terça-feira, 8 de junho de 2010

E a tal audiência?

Acompanhando a final da Copa Cultura de Futebol, no domingo passado, entre Bela Vista e Ideal - só para constar, deu Ideal 2 a 0 (campeão) - um repórter da emissora entrevistou um dos empresários ligados à tal indústria do lixo que pretende se instalar em Sete Lagoas, o que motivou até mesmo uma viagem (não é tour não heim gente!) à Suíça para conhecer as plantas da Astronne.

Logo no início da conversa com o radialista, o representante da empresa - cujo nome não guardamos - disse em alto e bom som que o processo de implantação da unidade em Sete Lagoas está bastante adiantado e mais, ele crê que até o final do ano a Astronne estará no Município. Tudo bem que a viagem ao país europeu não foi à toa e as próprias impressões de membros desta comitiva já adiantavam a vinda para a cidade, mas aí que entra um ponto que julgamos principal.

Segundo o que foi salientado pelo prefeito Maroca, em coletiva, logo após o retorno, a população seria ouvida, através de mais uma das infindáveis audiências públicas, para que expusesse sua opinião sobre a instalação ou não desta Astronne, que diga-se de passagem deve lucrar bastante na cidade para ter tanta vontade de fazer de Seven Lakes sua vitrine no Brasil.

E aí, vai ter ou não vai ter audiência pública? Se o evento seria para ouvir o povo e saber se ele deseja ou não que a empresa se instale aqui, por que então o tal empresário disse que o processo de implantação está indo muito bem e que até o final do ano a Astronne deve iniciar o funcionamento? O principal interesse do Município é acabar com o passivo ambiental, mas falar que vai ouvir o povo e depois fazer morrer o assunto é no mínimo falta de compromisso.

Antes não tivesse falado nada e desse logo o aval para a implantação, pelo menos assim não ficaria um clima de "o povo que se exploda". Tiro no pé, desculpe-nos a franqueza.

3 comentários:

Stefano Venuto Barbosa disse...

Vou responder para No Prelo: O povo não será ouvido. As rescentes pesquisas informam o desinteresse do povo pelas eleições. Será que é só o efeito Copa do Mundo? Evidente que não só, existe uma parcela da população que não acredita mais em soluções políticas para esse país. Eu estou nesse meio. Aqui em Seven Lakes City a política sempre foi uma coisa meio mesquinha, agora além disso é sonolenta e incompetente. Eu não perco mais meu tempo com esse povo, nem em discussão de buteco, me falta inspiração, somos um deserto total.

Anônimo disse...

Bom... “Na Natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma”.Citando Antoine-Laurent de Lavoisier, qual será o resultado que sobrara do lixo?

Davidson Padrão disse...

Bom pessoal, já disseram que o óbvio precisa ser lembrado para nunca ser esquecido... então vamos lá! Não custa lembrar que o processo de instalação dessa empresa na cidade depende de licitação! E adivinha quem vai ganhar?