quarta-feira, 30 de maio de 2012

A tarde conturbada

Estava eu pronto para escrever o texto da conturbada reunião ordinária na Câmara Municipal ontem (terça-feira) à tarde, quando por uma obrigatória leitura diária de alguns blogs me deparei com um texto completo sobre o assunto feito pelo meu amigo Flávio de Castro. Ao ler seu texto, vi que não tinha muito mais coisa a dizer. Então, em vez de ficar repetindo coisas, indico aqui a leitura do texto "A mudança começa pelo Legislativo - IV", pois lá está tudo o que é preciso para saber da tarde quente de outono no legislativo municipal.

Mas é claro que não posso deixar de fazer meus comentários. Que são os seguintes:

- Talvez um dos momentos mais infelizes foi a afirmação do vereador Marcelo da Cooperselta, em que ao tentar jogar a culpa no executivo pelo fato de não conseguirem aprovar a tal emenda que interessava o nobre deputado estadual, falou algo desnecessário: "Daqui um tempo vamos ficar igual Ouro Preto, em que não se pode fazer nenhuma alteração nos imóveis". Ainda bem não é mesmo nobre vereador? Imagina se em um dos Monumentos da Humanidade, declarado pela ONU, pudesse fazer qualquer modificação pelas pessoas com péssimas intenções? Talvez a cidade estaria como Sélagoas, onde o patrimônio histórico foi totalmente dizimado por pessoas mal intensionadas.

- Infelizmente o vereador Caio Dutra não ficou no plenário no momento da esplanação do professor Ramon. Ele já havia dito à todos aos ventos que tinha um compromisso inadiável às 18h. Mas, como Flávio de Castro escreveu, se ele chamou a responsabilidade da aprovação do projeto da APA, haveria uma obrigação pública de permanecer. Afinal, ele recebe um salário considerável para isso. Não é mesmo vereador?

- E mais uma vez, repito: não acredito que os nobres edis não sabiam no que estavam votando. O projeto foi aprovado em primeiro e segundo turno, e ainda a redação final, no mesmo dia. É muita ingenuidade não saber o que estar votando com tanta pressa assim. Mas pior: se não sabiam, então como votaram a favor? Como votaram algo que não sabia o conteúdo? É assim que se age com todos os importantes assuntos da nossa cidade?

Agora é esperar a audiência pública, na próxima quarta-feira. É a segunda batalha da guerra.

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