terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

O fim de uma era

O mundo contemporâneo é marcado por fatos. Desde os tempos remotos, a história foi escrita por atos, que representam o início ou fim de uma era. E este 19 de fevereiro é mais uma data a ser guardada nos livros de história.

Muito vai se falar, com discussões calorosas, seja para qualquer lado. Mas a verdade é que a página da história foi virada mais uma vez. O comandante Fidel Castro, depois de quase 50 anos no poder, renunciou o comando de um dos países mais antagônicos do mundo. Se de um lado há educação e atendimento médico a toda a população de forma gratuita (sim, isso é possível), do outro havia diferenças sociais, e escassez de produtos primários, com alimentos. Mas não estamos aqui para discutir se ele era Deus ou o Diabo.

Está claro que é o fim de mais uma era. Assim como foi a queda do Muro de Berlim ou os ataques às Torres Gêmeas pela Al Qaeda. É o fim da última resistência soviética contra o poder Norte Americano e seu capitalismo desenfreado, que está a beira de mais um colapso do mercado especulativo. Nascem outros líderes que se opõem fervorosamente contra o poder principalmente de Bush filho, como é o caso de Hugo Chavez. Mas Fidel representava o último dos antigos líderes, que resistiu aos inúmeros ataques e um embargo que durou todo o seu regime.

Ainda não se sabe as consequencias da renuncia de Fidel Castro, que somente o tempo vai nos contar. Mas estamos presenciando mais um fato que marca o fim de uma era, que começou com o fim da II Guerra, que começou com outros fatos que influenciaram tantos outros...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Saae que este corpo não te pertence...

O título pode parecer uma paródia ao exorcismo, mas é muito mais real e deve ser levado em conta. A entrevista publicada na última edição do jornal Sete Dias, feita pelo nosso companheiro Celso Martinelli, é de ficar indignado.

O ex-presidente da autarquia, que foi exonerado no sábado, dia 09 de fevereiro, e nem comunicado antecipadamente - segundo ele ficou sabendo através da publicação oficial - trouxe à luz coisas que antes eram faladas apenas nos bastidores e nos corredores. Faltou somente os nomes. Ele revelou, com todas as palavras, que há ainda interferência de vereadores junto ao Saae. É claro que já houve uma diminuição dessas interferências, mas ainda existem. "Em parte. Mas hoje há pouca interferências de vereadores, apesar de que não consegui eliminar, já que é uma prática antiga vereador utilizar o SAAE para interesses particulares", foi sua frase que mais indignou os comentaristas que assinam este blog.

É inaceitável que em Sete Lagoas, uma cidade de quase 220 mil habitantes, em pleno século 21, ainda existam práticas de coronelismo. Tem que ficar claro para nossos políticos que o Saae é um bem público, de quem trabalha e paga seus impostos. Não é uma empresa para ser usada em prol próprio, o que nos causa revolta. Será que vai ser preciso lembrar todas as vezes que a autarquia é de toda a população, e não de dois vereadores?

Esta frase, é um ponto de partida para que o Ministério Público venha a investigar o que acontece naquela caixa preta do Saae. Colocar à tona, décadas de apropriação indevida do patrimônio público. E é preciso já. E que o ex-presidente da empresa, Lairson Couto, uma pessoa técnica, que não é ligada à interesses políticos, pudesse dar nomes aos bois. Para, justamente a população conhecer quem são estes ladrões, que usam o dinheiro público em interesse próprio, e nunca mais votem neles. Eles devem ser banidos politicamente.

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Impressões de quem não entende

Quem acompanha de perto nossos programas de sábado, sabe muito bem que futebol não é meu forte. Não sou daqueles que freqüenta estádios ou sofre por alguma camisa. Gosto de acompanhar, saber o que acontece, mas nada de fanatismos.

Mas este último final de semana foi diferente. Estava em Belo Horizonte para resolver algumas questões, e como o domingo é sempre macabro, decidi ir até o Mineirão, para ver o jogo Cruzeiro e Democrata. Como todo bom sete-lagoano, fiquei na torcida do nosso glorioso Jacaré. Encontrei amigos e pessoas conhecidas, que sofreram bem mais do que eu pelo resultado naquela tarde de domingo.

Não que alguém duvidasse da vitória do Cruzeiro, equipe superior, que disputa a Série A do Brasileiro e a Sul-Americana. Mas um pouco de esperança, que o nosso Demo podia sair bem, não faz mal à ninguém.

Mas na verdade o que presenciei na capital foi um jogo chato, sem emoção, em que não empolgou nem o cachorro policial que vigiava a pacata torcida democratense. E daí tiro o que sempre vi na TV. O futebol brasileiro vai de mal a pior. Nossos principais jogadores, as estrelas, estão na Europa, e esvaziaram por completo as competições nacionais. E isso não é porque estavam em um jogo do Rural, como gostam de chamar o Mineiro, mas é claro de se notar em tobo Brasil. A consequência é o esvaziamento das arquibancadas. O que se vê são apenas aqueles fanáticos, que gostam apenas de agredir a torcida adversária, mesmo quando ela não está presente. "Porrada na Galoucura", era uma das frases que ouvi no estádio... Mas, o detalhe, era que os torcedores da Galoucura não estavam lá.

O que acontece no futebol tupiniquim é o que aconteceria se os melhores jogadores da NBA, liga Norte-Americana de basquete, conhecida em todo mundo, fossem jogar em outros países. Uma comparação mal feita, mas válida.

*Marcos Avellar
Jornalista do Estado de Minas

*Em respeito aos meus outros dois colegas, Bruno Perez e Fred Rezende, decidi assinar este texto, mais uma crônica ou sei lá o quê.