quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O símbolo e sua morte

Não vou me estender no assunto principal que me leva a escrever este texto. Muitas pessoas o farão, várias textos serão escritos sobre Dr. Afrânio Avelar, talvez o último homem tido como símbolo de uma política séria, longe de politiqueiros de plantão. Pela minha proximidade familiar, me restrinjo a dizer que ele fazia parte de um grupo, em que fez parte também meu avô, primo de Dr. Afrânio,  que buscou uma Sete Lagoas melhor para a população. Infelizmente, são poucos ainda que tem essa visão.

Mas a sua morte me traz a fazer uma reflexão pessoal, que inclui este blog. É perceptível a todos que ando escrevendo muito pouco neste espaço. E são várias razões para isto. Por anos, mantivemos, junto com Fred Rezende, este espaço de reflexão. Após o falecimento de meu companheiro, tive que me redobrar, para manter vivo isso aqui. Mas aos poucos, fui perdendo a força, um pouco por falta de tempo, e mesmo por desânimo. Durante este tempo vimos muita mer... desculpem, coisa acontecer nesta cidade. De tudo. Isso pode ser visto nos textos aqui publicados.

O que me ocorre agora, neste instante, é que me deparei com um blog que se repetiu por um tempo. Em conversa recente com Flávio de Castro, disse a ele que estava precisando reinventar este blog, pois não tinha mais tesão - e desculpa pela palavra, mas é essa a definição -  para continuar. E por que ele se repetiu? Por que a cidade pouco mudou. Ou nada mudou. O que vemos nessa cidade é uma classe política centrada apenas no seu umbigo, atrás de favorecimentos, cargos e dinheiro. Fato! Nada de pensar na sociedade, na verdadeira razão de existir do político.

Foi isso que me fez pensar a morte do Dr. Afrânio: é a morte de muitas coisas que acreditava quando iniciamos este blog. Por isso, peço desculpas aos nossos seguidores, mas por um tempo vou me eximir de escrever neste espaço. Mas lhes prometo que a todo tempo, vou pensar em um novo formato, em algo que me volte a ter tesão de escrever por aqui. Nem que seja a saudade de escrever aqui.

Até breve.