quarta-feira, 24 de março de 2010

O que estamos realmente fazendo?



Foto de esgoto despejado no leito do Córrego do Diogo, bem na região central da cidade, este ano

Esta semana, mais uma reunião especial foi realizada na Câmara de Vereadores de Sete Lagoas e, mais uma vez, o tema foi saneamento. O esgoto foi ponto alvo de discussões desta vez, mas a pergunta que fica é: o que estamos realmente fazendo para reverter o quadro? Muito pouco, é a resposta. Mas não pára por aí. A dificuldade é enorme, mas a lentidão caminha lado a lado.

Não estamos aqui jogando a culpa no prefeito Maroca, atual mandatário do Município. A culpa é da grande maioria que passou pela cadeira principal do prédio da Praça Barão do Rio Branco. Todos eles têm sua parcela de contribuição para que nos tornemos a principal cidade poluidora do Rio das Velhas e no município que cumprirá a Meta 2010 só em 2020....(tomara que isso não aconteça).

Falta investimento, falta educação, falta dinheiro. A discussão na Câmara é válida e merecia mais atenção da comunidade setelagoana. Foram ouvidos representantes de vários setores, desde o SAAE - responsável pelo saneamento municipal - até o "Jovens Jornalistas" do Serpaf. É unânime a resposta de que o assunto é delicado, sério e precisa ser resolvido urgentemente.

Sete Lagoas ainda conta, em determinados locais, com manilhas de barro para conduzir o esgoto. Isto é uma vergonha para uma cidade que ultrapassa a barreira dos 230 mil habitantes, cresce a olhos vistos social e economicamente falando. O estudo hidrogeológico é um questão de sensatez e iminência, pois não sabemos onde estamos pisando. Mas e aí? Reuniões do tipo são válidas, fazem com que as autoridades não se esqueçam e joguem a sujeira para debaixo do tapete. Mas o que não podemos é ficar somente na discussão e na torcida para que um filho de Deus consiga verba pra ETE, pra troca de rede ou o escambal.

Precisamos é ir mesmo à luta, buscar recursos, fazer acontecer. Todos têm que ajudar, desde poder público à população, pois afinal de contas, quem vai ganhar é Sete Lagoas como um todo. E isso não é uma discussão sobre quem fez, quem vai ser lembrado, quem vai colher os louros da vitória, mas sim é uma obrigação de quem recebeu votos do povo para cuidar do povo. Vamos em frente!

3 comentários:

Stefano Venuto Barbosa disse...

Na Europa as pessoas tem orgulho de seus rios, aqui os nossos rios são esgotos das cidades. Esse problema do Diogo é uma vergonha, que já poderia ter sido resolvido há muito tempo.

Anônimo disse...

leio sempre vcs. pode ser estranho mas sou o autor do estudo preliminar de hidrogeologia. de pouco vai ter valor se não houver um novo zoneamento ambiental e urbano. água não se planta; ela faz parte de um ciclo e vc tem q usá-lo para manter manancial. a cidade não tem repartição alguma e é um tal de "vai ser instalada uma nova fábrica de côcô..." e daí passa o tempo e os governos empurram pro próximo, assim a desordem toma conta, o povo fica a mercê, mas esquecer politica e pensar na sobrevivência não vem ao caso? político é igual fralda de bêbê: tem q trocar mas vc sabe o q tem dentro.e fica mais pesada em eleições. Stefano eng. minas

Anônimo disse...

Ao anonimo,

Na democracia, os políticos são todos eleitos. Se são merda, alguem os colocou lá. Tá na hora de pararmos de culpar e chingar a fazermos a nossa parte. Que tal começarmos por votar e eleger bem.
Pelos resultados, não foi isto que fizemos nas ultimas eleições em Sete Lagoas. Nem para prefeito e nem para vereadores.