quarta-feira, 2 de junho de 2010

Uma cidade de pé pesado

A reunião na Câmara Municipal ontem foi tensa. De casa cheia, os vereadores se viram pressionados a aprovar, sem muita contestação, o projeto de lei que reajusta o salário dos servidores. Aqueles que ensaiaram contestar qualquer coisa do texto, era massivamente vaiado pelos funcionários ali presentes. Mas no final, tudo passou, conforme eles esperavam.

Mas uma pulga ainda continuou atrás da orelha. Segundo os dados apresentados pela própria prefeitura, com o reajuste, a folha de pagamento vai representar 63% do orçamento previsto para este ano. Entendemos bem, 63%. Ou seja, a maior parte de tudo que pagamos vai para bancar os salários na prefeitura. Isso nos dá apenas uma interpretação, a não ser que estejamos errados: há claramente e notório um inchaço nos quadros de funcionários na administração. Não que isso seja uma surpresa, mas este dado mostrou numericamente a realidade. A cidade está com o pé inchado, sem muita possibilidade de mobilidade. Não é à toa que a capacidade de investimento é pequena, afinal, o grosso fica lá no prédio da prefeitura e suas secretarias.

Em mensagem à Câmara, o prefeito firmou compromisso de se ajustar a folha à lei de responsabilidade fiscal, que define o máximo de 54% do orçamento. Caso contrário, ele seria alvo fácil de processo. Mas para isso, a foice da demissão deverá correr solta no prefeitura. E aqui cabe a pergunta: para quem vai sobrar as demissões? Alto ou baixo escalão? Já saiu a notícia de que serão cortados a Guarda Mirim, projeto social, que emprega diversos jovens. Típico de administração tucana, que corta primeiro em áreas sociais. Mas isso serve para outro tópico.

No final, tudo foram palmas. Só esperamos que esses que bateram palmas não sejam os mesmos que depois terão que estender a mão para pedir emprego por ai.

Em tempo: Uma pergunta nobre leitor. Itamar se recusou a ser vice de josé Serra? Por que ninguém quer assumir este posto? Por que Serra não consegue um vice?

2 comentários:

Stefano Venuto Barbosa disse...

E digo mais amigos do Prelo: Será que aqueles que aplaudiram, terão competência para arrumar emprego fora da prefeitura. Para mim ter trabalhado na prefeitura de Seven Lakes, na atual administração, é uma péssima referência.

Anônimo disse...

só para efeito de comparação, nas administrações anteriores a esta a Secretaria de Meio Ambiente possuia cargos de direção superior (confiança) num total de 05 (cinco); agora com a moderna gestão do PSDB este número subiu para 20 (vinte)! Significa q os funcionários efetivos nem se dão conta de quem realmente trabalha nesta secretaria. E olha q é uma secretaria meia bomba.Imagine nas q tem algum status! Nesta administração o número total de cargos de confiança gira em torno de 2.000 (dois mil)!!! Alguém vai ser demitido? E as eleições, serão prejudicadas por exonerações em massa, SE ACONTECER? Esperaremos até o ano q vem prá arrumar a casa? O prefeito vai dar novas desculpas dizendo q pegou a Prefeitura desarrumada por Leone Maciel? De quem é a culpa de tanta incompetência?