Como a vida política na cidade anda meio devagar, um pouco por culpa das eleições, a Câmara Municipal, felizmente, ainda nos dá bons motivos para escrever algumas destas linhas tortas. Se está sem assunto? Corre para a reunião extraordinária, lá encontra-se o que falar.
E vem de lá mais uma. Mas desta vez vamos recorrer de novo não a afirmações, mas indagações aos nossos leitores. O que faz um político recorrer ao ufanismo barato? O que leva um vereador a propor uma lei que exige o hino de Sete Lagoas (alguém ai sabe a letra de cor? Aliás, alguém ai conhece?) em eventos esportivos oficiais. Tudo bem, o Hino Nacional anda meio esquecido e só lembrado em época da Copa do Mundo e depois deixado de lado. Mas e o hino de Sete Lagoas? Qual seria o objetivo disso?
E se fosse aprovada - o anteprojeto teve parecer contrário em uma das comissões - a lei ia também englobar os jogos que acontecem na Arena do Jacaré. Agora, caros leitores, imagina a cena: jogadores do Atlético e do Flamengo, postos lado a lado, com a mão no peito, a cantarolar o hino da cidade. Aliás, cantarolar seria forçar a barra. No máximo, o lálálárárá que eles mal conseguem no Hino Nacional.
E eis que me deparo com este mesmo vereador na última reunião, com uma bandeira do Brasil em cima da mesa em plenário. Não vi, mas me disseram que Marcelo Pires (e não Cooperselta, pois ali ele é vereador) usou a bandeira para defender sua proposta de lei. Onde ele queria chegar com isso, eis minha pergunta aos leitores.
A Câmara está assim: um usa a Bíblia, outro a bandeira e hinos. Mas e as leis que realmente importam para o povo de Sete Lagoas? Por onde andam?
ENTREVISTA COM A PROFESSORA MAIRY
Há uma semana
4 comentários:
Sugiro a vc ler o blog do Arnaldo Jabor para entender a bobagem deste edil.É que o Jabor visitou a região sul do País por estes dias e viu isto lá, "ficando encantado", segundo suas proprias palavras.
Ps.: é óbvio que ele estava fazendo campanha anti Dilma, daí o motivo de seu "encantamento".
Me lembro de trechos do hino de Sete Lagoas escrito nas pedras da calçada da Lagoa Paulino. Dona Lyra Fernandino deve estar revirando no túmulo, ao ver lá do céu, que sua composição foi retirada de um lugar tão bacana, era um orgulho só passar e ler o hino da cidade ali,perto da ilha do Milito. No blog do Professor Ramon Lamar tem um texto poético sobre os buritis centenários que ficam alí na lagoa, perto da praça da feirinha, o texto ficava afixado em uma placa de metal e foi arrancado por vândalos. Disso os nobres vereadores não cuidam e muito menos procuram saber...
Marcão e blogueiros.
Se a intenção, do vereador, que não sei qual é, foi propor um trabalho em cima da auto-estima social. Deveria então, propor cultura enquanto política de governo e começar a cuidar do resgate urgente e necessário da memória do povo de nossa cidade, bem como, da preservação do que nos resta. Porque o vereador não propõe emendas no orçamento que fomentem um pouco mais nossa tão distante política cultural? Será que eles, os vereadores, estão sabendo que no exercício de 2011 está previsto um corte de R$ 188000,00 na pasta da cultura? Só mais uma pergunta: Porque eles não itervém em favor da vontade popular e propoem, para o executivo, a separação da secretaria de cultura da de comunicação? Se estamos querendo trabalhar a auto-estima coletiva, devemos começar cobrindo os anseios culturais de nosso povo e não vir com propostas desarticuladas e sem nexo.
Como está escrito no post anterior do blog. "O que teria que ter em na câmara, no lugar da bíblia, é um exemplar da constituição".
Vida que segue...
Obrigado pelo espaço
Abraço
Paulinho do Boi
Eis o endereço do comentário anterior:
http://kmilabk.wordpress.com/2010/09/29/o-sul-do-brasil-por-arnaldo-jabor/
Ao anônimo,
obrigado por retornar e colcar o link para mim e os leitores. Estive procurando na internet o tal texto e ainda não tinha encontrado.
E obrigado ao Paulinho também. Vc sabe que compartilho em todas as letras o seu comentário (acho que nem precisava dizer...rs)
Obrigado mais uma vez pelas contribuições.
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