quarta-feira, 2 de março de 2011

Conversa de cumadre

A expectativa da presença do secretário de Obras, irmão do prefeito, Paulo Rogério Campolina Paiva, foi em vão. No plenário, o que vimos, foi a mais pura conversa de cumadre. Sem pressões, apenas uma vez ou outra uma cobrancinha, mas daquelas pequenas, que nem coçam as feridas. Uma pena, diga-se de passagem.

O nobre secretário foi, junto com assessores, falar dos problemas em ruas do CDI e a cerca das placas do PAC água, que não continha a logomarca do governo federal - que apesar de financiar praticamente toda a obra, ficou de fora da propaganda. Sobre esse último assunto, empurraram o erro para a agência de comunicação, responsável pelas contas publicitárias da prefeitura. Pronto, resolvido o caso sem mais alardes.

Já sobre as ruas do CDI, o secretário falou das obras de captação fluvial no local. Em tempo, todo o material foi doado pelas empresas dos Mediolis à prefeitura, que, com equipamento e mão de obra própria, executa o serviço. O grupo de empresário tem interesse direto no local, pois sua empresa sofre diretamente com os alagamentos. Portanto, amigos, não há nada de bonzinhos, que pensam na comodidade da população. Visa seu próprio umbigo.

Mas a maior surpresa veio com a antiga Sítio da Abadia. O tema, enormes crateras no local, já tiveram textos aqui no blog. O que nos assustou foi o que o secretário e seus assessores disseram. A empreiteira, que ganhou a licitação, não tem dinheiro para finalizar a obra, que custa cerca de R$150 mil. Ficamos a nos perguntar, como a prefeitura dá a vitória da licitação à uma empresa que não tem caixa para tocar a obra. Como assim? Podem me explicar?

Para piorar. A tal empresa tem uma parcela do serviço a receber, mas tem pendências com a prefeitura. Para conseguir o empenho e receber, ela tem que apresentar o RT, que para a meu entendimento, é Responsável Técnico. Se não for, me corrijam por favor. Mas como assim uma empreiteira não tem RT? Como ela faz obras?

E para finalizar minhas perguntas: como uma empresa dessa ganhou a licitação? Licitação? Não era o Flávio Dumont, atual procurador do município, responsável por elas até pouco tempo atrás?

Pós-post: Na verdade, o que falta à empreiteira, é a ART (Anotação re Responsabilidade Técnica) e não responsável técnico. O que, equivale, na verdade, 3% da obra. Um valor mínimo, para uma empresa que disputa licitações.

3 comentários:

Anônimo disse...

Licitação??? Tem isso na Prefeitura? Você pode acompanhar a ata de licitação para Transporte Escolar Rural que você vai ver que os próprios licitantes é que realizaram o procedimento de licitação. Isto é, atribuiu aos próprios concorrentes uma prerrogativa que deveria ser assumida por agente público. E o pior de tudo, não souberam aplicar as regras das pequenas e micro-empresas, questão primária da matéria. Teve licitante que ganhou com o menor preço e que depois perdeu no recurso para uma micro empresa que tinha dado lance maior que o dele. Passaram por cima do interesse público para privilegiar alguém conhecido. Ou profissionaliza o setor ou é melhor fechar. Se a Secretaria de Obras é o "pedreiro" da cidade e diz que está faltando material: Quem manteria um pedreiro trabalhando na sua casa sem dinheiro para comprar material de construção e ferramenta?

Anônimo disse...

Cadê o ministério público?
Agora em moda a PF para fazer uma "DEVASSA." Que tal nas contitas da prefeitura, nas licitações.
De bobo e sonolelento, ele só tem a cara!

Anônimo disse...

A licitação é um exemplo claro que Sete Lagoas patina em tudo quando o assunto é administração pública.
Isto é falta de educação, caso de policia. Gastar o dinheiro do eleitor com força, sem dó!