terça-feira, 14 de abril de 2009

Decompasso II


Até parece uma piada de mal gosto, mas não custa nada tentar. Por determinação da justiça, os funcionários do sistema municipal de saúde foram obrigados a suspender a greve, iniciada na última quinta-feira.

Para conseguir a tal liminar, a secretaria de saúde afirmou que não recebeu nenhuma aviso de greve e muito menos uma pauta de reivindicações. Desta forma, a paralisação, conforme a lei, é ilegal. Tudo bem, agora até mesmo para se expressar sua insatisfação sobre seu próprio salário, tem que obedecer as leis brasileiras, que muitas vezes são vazias e defendem o mais forte (digamos, assim, economicamente), mas isso é uma outra discussão. Então lei é lei. Obedeça quem tem juízo.

Mas conversamos com a presidente da sessão do Sind-Saúde em Sete Lagoas, Rosângela Pereira da Silva, que nos garantiu que a pauta de reivindicações foi entregue diretamente ao secretário-adjunto de saúde, Mário Lúcio Balú, no dia 18 de fevereiro, portanto, há quase dois meses. O prazo determinado em assembléia, que segundo ela consta em ata registrada em cartório, seria dia 16 de março, e que tudo foi devidamente avisado à secretaria.

Repetimos, não custa nada tentar... Uma parte diz que entregou a pauta para a secretaria, a outra parte diz que não recebeu nada. Há algo de estranho nesta história toda. Ou este documento não foi entregue, portanto, a secretaria estaria certa em pedir a liminar a suspensão da greve. Ou a secretaria está fazendo de boba para suspender a paralisação na marra, com esta liminar. Por onde ficaram o documento? Nos corredores? Ou não existiram?

Um comentário:

Anônimo disse...

Uai sô. Desde quando o Balú é secretáário adjunto? Este cargo não existe. Parece que nem a Secretaria de Saúde existe. Kdê a reforma administrativa do sr. prefeito(?)?
Em BH já foi feita.