quinta-feira, 30 de abril de 2009

Racha?

As coisas não parecem mesmo estar caminhando tão bem assim para a administração municipal. Se no início do ano o prefeito Maroca contava com um grupão de apoio de pelo menos 9 vereadores na Câmara Municipal, este número pode cair caso o chefe do Executivo não siga os conselhos de alguns edis e comece a agir com pulso mais firme. Conforme nota da coluna Sem Reserva, do Jornal Sete Dias (edição desta sexta-feira / 30/04), o prefeito recebeu a visita de alguns edis em seu gabinete, os quais foram cobrar justamente uma postura “mais firme” à frente da Prefeitura.

E o motivo é justamente a suposta formação de bloco oposicionista na Casa, que seria composto pelos vereadores Dr. Caio Dutra, João Pena, Gilberto Doceiro e Toninho Rogério (todos do PMDB), além de Duílio de Castro e Marcelo Cooperseltta (PMN) e Reginaldo Tristeza (PSol). Mas além destes sete, podem surgir outros ou outro nome para compor este grupo, o que seria um golpe na base de apoio de Maroca dentro da Câmara. Chama a atenção as presenças, dentre os citados, de Duílio de Castro e Marcelo Cooperseltta.

Duílio, presidente da Casa, é apoiador de primeira hora do atual prefeito e ajudou a elege-lo em 5 de outubro do ano passado. Em contrapartida, Maroca usou todo o poderio para alçar De Castro ao comando do Legislativo e o objetivo é um só, eleger-se deputado estadual em 2010. Vale lembrar, também, que Duílio era da base de apoio de “Ronald, o Canabrava”, o qual deixou para apoiar Leone Maciel no episódio da cassação e, posteriormente, trabalhou contra o próprio Leone na campanha passada. (Na verdade, já vinha sendo oposição ferrenha há vários meses).

Já Cooperseltta, marinheiro de primeira viagem no exercício do mandato, também comemorou bastante a vitória da chapa de Maroca e com certeza pediu inúmeros votos para seu candidato junto à classe que o apoiou na eleição de vereador. Marcelo, apesar de ser da base de apoio do prefeito, não deixou por menos e em algumas oportunidades cobrou atitudes da administração, sobretudo em episódios envolvendo servidores do SAAE.

Seria um racha na base de apoio de Maroca ou apenas um sinal de alerta para que alguma atitude ou posição mais firme seja tomada com urgência? O último prefeito que não atendeu vereador na cidade......

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Perfil da educação de Sete Lagoas

Nem sempre os números retratam fielmente a situação da educação, mas no caso do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), pode ser um norte na hora de escolher e até mesmo conhecer os melhores locais de ensino. Divulgado nest terça-feira, o resultado do Enem é um instrumento importante de avaliação dos estudantes. Não cabe aqui a discussão sobre o sistema e suas implicações de avaliação adotado, afinal, esse é o adotado atualmente, então é pegar os dados e tentar entender o que estes números querem mostrar.

Entre as escolas privadas, que, por motivos lógicos tem notas mais altas, o Caetano conseguiu o melhor conceito em Sete Lagoas, com 72,28%, bem acima da média municipal (52,57%), ou mesmo nacional (48,90%). A destemida Impulso ficou em segundo lugar, com 69,31%. Seguem a Cenesista (68,12%), Anglo (63,43%) e o tradicional Dom Silvério (60,27%).

Entre as escolas públicas, com notas notadamente inferiores, destacaram as escolas estaduais Professor Rousset, com 54,46% e João Fernandino Júnior, com 52,79%.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

O mundo gripou


Há coisas que são difíceis de entender. A começar por esta crise, que se iniciou nos escritórios de alto padrão da Wall Street, onde fica a bolsa de valores de Nova Iorque, e se extende até mesmo nos quinhões mais longíquos do Brasil, mesmo sem ligação financeira nenhuma com o Dow Jones.

Agora chegamos literalmente na fase terminal da crise. Com as notícias da gripe suína, que assim como a gripe aviária assustou o mundo inteiro mas não fez o apocalípse anunciado, as bolsas despencaram. O índice da Bovespa caiu nesta segunda-feira 2,04%, e as explicações são bem lógicas: por causa da gripe que promete ser a nova epidemia mundial.

Realmente o mundo gripou, está doente, e precisa de um remédio urgentemente. Quem sabe um Resprim ou Benegripe não resolve o caso desta vez?

domingo, 26 de abril de 2009

Para uma nova política cultural

Para dar conhecimento ao público em geral:

Relatório de Prioridades para Gestão Cultural do Município de Sete Lagoas
Conselho Municipal de Cultura
2008/2009



Sete Lagoas 22 de Abril de 2009
Á
Secretaria Municipal de Cultura e Comunicação Social
A/C
Sr. Frederico de Almeida
Secretário Municipal de Cultura e Comunicação Social

Prezado Senhor
O Conselho Municipal de Cultura de Sete Lagoas solicita a Secretaria Municipal de Cultura à atenção devida às prioridades para gestão cultural apontadas neste relatório conforme reuniões, do CMC, realizadas ao longo do ano de 2008/2009.
Esclarecemos que se trata de um instrumento de orientação, através das representações do CMC, para cobertura e amparo dos anseios culturais de nossa cidade, diagnosticado tecnicamente para melhoria e viabilização do cumprimento obrigatório do município no incentivo, manutenção dos bens culturais e diversidade cultural.

Seguem itens priorizados ordenadamente e suas justificativas.

Atenciosamente,
Paulo Henrique de Souza Elaine Loures
Presidente - CMC Secretária -CMC

Conselheiros

Instalação de Política Cultural Adequada ao Município - Prazo 1 ano

1– Desmembramento da Secretaria de Cultura das demais secretarias.
Justificativa
A fusão da Secretaria de Cultura com as demais secretarias inviabiliza a aplicação técnica e financeira dos recursos devidos e amparados por lei para cobertura das necessidades organizacionais da secretaria em prol do município. Lei Orgânica art. 186.
A funcionalidade da secretaria acaba por ser comprometida e desviada juntamente com os recursos humanos e financeiros da mesma.
Conforme o tamanho da população de Sete Lagoas cabe legalmente uma secretaria única de cultura

2 – Divisão da Secretaria de Cultura em departamentos funcionais para atendimento ao público.
Justificativa
A falta de um organograma funcional da Secretaria Municipal de Cultura evidencia a dificuldade no atendimento e o acúmulo operacional comprometendo e frustrando a expectativa de melhor profissionalização do atendimento.
Faz-se urgente e necessário um acompanhamento técnico-cultural para o público.

3 – Aplicação integral da verba destinada ao setor cultural, não menos que 5% do montante destinado à educação conforme previsto na Lei Orgânica art. 186.
Justificativa
A falta da aplicação orçamentária integral no setor cultural gera historicamente um déficit na difusão e valorização das manifestações culturais e manutenção de bens patrimoniais bem como, a produção ínfima de um relatório anual para retorno de investimento via ICMS e IPI/ Exportação do município, Relatório anual do IEPHA.
A não aplicação orçamentária devida traz para o município a vulnerabilidade legal estabelecida pela Lei Orgânica.

4 – Transparência e democratização das ações culturais, investimentos e gastos oriundos do executivo para os setores culturais.
Justificativa
A transparência e democratização das ações culturais, investimentos e gastos nos segmentos culturais facilita o estreitamento dos conselhos, Conselho Municipal de Cultura e Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, com executivo na gestão cultural sadia.
Historicamente o município não presta contas aos conselhos e não discute as ações e investimentos a serem aplicados bem como, a tramitação processual das mesmas. As dúvidas em relação aos processos e investimentos geram um distanciamento e descaso do executivo com o poder constituído dos conselhos colocando em risco o processo de co-participação dos mesmos nas responsabilidades que lhes são atribuídas.

5 – Adequação do Município de Sete Lagoas ao Sistema Nacional de Cultura.
Justificativa
O SNC – Sistema Nacional de Cultura, instituído pelo governo federal, proporciona e disponibiliza aos municípios uma série de ferramentas e investimentos para difusão, valorização e manutenção das diversidades culturais de cada um.
O município de Sete Lagoas não obtém nenhum proveito e muito menos investimentos advindos do MIC Ministério da Cultura por falta de adequação técnica ao perfil exigido no SNC.
O primeiro passo para inclusão do município seria a inscrição do Protocolo de Intenções no Ministério da Cultura, cujo documento já foi repassado a secretaria de Cultura desde 2007, mas que ainda não foi assinado pelos representantes de Sete lagoas, por descaso à importância do documento.

6 – Manutenção e amparo funcional dos conselhos, de Cultura e Patrimônio, em suas estruturas físicas e recursos humanos.
Justificativa
A profissionalização dos processos culturais do município aliado ao conjunto de obrigações e responsabilidades dos conselhos requer o cumprimento legal desta solicitação.
Há uma necessidade imediata de local, linha telefônica exclusiva, computadores ligados a internet em rede com o executivo, móveis adequados, funcionários exclusivos, material de escritório e assistência jurídica mensal, divulgação para sociedade através de um plano de mídia adequado, criação de logotipo, site etc.

7 – Aplicação e cumprimento da Lei Municipal de Incentivo a Cultura nº 5.068/95 via Fundo Municipal de Cultura, para absorção de projetos culturais devidamente estudados e aprovados pelo CMC e COMPAC através de editais publicados, conforme prioridades culturais do município estabelecidas com os conselhos e o executivo.
Justificativa
Em dez anos de existência a lei municipal de incentivo a cultura não foi aplicada em sua totalidade e nem parcialmente. Vários modelos, estudos e soluções de adequação da lei municipal de incentivo a cultura são tratados secundariamente pelos setores de contabilidade, planejamento e fazenda do executivo inviabilizando a regulamentação da lei.

8 – Absorção direta de projetos culturais pela Secretaria de Cultura devidamente financiados e previstos em contas orçamentária LOA/LDO com parecer técnico do CMC e COMPAC através de convocação em edital via conta Difusão das Manifestações Culturais e outros meios de financiamento de projetos para cidade.
Justificativa
A aplicação deste recurso, previsto em orçamento, é livre, ficando a mercê da vontade do secretário e ou prefeito com respaldo legal de remanejo orçamentário. A dificuldade na transparência deste recurso cria uma incógnita. O destino dos investimentos devidamente organizados e planejados, em projetos culturais tanto do executivo como dos artistas e produtores culturais, facilita e impede todo e qualquer processo de remanejo deste recurso, possibilitando um histórico de prioridades do mesmo.

9 – Distribuição orçamentária planejada e adequada tecnicamente à Secretaria Municipal de Cultura.
Justificativa
A distribuição orçamentária planejada com apoio dos conselhos de cultura cria uma sistemática democrática e técnica na gestão cultural do município. Desta maneira será mais fácil adequar e absorver as emendas orçamentárias oriundas da Câmara Municipal de Vereadores, bem como efetuar pagamentos de subvenções culturais as entidades inscritas no CMC e amparadas pela lei de utilidade pública.

10 – Criação de um Plano Municipal de Cultura, junto aos conselhos, que se adéqüe ao plano diretor do município e apresentação de um cronograma que facilite o entendimento e execução das prioridades na gestão cultural do município.
Justificativa
A falta de um planejamento adequado, para prática de políticas culturais bem como, diretrizes a serem seguidas, gera um histórico de descontinuidade dos processos técnicos de amparo aos diversos seguimentos culturais do município, promovendo a vulnerabilidade do setor conforme a troca do gestor público.

Sete Lagoas 22 de abril de 2009

Paulo Henrique de Souza
Presidente

Elaine Loures
Secretária

Conselho Municipal de Cultura Conselho Municipal Cultura

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Apoiamos boas idéias

Como de praxe, estávamos esperando algumas informações na prefeitura, dentro do gabinete do prefeito, e, para dizer assim, matar o tempo de espera, conversava com o secretário de Governo, Nadab Abelin. Dentre os assuntos, surgiu um que nos interessou muito, e registramos aqui para que possamos no futuro cobrar do secretário suas idéias.

O fato que chamou a atenção dos escribas foi a revitalização do Parque Náutico da Boa Vista. Segundo ele, há um projeto para recuperar este que é um dos mais importantes espaços sócioculturais de Sete Lagoas. Um local totalmente democrático, que atende a diversas manifestações culturais, além de esporte e lazer. Quem escuta o programa Comunicação Total aos sábados, sabe muito bem que criticamos essa falta de valorização de um espaço como a Boa Vista, único na maioria das cidades do interior mineiro.

Esperamos a efetivação deste projeto, e que ele seja apenas o primeiro de muitos, que valorize as comunidades e a população setelagoana. Esperamos que a cultura e esporte sejam vistos como investimentos por nossos comandantes da política local.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Quem está certo?

A discussão sobre as mudanças na feirinha, que já começa a ficar batida, ganhou novo dado que pode mudar certos rumos. Um dos argumentos usados por aqueles que defendem algumas mudanças é a questão do horário. Divulgaram que após as 23h, há um aumento de criminalidade e que este seria o horário para o encerramento da feirinha, por segurança dos próprios frequentadores.

Mas na tarde desta quarta-feira, a Polícia Militar, através do sua Assessoria de Comunicação, enviou à imprensa um comunicado. Ela enfatiza que em momento algum foi chamada para entrar nas discussões sobre o assunto, em nenhum debate, e que muito menos divulgou dados estatísticos de índice de criminalidade. A previsão de policiamento na feirinha, pelo comunicado, é das 19h às 1h.

"O 25º BPM esclarece ainda que não há aumento de registros de ocorrência após as 23 horas, considerando que, há uma redução do número de pessoas circulando pelas ruas e que não é feito o recolhimento do efetivo policial lançado. Assim, torna-se possível a execução de um maior número de ações e operações preventivas, o que, comprovadamente tem reduzido o índice de criminalidade em Sete Lagoas", segundo o comunicado.

Cabe então aqui uma pergunta. Qual foi a fonte daqueles que afirmaram que havia um aumento de criminalidade no local após as 23h? Será que a mentira tem pernas curtas?

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Lição de casa


Abre aspas:
Carta Capital - Exemplifique essa transformação proporcionada pelo teatro.

Augusto Boal - No caso de hospitais psiquiátricos, há uma diminuição absurda no consumo de medicamentos. Trabalhamos com a saúde e não com a doença mental. Procuramos ativar a parte saudável do cérebro doente, estimulá-lo no que tem de vivo e criativo. Com isso o teatro é capaz de devolver ao convívio social alguém que tinha se isolado. Nas comunidades carentes acontece o mesmo. Os programas populares da televisão são um massacre, impedem que as pessoas percebam o que está dentro delas. Elas apenas consomem o que lhe é imposto. O Teatro do Oprimido procura ajudá-las a encontrar seus próprios meios de expressão.

Fecha aspas.

Este é um pequeno trecho de uma entrevista do diretor e dramaturgo Augusto Boal à revista Carta Capital, que junto com Zé Celso, do Teatro Oficina, são dois dos maiores nomes do teatro nacional, apesar de poucos conhecidos pelo grande público massificado. Ele é o mentor do Teatro do Oprimido, que segundo as suas próprias palavras mostra "que todos nós podemos fazer teatro, que todos podemos ser personagens de fato, de nossas próprias vidas".

Uma boa lição de casa. Principalmente para aqueles políticos, que não enxergam a cultura como um investimento.

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Será que faltou?


Um dos indícios de que a Amav não está com grandes forças foi o número de prefeitos presentes na manifestação. Dos 21 associados, apenas sete foram até Paropeba para apoiar o movimento. Nem mesmo prefeitos mais próximos, como das vizinhas Caetanópolis e Cordisburgo deram seu ar da graça. Será que há um racha na Amav?

Conforme publicamos no blog, desde a terça-feira procuramos saber se o prefeito de Sete Lagoas, a maior e mais importante cidade da Amav, estaria presente. Mas Maroca não apareceu no evento, e muito menos aderiu à paralisação. Pode ser que a cidade, assim como Paraopeba e Matozinhos, não dependa tanto do repasse do FPM, ao contrário de municípios, como Inhaúma, que 80% do orçamento é proveniente de verba federal.

Mas houve reclamação da ausência de Maroca. "Ele é muito meu amigo e querido, mas Maroca nunca foi a nenhum evento promovido pela Amav. Fico decepcionado", falou o prefeito de Prudente de Morais e presidente da Amav, Haroldo Cunha. Já Marcelo Uberaba, prefeito de Paraopeba, foi mais crítico. "Ele só apareceu para pedir votos na disputa da presidência da Amav. Depois que perdeu, nunca mais apareceu", lamentou.

Algumas pessoas da área já até deram seus palpites. No próximo ano, em que haverá eleições para deputado, essa distância com seus pares mais próximos pode prejudicar a indicação de algum nome de Sete Lagoas, como o próprio Duílio de Castro, cogitado candidato a deputado estadual apoiado pelo prefeito de Sete Lagoas.

Já o macaco esperto do Paredão, presidente do PMDB de Sete Lagoas, estava lá. Em uma conversa informal disse. "Estou aqui mais para unir o partido, e sairmos vitoriosos no próximo ano". Tem gente que precisa aprender certas artimanhas políticas.

Mas será mesmo que faltou a presença de alguns prefeitos? Conforme falamos, os discursos foram esvaziados com o anuncio do Governo Federal. Alguns podem ter escolhido esperar para ver como vai ficar o cinto das prefeituras.

Fria manifestação


Foi um pouco uma manifestação para Inglês ver. Talvez pela falta de união entre os 21 municípios que compõe a Amav, a paralisação que aconteceu em Paraopeba foi mais uma oportunidade para os prefeitos fazerem seus discursos. Com direito a palanque e fanfarra.

Não estamos aqui para julgar as reivindicações dos municípios. Pelo que vemos, depois de uma período de vacas gordas, as prefeituras estão penando para pagar as contas. Para o prefeito de Jequitibá, o já conhecido Criolo, que tem 40 anos de política, "é a pior crise que passou pelos municípios".

Um pouco do esfriamento do movimento foi justamente o anúncio do Governo Federal de liberar verbas para as prefeituras. Se serão bem usadas a conversa é outra. Mas pelo que foi anunciado, o repasse será baseado no período de maior pujança dos municípios, quando recebiam muito dinheiro do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Mas eles querem mais. Querem renegociar as dívidas com o INSS, como se isso já estivesse sido feito. Mas tudo bem. Eles acusam de pagar 11,75% de juros, enquanto clubes de futebol pagam apenas 5%. Uma reivindicação justa. E também pedem maior agilidade no repasse das verbas.

Mas a estratégia do presidente deu certo. Anunciou a poupuda verba antes da paralisação. Alguns acusam, outros defendem, mas foi esperto.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Agora é a vez deles

Por falar em greve, está marcada para esta quarta-feira a paralisação das prefeituras em todo País. Apesar do presidente anunciar uma enorme verba para os municípios de todo Brasil, ao que parece a paralisação deverá realmente acontecer. O objetivo é mostrar principalmente a situação econômica dos municípios com a queda de arrecadação e o repasse do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Na região uma grande manifestação está marcada em Paraopeba, que vai receber os prefeitos que compõe a Amav. No total são 22 prefeituras, mas não se sabe ao certo quantos vão comparecer. Será armado um grande palanque em praça pública, com direito à banda de música. A equipe completa de dois jornalistas (sim, jornalistas profissionais com direito a diploma reconhecido pelo MEC e devidamente registrados) do No Prelo estará presente no evento, para cobrir para os respectivos órgãos de imprensa. Mas quem acompanha o blog, sabe que terá informações quentinhas por aqui. Inclusive daqueles prefeitos que reclamam de barriga cheia, mas que insistem em passar o pires.

Até o momento tentamos levantar a informação se o prefeito de Sete Lagoas (já ligamos para a secretaria de comunicação e também para o assessor Magela), o Maroca, estará presente junto aos pares, mas ainda não obtivemos a confirmação. Nem ainda sabemos se a prefeitura da cidade vai aderir ao movimento, que é nacional.

Decompasso II


Até parece uma piada de mal gosto, mas não custa nada tentar. Por determinação da justiça, os funcionários do sistema municipal de saúde foram obrigados a suspender a greve, iniciada na última quinta-feira.

Para conseguir a tal liminar, a secretaria de saúde afirmou que não recebeu nenhuma aviso de greve e muito menos uma pauta de reivindicações. Desta forma, a paralisação, conforme a lei, é ilegal. Tudo bem, agora até mesmo para se expressar sua insatisfação sobre seu próprio salário, tem que obedecer as leis brasileiras, que muitas vezes são vazias e defendem o mais forte (digamos, assim, economicamente), mas isso é uma outra discussão. Então lei é lei. Obedeça quem tem juízo.

Mas conversamos com a presidente da sessão do Sind-Saúde em Sete Lagoas, Rosângela Pereira da Silva, que nos garantiu que a pauta de reivindicações foi entregue diretamente ao secretário-adjunto de saúde, Mário Lúcio Balú, no dia 18 de fevereiro, portanto, há quase dois meses. O prazo determinado em assembléia, que segundo ela consta em ata registrada em cartório, seria dia 16 de março, e que tudo foi devidamente avisado à secretaria.

Repetimos, não custa nada tentar... Uma parte diz que entregou a pauta para a secretaria, a outra parte diz que não recebeu nada. Há algo de estranho nesta história toda. Ou este documento não foi entregue, portanto, a secretaria estaria certa em pedir a liminar a suspensão da greve. Ou a secretaria está fazendo de boba para suspender a paralisação na marra, com esta liminar. Por onde ficaram o documento? Nos corredores? Ou não existiram?

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Ainda em tempo...




Gostaríamos de dar os parabéns, ainda em tempo, para o empresário Carnot Guedes e à Faculdade Avance pela homenagem prestada aos profissionais de imprensa em Sete Lagoas, na semana passada. Carnot é um dos que mais investe na mídia local, mostrando a alguns tacanhos empresários locais que investir na imprensa local é, sim, sinônimo de retorno garantido. Ao mesmo tempo, o empresário e educador proporcionou uma excelente palestra, via satélite, com o jornalista Caco Barcelos, da Rede Globo, vencedor de vários prêmios de jornalismo e um dos mais conceituados repórtes tupiniquins.

Depois da palestra, os presentes foram agraciados, ainda, com uma bela confraternização em uma pizzaria da cidade, local onde o bate papo descontraído rolou até altas horas. É bom que ainda existe boas relações profissionais na nossa cidade. Obrigado Carnot Guedes e ao nosso companheiro Clarindo de Assis Lima Júnior, que muito bem o auxilia no comando da Faculdade Avance e além de tudo é nosso companheiro no Comunicação Total da Rádio Santana FM, aos sábados.

P.S.: Enquanto isso, fica a crítica a alguns de nossos queridos vereadores, que na reunião da Câmara, realizada na semana passada, parabenizaram os jornalistas pelo seu dia, 7 de abril. Porém, durante comunicação pessoal, colocaram todo mundo no mesmo saco, como se criar um blog na internet, atualmente, fosse sinônimo de se tornar um jornalista. É triste, muito triste, lamentável....

A foto acima é de Helenilton Pinheiro

terça-feira, 7 de abril de 2009

Mudaram o endereço

Se até a última reunião o garoto de recados dos vereadores junto ao prefeito era Celso Paiva, agora a vidraça mudou de endereço. A partir desta data, oficialmente, o líder do governo na Câmara Municipal é o vereador Renato Gomes, do PV. Maroca enviou uma carta que foi lida no plenário na reunião bem ordinária desta terça-feira, que confirmou o nome.

E seu início já foi bem conturbado, e alguns de seus pares, como Caio Dutra, já mostraram que vai ser um páreo duro para ele. E foi bem daquela forma: "Parabéns..." E dá-lhe pedrada.O que deu para sentir é que Renato terá que ter muito diálogo e sangue frio para aguentar, principalmente, as insinuações contra o prefeito.

A indicação levou pouco mais de três meses, ou 15 semanas, ou quase 100 dias (para ser exato 97 dias), ou 2.319 horas para acontecer. Desejamos boa sorte ao vereador. Ele vai precisar...

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma nova ordem


Os noticiários desta quinta e sexta-feira, e provavelmente deverá prolongar pelo final de semana, foi a reunião do G-20, que engloba os países mais ricos e prósperos do mundo, que aconteceu na Inglaterra. O documento final (sim, eles tem isso lá, ao contrário de nossa querida Câmara Municipal com suas intermináveis audiências públicas) lido pelo anfitrião Gordon Brown, foi claro, que estamos entrando em uma nova ordem mundial, sejá lá onde isso vai dar. Falaram de acertos, uma montanha de incentivos à economia e até do Brasil emprestar dinheiro para O FMI (isto sim, é novidade...).

Mas o que podemos tirar desta reunião para o nosso umbigo, nossa querida Sete Lagoas? Bem, além de ensinar aos nossos vereadores que é preciso um documento ao final da reunião com algum tipo de conclusão, nos mostrou que a cidade precisa entrar na nova ordem econômica, e que se conseguir sair dessa, sairá mais fortalecida. O que isso quer dizer? Qual é o setor que mais demitiu e que Sete Lagoas é mais dependente? Isso mesmo, quem disse siderurgia, acertou em cheio. E qual é o resultado? Uma enorme queda na arrecadação do município, além de uma demissão que já chega a quase 4,5 mil trabalhadores.

A dependência de 25% de nossa economia nas mãos de apenas um setor é extremamente prejudicial para a saúde da cidade. A nova visão dos políticos deveria, e pode ser, a de diversificar cada vez mais as fontes de renda dos trabalhadores da cidade, atraindo ainda mais industrias, mas também fortalecer as empresas locais, seja ela pequena, média ou grande. Ficamos à mercê de apenas um tipo de empresário, que muitas vezes se mostrou um pouco limitado em suas visões administrativas.

E, atualmente, o papel de atrair novas empresas está na mão de Gustavo Paulino, também parente do prefeito, secretário de indústria e comércio. Não duvidamos de sua capacidade, como já dissemos aqui, e esperamos que ele faça seu dever de casa, principalmente porque sua origem é justamente deste setor guseiro...

Descompasso

Em recente reportagem, conversamos com um funcionário do Saae, que revelou algumas cositas dos bastidores... Calma, que não vem lenhada na autarquia, mas sim, para surpresa de todos, uma defesa. Dentre vários assuntos, um deles foi justamente sobre a nossa arcaica rede de esgoto, que já tratamos aqui anteriormente. Como já foi comentado, na maior parte das vezes, os canos, que são projetados para receber apenas uma certa quantidade de dejeto, também recebe clandestinamente das casas água pluvial.

Até ai nenhuma novidade. Mas então com este assunto em pauta, perguntei a ele se não teria então de haver mais fiscalização, para evitar este tipo de problema. Ele me respondeu claramente que este tipo de coisa deveria ser feita pela Secretaria Municipal de Obras, ocupada atualmente pelo irmão do prefeito, Paulo Rogério. O funcionário justificou alegando que isto faz parte da construção das casas, o que não é responsabilidade do Saae.

Continuando o assunto, então fomos ao ponto que ele disse, com estas palavras: "Há um descompasso entre a secretaria de obras e o Saae, que precisa ser coordenado". Afinal, as duas coisas estão intimamente ligadas, e se não houver um entendimento estre o secretário e a diretoria da autarquia, a coisa vai continuar funcionando precariamente. "Isso é histórico na cidade e vem de muito tempo", lamentou. Ele até deu o exemplo de loteamentos em que a estrutura de esgoto da casa é mais baixa que a da rua, o que inevitavelmente, resultará no retorno do esgoto para dentro da residência, afinal, estamos tratando de uma lei da natureza, que não obedece a lei dos homens. Mesmo assim, a secretaria aprova o loteamento e libera a casa...