sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma nova ordem


Os noticiários desta quinta e sexta-feira, e provavelmente deverá prolongar pelo final de semana, foi a reunião do G-20, que engloba os países mais ricos e prósperos do mundo, que aconteceu na Inglaterra. O documento final (sim, eles tem isso lá, ao contrário de nossa querida Câmara Municipal com suas intermináveis audiências públicas) lido pelo anfitrião Gordon Brown, foi claro, que estamos entrando em uma nova ordem mundial, sejá lá onde isso vai dar. Falaram de acertos, uma montanha de incentivos à economia e até do Brasil emprestar dinheiro para O FMI (isto sim, é novidade...).

Mas o que podemos tirar desta reunião para o nosso umbigo, nossa querida Sete Lagoas? Bem, além de ensinar aos nossos vereadores que é preciso um documento ao final da reunião com algum tipo de conclusão, nos mostrou que a cidade precisa entrar na nova ordem econômica, e que se conseguir sair dessa, sairá mais fortalecida. O que isso quer dizer? Qual é o setor que mais demitiu e que Sete Lagoas é mais dependente? Isso mesmo, quem disse siderurgia, acertou em cheio. E qual é o resultado? Uma enorme queda na arrecadação do município, além de uma demissão que já chega a quase 4,5 mil trabalhadores.

A dependência de 25% de nossa economia nas mãos de apenas um setor é extremamente prejudicial para a saúde da cidade. A nova visão dos políticos deveria, e pode ser, a de diversificar cada vez mais as fontes de renda dos trabalhadores da cidade, atraindo ainda mais industrias, mas também fortalecer as empresas locais, seja ela pequena, média ou grande. Ficamos à mercê de apenas um tipo de empresário, que muitas vezes se mostrou um pouco limitado em suas visões administrativas.

E, atualmente, o papel de atrair novas empresas está na mão de Gustavo Paulino, também parente do prefeito, secretário de indústria e comércio. Não duvidamos de sua capacidade, como já dissemos aqui, e esperamos que ele faça seu dever de casa, principalmente porque sua origem é justamente deste setor guseiro...

3 comentários:

Descrente disse...

Parabens ao blog. Visão correta sobre o início de uma nova ordem mundial (o bom das crises é isto).
Melhor ainda chamar atenção para nossa realidade local. Isto foi pouco explorado na campanha, principalmente pelo vencedor que até hoje ainda fala de doceiras e costureiras de forma pequena e interiorana. O sr. secretário responsável em dar a guinada tem a mesma visão pequena. Falou isto na rádio Cultura. É por a raposa para cuidar do galinheiro. Este povo gosta é de um operariado pobre e sem formação para pagá-los mal como sempre fizeram. Por que vão querer diversificar e aumentar a média salarial? É acreditar em histórias da carochinha.

Boto Cinza disse...

O Gusa, mesmo gerando empregos e impostos, não foi bom para Sete Lagoas. O segmento precisa de poucos trabalhadores qualificados. E os "peões" recebem baixos salários. O Gusa fez Sete Lagoas crescer sem qualidade de vida. Fez aumentar o gastos públicos na área social, saúde etc. E a renda per capita baixa reflete no comércio e na imprensa local (que sobrevive com dificuldade devido aos parcos anunciantes).

Parece que agora, aos poucos, com a chegada de empresas que precisam de profisssionais qualificados e o fechamento de várias siderúrgicas, os rumos das coisas vão mudar. E só uma questão de tempo.

O começo do Governo Maroca não está sendo fácil. Mas, em médio prazo será altamente positivo (Eu ainda acredito).

Anônimo disse...

Eu também acredito. Em papai noel, na mula sem cabeça, no saci pererê, em caboclo d'água...
Só não acredito na história do boto que vira moço bonito e deflora as moças.