O título do texto está entre aspas pois é uma citação. Ela me foi dita por uma das minhas maiores mentoras na política, na arte das entranhas do mundo político. Minha tia, e além disso, minha madrinha, Lúcia Avelar é com certeza hoje uma das mais importantes cientistas políticas no Brasil, com diversas entrevistas para a revista Carta Capital - que para mim, está cem anos à frente de outros semanários - e já coordenou o departamento na Universidade de Brasília (UnB).
Mas voltando à frase, minha tia Lúcia me disse isso em uma recente visita à Sete Lagoas, depois de me pedir um resumo da vida política na cidade atualmente. Ao contar os meandros dos corredores, ela me disse, categoricamente: "A mudança começa pelo legislativo".
O que ela, uma pós-doutora em ciências políticas, quis me dizer é que não adianta a população ficar reclamando apenas do executivo, seja ele municipal, estadual ou federal. Se o legislativo vai mal - ou muito mal, como vemos em algumas passagens recentes da nossa Câmara - a cidade também vai mal. Salvas exceções, sabemos que muitos ali vivem de conchavos, picuínhas e só miram as próximas eleições para continuar mamando no dinheiro público. Muitas vezes vivem de discursos inflamados, mas que no fundo não convencem nem a si mesmo.
Os vereadores são có-responsáveis pelo que acontece na direção da cidade. Eles que aprovam as leis, e principalmente os orçamentos, para onde o nosso suado dinheirinho vai, além de fiscalizar o poder executivo. Eles devem ser cobrados tanto quanto o prefeito em qualquer que seja o assunto da cidade.
A discussão sobre o número de cadeiras na Câmara, que deve ser votado até o fim de setembro é uma ótima oportunidade para a própria população avaliar a atuação dos vereadores. Será que precisamos de 17? Ou de 21? O que vai mudar essencialmente no aumento de cadeiras? Será que realmente haverá mudanças significativas com o aumento de vereadores?
É só buscar as pautas semanais que são discutidas na reunião semanal. Lá estará a resposta.
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