quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Alô, alô marciano...

...aqui quem fala é da terra. Ou o marciano aqui sou eu? Sei que estive em Cuiabá, Mato Grosso, e que lá há muito mais que apenas o Pantanal. Há cultura, uma turma que está interessada em promover a diversidade cultural a todo custo. Uma cena legal, mesmo em um ponto distante do principal eixo do Brasil, RJ-SP.

Basta ver o que rolou durante uma semana... Um congresso com pessoas interessadas em unir, em vez de separar, e palestras interessantes, que incluiu o secretário especial de economia solidária, André Singer. Vale a pena das um olhada no portal Fora do Eixo.

E se acham que estou falando balela, basta ver algumas frases proferidas pelo secretário municipal de cultura de Cuiabá, o Sr. Mario Olimpo Medeiros. Com uma grande aspas dou a palavra à ele:

-A política cultural é tão importante quanto à saúde e educação. Passa uma parte do orçamento da saúde para a cultura, que poderemos diminuir os gastos com efermidades no setor de saúde;

-Somente 10% dos municípios brasileiros gastam 1% do orçamento em cultura;

-O repasse de R$500 mil para um festival como o Calango, ainda é muito pouco, mas é o que conseguimos fazer até então;

-A cultura vai ser o grande negócio nos próximos 90 anos;

-A nossa idéia de secretaria de cultura é de ter o mínimo de gasto com a máquina, em verba de cafezinho e papel , e colocar o máximo de gerentes que vão atender diretamente as necessidades dos cidadãos;

-Nosso modelo de Conselho Municipal de Cultura em Cuiabá inclui 9 conselheiros e destes apenas 3 são representantes do poder público, os outros 6 são artistas;

-No dia a dia, em uma discussão, eu prefiro a fratura exposta do que pequenas coisas veladas.

Fecha as grandes aspas.

O importante é relatar que isso não é discurso político, mas sim uma realidade, em uma das poucas cidades que gasta 0,8% do orçamento efetivamente em cultura.

Alô, alô marcianos, fiquem atentos com a política cultural apresentada pelos candidatos nesta eleição...

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