A palavra democracia aparece como ondas. Às vezes, como próximo às eleições, está em moda e em outras some do vocabulário das pessoas. Atualmente está muito ligada à CPI do Cachoeira. Não sabe por quê? Pergunte aos barões da mídia, que escondem a vergonhosa ligação entre o contraventor e a conceituada revista Veja (não veja, não leia e nem abra), em nome da democracia e a pluralidade de opiniões na mídia nativa. Mas este assunto fica para depois.
Agora, os que nos arrepia nas nossas Sélagoas é a malfadada aprovação da nova APA da Serra pelos nobres edis. Ontem mesmo o assunto virou destaque nas mídias sociais, sempre de forma negativa. Claro! Nossos nobres vereadores não ouviram o que a população disse durante toda a consulta pública, realizada na Unifemm, quando se apresentou o projeto pelos empreendedores do loteamento. Agora pagam pelo preço de aprovar um monstrengo que a população não apoia.
Mas mesmo que o assunto não tornasse destaque ou mesmo o projeto não fosse um descabimento total, é importante deixar claro o que se tornou essa aprovação. Um atentado à democracia, que passou por cima das instituições importantes, como um bom debate sobre o tema. Afinal, a própria prefeitura, através da Secretaria de Meio Ambiente, marcou uma audiência pública para discutir o zoneamento da APA Santa Helena para o dia 06 de junho. Certo que é véspera de feriado, mas com certeza muitos interessados estariam presentes para dar caldo à discussão. Disso não duvido.
Mas antes disso os vereadores Marcelo Cooperselta, Milton Saraiva, João Pena, Euro Andrade, Lico e Gilberto Doceiro aprovaram junto com o proponente do projeto, Caio Dutra, a alteração sem nem mesmo consultar ou fazer um estudo de impacto ambiental sobre o assunto. Aprovaram a toque de caixa. Mais estranho ainda é que o próprio proponente do projeto, Caio Dutra, apresentou há algum tempo, um projeto que transformava o mesmo local em um Bosque Municipal, que incluía ali a Lagoa da Chácaral. No mínimo estranho essa mudança do caráter dos dois projetos feitos pelo mesmo vereador.
Para finalizar, passando o peixe que me venderam, e por isso não cito nomes nem fontes (tenho direito à isso). Me contaram um historinha de que há ali dentro um vereador, e junto com ele outro político importante da cidade, que fez empréstimos, dinheiro mesmo, para alguns dos outros vereadores na última campanha eleitoral, em 2008. Pois bem. Essa votação seria um acerto de contas: ou aprovava o projeto, ou teriam que pagar a dívida.
E como perguntar não ofende: a quem interessa mesmo esse projeto aprovado?
ENTREVISTA COM A PROFESSORA MAIRY
Há 2 semanas
Um comentário:
Tem "Cachoeira" em Sete Lagoas e é preciso descobri-lo. Pois o "Demóstenes" já fica claro quem é.
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