quarta-feira, 12 de março de 2008

Cidade maravilhosa

O odor de urina que sai da calçada denuncia o descaso com o local e os prédios sujos escondem uma beleza, pouco vista no Brasil. Este é o centro do Rio de Janeiro, cidade maravilhosa, inspiração para poetas e músicos de todas as espécies, do samba de Cartola ao rock de Cazuza. Mas a antiga capital do Brasil ainda guarda sua história e seu charme, mesmo que fique escondido entre tantas notícias de violência.

O que o noticiário comum mostra é um Rio imerso à tiros, bandidos e uma violência desenfreada. O que nos passa é uma cidade sitiada pelo medo, onde os moradores mal não podem sair de casa. Um verdadeiro campo de guerra.

Mas ao caminhar pelo Rio de Janeiro, o que vemos é um cenário totalmente diferente. Não que a violência não exista, porque ela existe sim. Mas existe assim como existe em todas as outras capitais, como São Paulo e até Belo Horizonte. Existe em Sete Lagoas, guardada as devidas proporções, é óbvio.

Conhecer o Rio é fascinante. No centro da cidade, os prédios guardam uma beleza arquitetônica, de parede e meia, pequenas sacadas, tudo do período ainda colonial. A rua da Carioca é um dos locais mais fascinantes do centro da cidade. Lá está situado o bar mais antigo do Rio de Janeiro, o Bar Luiz, onde se encontra um dos melhores chopps, que além de gelado, vem com um colarinho de dar inveja a qualquer engravatado, sem contar com tira-gostos maravilhosos. O local é todo decorado com antigas fotos da cidade. E o uniforme dos nossos amigos garçons dão um charme à parte. Todos de terno com 4 botões fechados, com o colarinho azul. Além do bar, a rua também tem o Cine Iris, que hoje só apresenta strip-tease, mas assim mesmo, mostra que foi um dos centros culturais mais importante do Rio de Janeiro, com sua imponência.

Não é preciso ter medo da Cidade Maravilhosa. Conheça também os lados mais charmosos da cidade, longe dos shoppings e barras... Com certeza o Rio de Janeiro vai te surpreender.

Marcos Avellar
*Assinei mais uma vez o texto em respeito aos meus colegas. Uma vez que nossos ouvintes sabiam de minha viagem ao Rio de Jeneiro.

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