que está escrito em papel.

Mas voltando à vaca fria. O que parece ser um anúncio de uma nova era na cidade, de que uma empresa milagrosa chega ao município, é bom lembrar de um fator importante. A empresa vem para a cidade não porque gostou dos olhos do Maroca ou simpatizou com a beleza das lagoas, mas sim porque viu um enorme potencial de mercado na região.

Nem é preciso ficar dizendo que temos as facilidades de ligação, como estrada duplicada, entroncamento com outras regiões do estado e até mesmo do país, a linha férrea, que deverá ser muito usada pela Astronne. A proximidade com a região metropolitana de BH, é uma oportunidade de encher os olhos para uma empresa como aquela, que vai, principalmente tratar o lixo industrial. Parte das atenções durante a coletiva ficaram para o lixo doméstico, mas a real intenção é o tratamento de toda essa parafernália que constantemente não sabemos onde descartar. Monitores de computador, geladeiras velhas, pilhas, baterias, até mesmo carros inutilizados, enfim, todo esse lixo eletrônico que ninguém sabe o que fazer.

E como toda empresa, esta não é diferente e visa o lucro. E como se lucra com o lixo? Primeiro, eles cobram uma taxa para a entidade, seja prefeitura ou outra que queira descartar seus restos. Depois eles fazem toda a separação, o material vira aço, ferro, borracha, até mesmo ouro, que segundo o diretor-executivo da empresa, tem 98% de pureza, próprio para o mercado, que pode ser vendido não como sucata, mas como matéria prima para outros produtos.

É uma idéia industrial fabulosa, com ganhos certos de muito dinheiro. E ainda se ganha o terreno da prefeitura. Que empresário não vai querer?

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Os cães ladram...


Há sete anos estou na imprensa Sélagoana, seis deles no jornal Estado de Minas, e três aqui neste blog, antes junto com meu amigo Fred Rezende, e agora - infelizmente - sozinho.

Digo sozinho para postar os textos que incitam discussões, pois nos ideais, pelo que senti nos últimos dias, sou um no meio de uma multidão.

E desde o começo, os poderosos, muitas vezes os "jornaleiros", adoram se apoderar de muitos dos meus textos, seja aqui do blog ou do jornal. Como Renato Alves diz: quando lhes convém.

E também desde o começo, os cães ladram, mas a caravana não pára. Afinal, não tenho medo de cara feia.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Indefinição política

Passada a raiva de ontem, que pelo visto é compartilhada por muitos nessa cidadela, voltemos ao assunto. Desde o final do ano de 2010, quando o prefeito Maroca fez uma reunião com os secretários, pedindo-os que disponibilizassem seus cargos, a política Sélagoana anda indefinida. Na quinta-feira da semana passada, o prefeito convocou a imprensa para os anúncios, mas que pouco alteraram a estrutura no primeiro escalão. pode ter sido pouco, mas o que fez já causou indignação em muitos. Pelo menos foi isso que deu para perceber.

Nesta quarta, outra coletiva, mas dessa vez com o diretor-presidente do Saae e mais uma vez, assuntos que mostram que há sim uma indefinição política. O que foi dito ontem na coletiva, pelo menos foi o que entendi, é que o próprio Maroca é a favor da Copasa no lugar do Saae. Isso foi dito pelo Sr. Édson Eustáquio Paredão, que contou a todos o que o prefeito teria dito a ele depois de uma partida de futebol na sexta-feira, pós coletiva, regada à cerveja - deve ter sido mais um dos eventos da Associação de Imprensa. Ronaldo de Andrade ainda saiu em defesa do chefe e foi diplomático: "É uma posição dele como administrador da cidade, preocupado com o gargalo da distribuição de água e os problemas de esgoto".

Mas ainda sim, Ronaldo de Andrade foi em defesa do Saae, e foi taxativo: a autarquia tem todas as condições de prestar o serviço à população, e ainda ter lucro e fazer investimentos. O que nos coça a cabeça é simples. Por que o prefeito deixou no cargo um diretor-presidente que quer lutar para manter o Saae, em vez de entregar tudo à Copasa? Fica a pergunta.

Em conversa com outras pessoas ligadas à administração, me contaram que depois da coletiva da semana passada, Maroca não mais conversou com alguns de seus secretários. Ele teria decidido fazer as mudanças, mas sem avisar em reunião diretamente com seus subordinados o que seria mudado. A rádio corredor ainda disse que ele está mais perdido que cego em tiroteio, que tudo aquilo que ele falou na coletiva, não está realmente definido.

Outro sinal de indefinição é a própria entrevista com o novo poderoso, Flávio Dumont, ao site Setelagoas.com, em que ele afirma que todas essas mudanças serão a médio prazo e que podem durar até três meses. Três meses? Mas já não foi anunciado?

E a indefinição segue na prefeitura.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

A imprensa envergonhada

Acabo de sair de uma coletiva do Saae, com o presidente Ronaldo de Andrade e sua equipe. O objetivo, segundo ele, era mostrar o que foi feito pela autarquia em 2010 e os planejamentos futuros. E, claro, de uma forma subjetiva, tentar amenizar os boatos de que a Copasa tomaria o lugar do Saae em breve. Sua frase foi explícita. "Essa diretoria tem o compromisso com o Saae". Ele revelou números como R$1 milhão já licitados para o estudo hidrogeológico, um projeto que teria verba federal de R$60 milhões para a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), e uma arrecadação de R$2,7 milhões, em 63 mil pontos e 900 quilômetros de rede. Além disso, o presidente da autarquia ainda falou de qualificação profissional, novas equipes, enfim de diversos assuntos de interesse da POPULAÇÃO em geral.

Mas eis que fui surpreendido logo depois da fala do Ronaldo de Andrade, que se não me assustou - por já conhecer essas pessoas - pelo menos me surpreendeu pelo ato. O Sr. Édson Eustáquio, conhecido como Paredão, proprietário do jornal Boca do Povo, toma a palavra antes mesmo do presidente da autarquia abrir para as perguntas. Em vez de começar com questionamentos que interessavam a POPULAÇÃO, ele começou a sua fala cobrando, em nome da imprensa, o tal "Faz-me rir". Sem um pingo de escrúpulo, em plena coletiva, Paredão cobra da autarquia verba publicitária para os jornais locais. E o pior, cobra em nome de todos que estavam ali naquela sala e que o Saae refletisse o peso de cada veículo para distribuir devidamente o bolo publicitário entre eles.

Só para contextualizar, Paredão é presidente da tal Associação de Imprensa, que na verdade, não representa a imprensa, mas sim os proprietários de veículos dos mais tradicionais, como o próprio Boca do Povo, Tribuna, Rádio Musirama, dentre outros. Essa aglomeração foi montada, explicitamente, no intuito de cobrar do poder público mais verba, ou aplicação de verba, na imprensa local. E não para defender a liberdade de imprensa ou outros tipos de ideais ligados à esse tipo de organização.

Fiquei explicitamente envergonhado com a atitude do cidadão, que deturpou na cara de todos a coletiva. Não estou aqui falando que assuntos publicitários não devem ser tratados, mas que não seja dessa forma, sem um pingo de ética, em uma coletiva em que o objetivo era divulgar ações da autarquia, e não lotear verba publicitária.

Até quando Sete Lagoas vai aguentar esse tipo de atitude? Até quando a imprensa local vai se submeter à ações patéticas como essa?

Em tempo. No final de 2010, essa tal associação promoveu um futebol de confraternização, que envolveu o poder público. Até criaram um troféu chamado Jornalista Fred Resende. Digo aqui, com toda a propriedade e conhecimento, pois éramos amigos e quase irmãos, que meu parceiro de blog era veemente contra a tal associação. Achava isso um absurdo, ao se autodenominarem Associação de Imprensa ou o que for. Lamento agora terem usado seu nome em algo que ele não aprovava. #prontofalei.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Discussão pertinente


Infelizmente a tragédia causada na região Serrana no Rio de Janeiro, um local muito bonito por sinal, traz em boa hora uma discussão pertinente. Em tempos de mudanças não só no secretariado, mas na estrutura da administração municipal, podemos trazer para a cidade exemplos que não devemos tomar por aqui.

Digo isso porque o prefeito Maroca, ao anunciar ontem a retirada do DLO da Secretaria de Planejamento, deu claro sinais que cedeu aos "poderosos" de plantão da cidade. Ficam os dedos, vão os anéis, foi isso que quis dizer no texto anterior. Ou seja, não desgasta ao demitir Flávio de Castro, responsável pela reformulação do DLO - que trouxe o ódio coronelista da cidade de volta à tona - mas retira de suas mãos o poder de reformular a Lei de Ocupação de Solos e o Plano Diretor. Duas coisas que, com certeza, ia incomodar ainda mais os "poderosos".

Ao se render, Maroca cria uma suposta nova secretaria e transfere diretamente o DLO à ela, que vai ficar sob a tutela de Flávio Dumont. Dizem por ai - a bocas pequenas, e é um peixe que vendo da mesma forma que comprei - que o ele é ligado e é indicação do secretário de Obras, Paulo Rogério Campolina Paiva, irmão do Maroca. Desta forma, o prefeito força a saída do Flávio do Planejamento. Do outro lado, o DLO fica à mercê daqueles "poderosos" que querem aprovar goela abaixo seus loteamentos, suas obras, sem ter nenhuma preocupação com quem vai morar lá. Não dão a mínima bola para as vidas que um dia podem sofrer com tragédias como estas vistas no RJ.

O próprio secretário de planejamento trata um pouco do assunto em seu blog. Leia.

Há ainda políticos por aqui que tratam nossa cidade como um curral de seus desmandos, que fazem o que querem sem o menor pudor de prejudicar a população. É preciso que a sociedade civil organizada dê um basta nesta situação. Sete Lagoas já conta com quase 230 mil habitantes, e como diz a sábia Gisela Avellar, minha mãe, estamos perdendo o bonde do desenvolvimento, a custa de uns poucos que só pensam em seu próprio umbigo. É preciso gritar.

Obs:. Coloco os poderosos entre aspas, pois o prefeito não revelou quem são. Gostaríamos muito que nomes viessem à tona.

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Os anéis se foram


Apesar de tanta expectativa, o anúncio na dança das cadeiras no secretariado municipal não atingiu seu estatus de evento do ano no gabinete da prefeitura. Alguns nomes trocaram de lugar, outros deixaram a administração, mas nada que, ao nosso ver, pode se chamar de uma reestruturação no primeiro escalão. O próprio Maroca assumiu, no início da coletiva com a (im)pren$a Sélagoana, que as mudanças serão mais de posturas, e menos de nomes com o objetivo de se aproximar mais da população e valorizar os servidores. Mas vá lá, os anéis já se foram.

De cara ele anunciou a extinção da Secretaria de Trânsito, berrento da administração Maroquiana, e junto a primeira queda, do ex-delegado Eduardo Betti. Haverá uma mutação, e a secretaria vai se tornar a Secretaria de Planejamento Urbano, ocupada pelo Flávio Dumont, ex-consultor de licitações. Ele também assume a Procuradoria do Município, no lugar do Leonardo Braga, este que assume a Secretaria de Administração e temporariamente a de Meio Ambiente. Numa mesma tacada outros dois caíram: Laírson Couto e Ricardo da Administração. Estevão Bakô também é outro nome que sai do primeiro escalão, mas não há ainda anúncio de quem vai ficar na chefia de gabinete. E por fim, as últimas mudanças são o Xexéu para a Codesel e Fábio Nepomuceno na Cohasa.

Enfim, nomes mais cotados para sair ficaram no final das contas, pelo menos temporariamente. O próprio Maroca reconhece que o presidente do Saae, Ronaldo Andrade, poderá sair, para cuidar das suas próprias empresas. Mas nada ainda confirmado. Segundo o prefeito, a comunicação a partir de agora ficará sob a sua tutela direta, o que vai retirar o peso nas costas de Fred Antoniazzi. Todo o restante será reconduzido aos seus cargos.

Terminado o resumão, vamos ao que interessa.

Ao criar a nova secretaria de Planejamento Urbano, o que sobra para a Secretaria de Planejamento, Orçamento e Gestão? Segundo o prefeito, o atual secretário vai se tornar uma espécie de embaixador da administração em Brasília para obter recursos e acompanhar projetos. Não sabia que o Flávio de Castro havia estudado no Instituto Rio Branco. Maroca retirou o polêmico Departamento de Licenciamento de Obras (DLO) das mãos de um Flávio, o de Castro, e passou para outro, o Dumont. Em miúdos, para amenizar as críticas, tirou o DLO - que ganhava novos ares, de mais agilidade e transparência, e por isso incomodava muitos dos poderosos por ai - de quem se propôs a promover mudanças, passou para outra pasta e esvaziou totalmente a Secretaria de planejamento. Dizem por aí que muitos dos assessores do Flávio de Castro, que o ajudaram na reforma, devem sair do DLO depois dessa mudança, e alguns tem medo de um retrocesso no departamento.

Em tempo: nosso amigo Celso Martinelli foi direto na jugular, e perguntou quem são esses poderosos que tanto criticam a atuação do secretário de planejamento. O prefeito se esquivou e não respondeu. Uma pena.

Enfim, quem nem deveria ter entrado na administração continua forte, e saiu ainda mais fortalecido com as trocas e mudanças. A cidade continua esburacada - que aliás foi assunto na coletiva - cheia de mato e mal cuidada. O prefeito prometeu, e isto está gravado, que será o último ano que os buracos ficam na calçada à espera de um lugar na rua. As trocas visam visivelmente as eleições de 2012, apesar do prefeito se negar. Infelizmente em alguns casos ele cedeu a pressão dos "poderosos" - como é o caso do DLO - apesar de tentar passar que não era isso. E ele ainda deve ser lembrado que quem elege é o voto da população e não dos "poderosos".

Um adendo: alguém ai poderia informar que os releases tem o objetivo de pautar os jornais, e não serem usados como matérias. Estes jornaleiros, ops, "jornalistas" de plantão que só copiam os textos enviados pelas assessorias de comunicação deveriam aprender realmente o que é jornalismo. Aquele velho jornalismo, feito na rua, sem medo de descer do carro no barro e caminhar pelos bairros de periferia. Vi alguns representantes da (im)pren$a presentes na coletiva, pressionando a assessoria de comunicação da prefeitura a enviar os textos até tal horário, para sair no jornal. Se estavam presentes, por que não produzir os próprios textos? Incompetência? Preguiça? Vai prá enquete hoje ainda.

Foto: Quim Drummond

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

O anúncio

Contrariando as apostas, o prefeito Maroca finalmente deve anunciar as mudanças - ou não - de seu secretariado. A assessoria de comunicação da prefeitura nos ligou, informando que a coletiva de imprensa será nesta quinta-feira, às 9h, no gabinete.

Quem quiser aocmpanhar de perto, é só seguir o No Prelo no Twitter, que lá de dentro estaremos dando passo a passo do anúncio.

Até amanhã.

É hora da limpeza

Com o título não estamos nos referindo ao secretariado, que até agora não há nenhum sinal de definições. Isso ainda cabe ao prefeito anunciar devidamente. Para não perder a oportunidade: me disseram que ele poderia anunciar essa semana, mas como os jornais locais são semanais, à excessão do Boca do Povo, o anúncio deveria sair até a manhã desta quinta, para que todos tenham a notícia estampada na primeira página na sexta, mas até agora nenhum sinal. Pelo jeito, deve ficar para a próxima semana novamente.

Mas o título se remete literalmente à limpeza urbana. As imagens que vemos hoje, de muito matagal e sujeira pelas ruas, teoricamente estão com os dias contados. Depois de uma guerra no Tribunal de Contas do Estado, que durou entre 2007 até o início de 2010, finalmente a licitação pôde ser realizada, e a Via Solo novamente venceu a concorrência. É um montante de R$21,9 milhões para os próximos dois anos, prorrogáveis para no máximo cinco anos. Segundo Flávio Dumont Silva, consultor de licitações da prefeitura, todo o processo licitatório foi acompanhado pelo Ministério Público, tanto é que não houve nenhum pedido de impugnação e uma forma de comprovar a lisura do processo.

Os argumentos usados pelo poder público para o estado das ruas era que a Via Solo, sem um contrato definitivo - apenas um contrato emergencial, renovado a cada 180 dias - dava instabilidade à empresa. Ela não estaria contratando nem investindo como poderia estar com um contrato a longo prazo. Ou seja, deixou de fazer alguns serviços.

Os gerentes da empresa me disseram que cumpriam o que constava nos contratos emergenciais, e que investia na mão de obra para executar o trabalho. Mas que agora, poderiam investir mais, com a estabilidade. As informações é de que eles contrataram 90 funcionários para novas turmas de capina.

Enfim, posto isso, quer dizer que nossas ruas agora ficarão mais limpas. Certo?

Obs.: PK Ramon Lamar, isto deve incluir o Parque da Cascata. Não é mesmo?

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Em solidariedade

Este blog é solidário à toda a família, mas principalmente ao Flávio de Castro pela terrível tragédia que abateu neste final de semana.
Assim como encontrei conforto em ombros amigos, reafirmo que estamos juntos no que for preciso para enfrentar este momento de dor.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Sem definições

Em nota oficial enviada à imprensa na tarde desta quarta-feira, a prefeitura informou que ainda não há nenhuma definição quanto ao secretariado e suas mudanças. O texto foi claramente feito para abafar os diversos boatos que giram em torno de nomes, exonerações, comum em situações como a que vive hoje a administração - em que o prefeito pede a todos os secretários que pusessem seus cargos à disposição.

Segundo a nota, o prefeito ainda analisa os casos sem dar nenhum sinal, e que em breve deverá convocar a imprensa para anunciar suas decisões. E por fim, de que as secretarias e autarquias estariam funcionando normalmente.

Então vamos aos bastidores.

A equipe completa de apenas um jornalista deste blog (infelizmente!) encontrou recentemente com Nadab Abelin, um dos (ex-)secretários mais ligados ao Maroca. Ele me afirmou que ninguém sabe das decisões do prefeito. Ele não teria dado nenhum sinal de quais e quem seria trocado com uma suposta reforma no primeiro escalão. Ele ainda me disse que o prefeito deveria anunciar isso brevemente.

Na conversa, citei alguns secretários que estariam supostamente com os nomes mais em voga para não voltar aos seus cargos, como Larison Couto, Flávio de Castro e até mesmo o Ronaldo de Andrade, presidente do Saae. A resposta foi: "Não acho que o Flávio vá sair". Nadab comentou também que o Maroca foi avô no início dessa semana.

Comentário meu: então ele por enquanto deve ter deixado de lado essas decisões para virar avô babão por uns dias. Certo?

Outra fonte, esta eu me guardo no direito de não revelar, me disse que haveria a possibilidade do prefeito nomear o vereador Renato Gomes como secretário de Meio Ambiente. Assim, como a vaga é do PV, o Larison Couto entraria na vaga do Renato. Em suma, trocaria os dois de posição.

Enfim, a vida segue na administração sem definições aparentes. Vamos esperar então essa convocação para sabermos se haverá mudanças. Mas que deve ter assessores em secretarias a espera do anuncio e com muita apreensão, isso lá deve ter.

Obs.: Parabéns prefeito pelo neto. Espero que ele pese nas suas decisões, ao pensar em um futuro promossor para a cidade que você planeja que ele viva.