sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Para refletir 02


Continuando nossas reflexões, trago agora aqui para a nossa realidade a atual situação do Rio de Janeiro - aquela cidade realmente linda, mas que passa por um processo complicado e traumático, mas que tem uma causa mais antiga. Aliás, essa causa antiga é que uso para a segunda reflexão.

Para recordar sem livros de história, basta assistir o início do filme Cidade de Deus, película que já se tornou um clássico nacional. Não só pela sua história, mas também pela forma de ser contada. Voltando ao assunto. Lá no início do filme, eles mostram uma realidade vivida na Cidade Maravilhosa, quando os governos retiravam as famílias de suas casas e enviavam para novos bairros, ou Cidade de Deus, então distante das ricas e tradicionais famílias cariocas. Sem políticas públicas, o local foi tomado pelo crime organizado. Hoje o Rio vive sim uma guerrilha urbana, com direito a tamques da marinha.

Um resumo simplificado para chegar onde quero:

Trazendo para a nossa realidade, e sem guardar as devidas proporções, Sete Lagoas começa a chegar a um momento perigoso. A criação de diversos bairros em governos anteriores, como o próprio Cidade de Deus, Bouganville, Belo Vale, Verde Vale, enfim, um sem números de bairros sem muita estrutura e atenção do poder público, se torna um campo propício para a atuação de traficantes, que ainda estão tímidos em relação à ocupação do poder paralelo na cidade. Será que por quanto tempo?

É por isso que não cansamos de bater na tecla, que é preciso uma política séria na cidade. Em vez de investir em policiamento, não seria mais eficiente investir em saúde e educação de qualidade, cultura, esporte e lazer nestes bairros ainda pouco assistidos? É de suma importância o poder público assumir esses locais, antes de virarem um reduto impossível de se penetrar socialmente.

Caso contrário...

4 comentários:

Ramon Lamar disse...

Marcão,
leia no meu blog o projeto sobre o Parque da Lagoa Grande, no Bairro Cidade de Deus. O parque poderia oferecer muitas oportunidades para engajamento dos moradores, inclusive a partir de uma cooperativa para produção de artesanato com materiais do cerrado e doces, picolés, sorvetes e polpas a partir dos frutos do cerrado.
Fiquei muito empolgado com a ideia, mas parece que vai indo a passo de tartaruga, ou melhor, caranguejo (andando para trás).
Abraços.

Ramon Lamar disse...

Em tempo, pois algumas pessoas não entenderam. O Parque não tem nada a ver com a APA.

Anônimo disse...

Até entenderam, Ramon. o problema é convencer os promitentes donatários das quebras dos contratos verbais de doações que a eles foram prometidos. Embora todos eles soubessem que o doador não era o dono e que houvesse interesse ambiental sobre a área. Mais uma história do submundo da política selagoana...

Francisco (Prof. Chicão) Neto disse...

Que policiamento?
Podemos andar pelo centro todo da cidade e não ver um policial sequer. Depois vc. pega a Castelo Brnco, ou a NOrte Sul e não vê nenhum tb.
Tb. Não vejo investimentos nessa área!