segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Impressões de quem não entende

Quem acompanha de perto nossos programas de sábado, sabe muito bem que futebol não é meu forte. Não sou daqueles que freqüenta estádios ou sofre por alguma camisa. Gosto de acompanhar, saber o que acontece, mas nada de fanatismos.

Mas este último final de semana foi diferente. Estava em Belo Horizonte para resolver algumas questões, e como o domingo é sempre macabro, decidi ir até o Mineirão, para ver o jogo Cruzeiro e Democrata. Como todo bom sete-lagoano, fiquei na torcida do nosso glorioso Jacaré. Encontrei amigos e pessoas conhecidas, que sofreram bem mais do que eu pelo resultado naquela tarde de domingo.

Não que alguém duvidasse da vitória do Cruzeiro, equipe superior, que disputa a Série A do Brasileiro e a Sul-Americana. Mas um pouco de esperança, que o nosso Demo podia sair bem, não faz mal à ninguém.

Mas na verdade o que presenciei na capital foi um jogo chato, sem emoção, em que não empolgou nem o cachorro policial que vigiava a pacata torcida democratense. E daí tiro o que sempre vi na TV. O futebol brasileiro vai de mal a pior. Nossos principais jogadores, as estrelas, estão na Europa, e esvaziaram por completo as competições nacionais. E isso não é porque estavam em um jogo do Rural, como gostam de chamar o Mineiro, mas é claro de se notar em tobo Brasil. A consequência é o esvaziamento das arquibancadas. O que se vê são apenas aqueles fanáticos, que gostam apenas de agredir a torcida adversária, mesmo quando ela não está presente. "Porrada na Galoucura", era uma das frases que ouvi no estádio... Mas, o detalhe, era que os torcedores da Galoucura não estavam lá.

O que acontece no futebol tupiniquim é o que aconteceria se os melhores jogadores da NBA, liga Norte-Americana de basquete, conhecida em todo mundo, fossem jogar em outros países. Uma comparação mal feita, mas válida.

*Marcos Avellar
Jornalista do Estado de Minas

*Em respeito aos meus outros dois colegas, Bruno Perez e Fred Rezende, decidi assinar este texto, mais uma crônica ou sei lá o quê.

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