Antes tarde do que nunca, já dizia o ditado. Finalmente o Saae anunciou a licitação pública com o objetivo de contratar empresa para fazer o estudo hidrogeológico da cidade. Não era sem tempo, afinal, não sabemos se abaixo dos nossos pés há uma cratera, ou um rio, ou mesmo terra firme.
Para uma cidade que depende hoje exclusivamente da água do subsolo, este estudo é de suma importância. Até quando poderemos retirar essa água? O quanto de água ainda poderemos retirar sem nenhum dano geológico? E mais. Qual é o peso determinadas áreas da cidade suportam? Quantos andares de prédio podem ser construídos em determinadas regiões? São respostas que este estudo deve trazer, ou pelo menos, que deveriam trazer.
Já conversamos com especialistas da área, doutores professores da UFMG, que se dizem preocupados com a retirada constante da água do subsolo. Eles indicaram que diversas dessa crateras que acostumam aparecer nas ruas e casas da cidade, muitas vezes são resultados dessa exploração, sem conhecer bem e detalhadamente o que corre sob nossos pés. O mais famoso, nacionalmente, foi o buraco do Marcelo, o Cecê, mas há diversos outros que este blog mesmo já mostrou. E o assunto foi deixado de lado por todos os mandantes que passaram pela prefeitura, mesmo sendo algo de suma importância para a cidade. E como estava debaixo do solo, não dá voto.
A licitação será de cerca de R$1,5 milhão, algo próximo ao que os doutores da federal haviam colocados como o valor necessário para este estudo. O que ainda não nos deixou claro, é de onde sairá esse dinheiro: se dos caixas do Saae ou da prefeitura.
Fica ai nossa dúvida.
ENTREVISTA COM A PROFESSORA MAIRY
Há uma semana
5 comentários:
Marcão,
acrescente, por favor, a ferramenta "pesquisar no blog". Gostaria de encontrar com mais facilidade seus escritos sobre os "buracos setelagoanos".
Agora, no solo cárstico a formação de buracos (dolinas de abatimento ou de colapso) não é raridade, muito pelo contrário. Ocorre incluisive em regiões naturais, não ocupadas pelo homem.
Abraços
Ramon,
vou tentar providenciar essa tal ferramenta. Só me dá um tempo para achar.
Sobre as dolinas, os professores da UFMG afirmaram que a retirada da água pode agravar, ou melhor, acelerar o processo. Essa é a preocupação. Inclusive, essa matéria saiu no EM, que fiz ano passado, sobre buracos próximo à Av. Renato Azeredo, depois da Norte-Sul.
Abs
Sim, Pk. Marcão, com certeza pode agravar. Só aproveitei para comentar que as dolinas também surgem de forma natural.
A ferramenta de pesquisa está entre os gadgets do próprio blogger.
Abração.
A este respeito sugiro que vcs dêem uma olhada no Decreto N.º 3736de 11 de junho de 2008 onde construí uma série de recomendações para o controle de fontes subterrâneas na cidade de Sete Lagoas. Acredito q pela complexidade ainda não foi possível colocá-lo em prática mas aponta para uma série de soluções de engenharia. Quanto ao convênio, o mesmo foi cancelado pela atual administração alegando razões de alto custo, o q inviabilizou o convênio com o CETEC-BH. No entanto, o valor deste estudo atual é em muito superior. Outra observação seria com relação ao método aplicado (eletrorresistividade)de baixo custo e com grande alcance.
Stefano Lanza - DNPM
O padre falou que Sete Lagoas ia sumir...eu acredito.
Postar um comentário