quarta-feira, 23 de junho de 2010

Sobre especulação imobiliária

Caros amigos que acompanham estes dois jornalistas em No Prelo, regularmente, pedimos desculpas para falta de assiduidade nas publicações, mas os afazeres diários têm nos tomado conta. Vida que segue...Entraremos hoje em um assunto que incomoda diversas pessoas, sobretudo em nossa cidade, a tal especulação imobiliária.

Quem não pensa em adquirir um imóvel, ter um teto, um lugar para morar ou simplesmente adquirir terreno, casa, prédio, seja o que for, como forma de garantir uma grana futura? Podemos afirmar, categoricamente, que muita gente tem este pensamento, porém, do jeito que as coisas andam em nossas Sete "Bananas" Lagoas o buraco é mais embaixo. A oferta é grande, a procura idem, mas os preços, vixe, se não tiram o caboclo de idéia fazm ele rever seus conceitos.

Ficamos por imaginar como a tal especulação freia o sonho de milhares de brasileiros, no nosso caso, setelagoanos. Lotes que há dois anos eram vendidos a R$ 20 mil ou R$ 25 mil hoje, em alguns casos, não saem por menos de R$ 70 mil em determinados bairros. A casas então, a quantidade delas nos classificados dos jornais não condiz com a capacidade de compra do cidadão. E aí ficam, ficam, ficam por vários anos e nada de vender. Ou então o caboclo compra, se endivida até o último fio de cabelo, não tem dinheiro para arcar com o montante e tem que entregar o que adquiriu.

Ficamos por imaginar, ainda, como pode numa cidade em que a média salarial é tão baixa - dizem os entendidos que não passa dos R$ 700,00 ou R$ 800,00 - a grande maioria dos trabalhadores têm condições de adquirir um imóvel em que as instituições financeiras (leia-se bancos) pedem garantias de, no mínimo, três salários mínimos? Quem está comprando estes imóveis? O tal Minha Casa, Minha Vida garante subsídio e prestações menores para imóveis até R$ 100 mil, mas vá procurar um imóvel novo, deste preço, em Sete Lagoas e veja se você consegue encontrar na cidade.

Este filão está aí, mas pelo visto muitos construtores ainda não observaram bem esta tendência. E se querem fazer, esbarram no alto preço dos terrenos, principalmente aqueles em locais melhores, o que faz com eles pensem melhor ou desistam. O poder público poderia intervir nesta questão da moradia na cidade, criando subsídios para construtores. Temos a consciência de que até o faz, visto que recentemente foi veiculada notícia sobre a construção de novas casas pelo Programa Federal na cidade, além do fato de que uma construtura de grande porte pretente investir no ramo "Minha Casa Minha Vida" nas proximidades do novo Shopping Sete Lagoas.

É mais um caso a ser pensado por nossos governantes, de auxílio à população que deseja adquirir seus imóveis e esbarram na especulação imobiliária setelagoana, que chega ao absurdo. Medidas como estas terão total e amplo respaldo destes dois que vos escrevem.

2 comentários:

Stefano Venuto Barbosa disse...

No Prelo tem razão e digo mais, esse vai ser o novo problema a ser enfrentado pela cidade, moradias populares. O aluguel de Sete Lagoas deve ser o mais caro do estado, digo com propriedade, porque aluguei um imóvel em Setembro passado e ouvi de amigos, que um similar em BH estava muito mais barato.

Anônimo disse...

Enquanto isto a nossa COHASA, da prefeitura, já pagou 18 meses de salários para diretores e assessores e não fez uma casa sequer. Ô cabidinho bom!