quarta-feira, 5 de novembro de 2008

E o que a gente tem a ver com isso?


Então é isso: Barack Obama se tornou o primeiro presidente negro dos Estados Unidos da América, do império (dacadente) mundial. O candidato derrotado, McCain reconheceu a derrota por volta das 2h15, horário de Brasília. Mas o que temos a ver com isso? Depois do fracasso do governo de Bush filho, que na verdade só terminou o que o pai começou no início da década de 1990, qualquer coisa deve ser melhor.

Bushinho implantou no mundo uma sensação de terror, de permanente medo. Dou-lhe a liberdade para ficar mais seguro, é o que ele conseguiu implantar na cabeça das pessoas. Mas o que a gente tem a ver com isso?

Tudo... E ao mesmo tempo, nada...

Os Estados Unidos ainda é a maior potência mundial, que dita as regras, mesmo que esteja na decadência, conforme profetizam. E o que acontece lá, afeta aqui. Assim, temos uma certa dependência dos norte-americanos, principalmente econômica e comercial. Vide a crise econômica estourada nos últimos meses, também fruto da política irresponsável do cretino Bush, que agora cria pacotes para salvar os arquibilionários banqueiros com o dinheiro do povo norte-americano. De alguma forma, isso deve chegar aqui, seja em maior ou menor densidade. Vai sobrar para a gente algo.

Mas por outro lado, nada. Temos que preocupar com o nosso cotidiano. Não podemos nos influenciar com o que acontece lá fora somente, precisamos urgentemente arrumar a própria casa, trazer a ética de volta para a política, fazermos reformas, preocupar mais com o umbigo também.

Obama é o primeiro presidente negro dos EUA, e desde o início dos discursos de Luther King, talvez seja a vitória mais significativa deles, que vivem um racismo mais radical que nós brasileiros, que temos essa horrível coisa de forma mais velada. Mas temos que lembrar que ele é ainda norte-americano, e que vai pensar antes de tudo em seu país. Não vá pensar que ele será conivente com os interesses contrários à sua população. Pode sim, pensar de forma mais aberta que a besta de Bush filho na política internacional, mas ainda sim, sempre pesará seu país nas decisões.

Pode ser uma nova era, pode ser a continuidade. Só depois vamos ver, vivendo a história.

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