quinta-feira, 19 de junho de 2008

Coligação estranha?

Foi veiculado em blog da internet que o Partido dos Trabalhadores (PT) de Sete Lagoas decidiu na terça-feira coligar com o PSDB, a exemplo do que ocorreu nas eleições de 2004, na dobradinha Maroca/Fábio Nepomuceno. O mesmo poderia acontecer em Belo Horizonte, mas a Executiva Nacional do "Partido da Estrela" vetou a união, mas parece que em Sete Lagoas não.

Pois bem, a pergunta que não quer se calar é: se o PT vai coligar com o PSDB em Sete Lagoas com vistas às eleições municipais que se avizinham, por que então membros do partido estavam ostentando bandeiras, faixas e cartazes contra a política adotada pelo governador Aécio Neves, tucano de primeira linha? Podia-se ver claramente membros natos do PT local segurando as ditas cujas na inauguração da Avenida Norte Sul, semana passada (vide tópico anterior sobre as faixas).

Coligação no mínimo estranha esta, levando-se em conta o protesto de quinta passada. Vai entender...

Um comentário:

Anônimo disse...

Tenho lá minhas dúvidas quanto à validade/credibilidade dos partidos políticos brasileiros. Por isso, essa crise existencial causada pela coligação PSDB-PT é assunto para muita conversa. Só que a proximidade de tucanos e "companheiros" é muito mais antiga do que a Serra de Santa Helena. Sem sombra de dúvida, eu diria que os tucanos surgiram na década de 80 do século passado a partir de uma dissidência de companheiros mais calminhos.

O que eu quero dizer: Serra, FHC, Mercadante, Lula, todos são da mesma seara. Só que uns são mais liberais que outros. E, quando estão no poder, são todos iguais.

Toda essa introdução é apenas pra dizer que não há nada de monstruoso ou anormal na união entre os dois partidos em pleno século XXI. É algo tardio até.

Bom, por tudo isso, considero salutar a união em SL, desde que haja um plano e uma agenda de governo que valham o meu voto.

Agora, as manifestações durante a visita de Aécio. Se os manifestantes estavam ali como petistas, foi a pura falta de raciocínio político. Se estavam como educadores da rede estadual de ensino, estavam em seu direito.