quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Sobre a Literata

Antes de começar a escrever este texto, tive que tirar um pouco a poeira, umas teias de aranha... Já tinha tempo que não postava aqui. Desculpe aos leitores.

Mas ontem estive no lançamento oficial da Literata, e não me contenho em comentar algumas cositas do evento. Antes de tudo é de se aplaudir de pé a estrutura preparada pela organização. Coisa profissional, que Sete Lagoas raramente vê. Profissionalismo é a palavra chave de tudo, da pré-produção ao atendimento. Mas com uma ressalva, posso? Achei que não aproveitaram a bela arquitetura do Casarão - apesar daquele caixote branco matar o anfiteatro - o auditório fechado priva os participantes de ver a beleza da construção e viver um pouco o gostinho do interior mineiro. Mas como estamos em época de chuva, tampou-se tudo, nada se vê lá fora.

Mas a cidade vai corresponder? Ai só vendo para crer. No primeiro dia pouco mais de 170 pessoas estiveram no espaço, preparado para receber 500. Tudo bem, era apenas o primeiro dia. Só a título de comparação, a chegada do Papai Noel no shopping, aquele Papai Noel midiático, americanizado, foram cerca de 2 mil pessoas. Fazer o quê? Espero que nos próximos dias a cidade contorne este quadro e deixe aquilo cheio.

Mas como sempre, há aqueles momento de vergonha alheia. Sim, lá houve e tivemos dois marcantes. A serem descritos logo abaixo.

Vergonha alheia 01:
Tem gente que sabe, tem gente que não sabe e tem que seguir o protocolo. O improviso de discurso é para poucos iluminados, que tem o dom da retórica, falam bonito, mesmo que não saibam muito sobre o assunto. Alguém ai poderia avisar para o prefeito Sr. Mário Márcio Campolina Paiva que em eventos deste porte, o melhor seria preparar um discurso escrito e não fazer um improviso mal improvisado? Saiu mal na fita. Fazer piadinha com o problema de gagueira do secretário de cultura e comunicação, Fred Antoniazzy, pode ser engraçado em uma roda informal de conversa, mas não no lançamento de uma Literata, que homenageia Guimarães Rosa. Com tantos assessores na prefeitura, será que nenhum poderia escrever um belo discurso para a ocasião? Há sim ocasiões que o improviso cabe, até mesmo do Maroca, com aquele jeito meio tímido de dizer. Mas não nessa ocasião.

Vergonha alheia 02:
Um certo pseudo jornalista pegou o microfone para anunciar sua grande idéia em prol da cultura na região. Ele combinou com alguns prefeitos das cidades vizinhas que selecionasse os 15 melhores alunos da rede municipal de ensino, que terão direito todos os meses a uma visita ao shopping em Sélagoas e uma sessão de cinema. Claro, afinal, como disse meu nobre amigo Pablo Pacheco (este sim jornalista mesmo), Harry Poter tem tudo a ver com a cultura brasileira. E o pior que o pseudo ainda acha que contava vantagem durante o evento.
É de lascar...

4 comentários:

Sofia, disse...

HAUSHUAHSUAH'

Eu fui, mas não me lembro do jornalista oferecendo isso a alunos. O Maroca fazendo piada eu ouvi x.x' TRISTE. Parece que tava lá porque chamaram ele ás cinco da tarde e não deu tempo de pensar em nada pra dizer antes.
Pena mesmo, hoje, a único horário que pude passar pela praça foi na hora do almoço e não tinha nada. Infelizmente, nem na mesa Urubuquaquá vou poder ir. :/

Anônimo disse...

Caro Marcão, mudando de assunto:

Você reparou as peças publicitárias do Natal de Sete Lagoas... peças institucionais com a assinatura da prefeitura e com apoio de Marcelo da Cooperselta ( com direito a foto dele e tudo)
Por se tratar de uma peça publicitária de um órgão público, pode um vereador como pessoa fisica expor sua foto? Não teria que ser, no caso, apoio Camara Municipal.Se der informe sobre isso no blog.
valeu

Stefano Venuto Barbosa disse...

O Maroca devia ter acabado de acordar, piada desnecessária e sem graça. A literata foi um ótima iniciativa, vamos perdoar os erros e apoiar a idéia, para termos um pouquinho e cultura, nesse nosso deserto.

No Prelo disse...

Caro Anônimo,
vou pesquisar e assim que tiver algum ponto respondo.
Obrigado pela dica.
Abs