quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A comunicação na política...

Pois é, que a comunicação é uma ferramenta importantíssima nos dias atuais, sobretudo para a divulgação de ações ligadas aos vários setores da atividade humana, ninguém tem mais dúvidas. Mas e quando isso tudo é utilizado na política? Bem, aí há de se colocar alguns pontos e discutir mais amplamente para que serve e como está sendo absorvida pelo público alvo. A Câmara de Vereadores de Sete Lagoas criou órgãos de comunicação importantíssimos para a divulgação de ações de seus membros. Estas ferramentas são até de ser ponto um auxílio não só aos edis, mas também para que a população, eleitores que os colocaram onde estão, possam ter contato com aquilo que eles vem fazendo no dia a dia.

Que toda esta parafernália de mídia seria utilizada com fins eleitoreiros, a maioria das pessoas já sabiam, até porque a informação é repassada da forma como eles querem, sem a interferência de um repórter, diga-se de passagem interferência questionada por vereador em épocas anteriores. Aí entra o primeiro ponto, até onde esta informação está sendo passada de forma a beneficiar o cidadão? Ou melhor, esta informação visa beneficiar o cidadão ou ao próprio vereador? A transmissão de reuniões pela TV e pelo rádio é outro meio importante para que o eleitor tenha contato com a atividade parlamentar e é justamente neste ponto que entramos no mérito.

Vejam bem, ninguém tem que concordar com o que aqui está escrito. Este texto está apenas para levantar algumas questões pertinentes acerca de tudo isso que estamos assistindo. Na última reunião do Legislativo, esta semana, transmitida pela TV e Rádio Câmara - leia-se ETV e Rádio Eldorado - um assunto de suma importância estava na pauta, a presença do diretor presidente do SAAE, Domingos Gilberto de Almeida. Com os problemas enfrentados no setor de saneamento e as reclamações constantes da população acerca do serviço prestado hoje em Sete Lagoas, o povo, eleitor, contribuinte, teria no mínimo um interesse maior em escutar aquilo que ele tinha a dizer e explicar.

Sabemos que existe um contrato entre o Legislativo e as emissoras citadas, no qual consta horário de transmissão e tempo de duração desta transmissão. E o representante da rádio presente no plenário foi muito feliz ao solicitar a extensão do tempo devido à importância do assunto. Porém, quando os vereadores passaram aos questionamentos, a transmissão foi encerrada e o ouvinte ficou a ver navios. As emissoras nada têm a ver com isso, a culpa é de quem fez o contrato, parte do Legislativo. Se querem que o eleitor tenha acesso aos seus trabalhos e àquilo que estão fazendo, que prestem mais atenção.

Não seria o caso de o próprio portal da Câmara criar um link de transmissão ao vivo, já que pelo menos assim as transmissões não seriam encerradas repentinamente? Não são todos que têm tempo disponível para acompanhar as reuniões in loco, portanto, a criação destes meios de comunicação foi importante, mas pontos como estes levantados por No Prelo devem servir de alerta e nada mais do que uma crítica construtiva aos membros do Legislativo, até porque não estamos aqui para criticar pura e simplesmente, mas para fazer nosso papel de bem informar e sugerir algo de bom para a cidade que moramos e vivemos. Fica a sugestão, aceite quem quiser.

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