segunda-feira, 1 de março de 2010

A situação tá ficando cada dia pior...




Não é falta de aviso, não é falta de cobrança, mas a cada dia que passa a situação da rua Manoel Correa da Cunha, bem em frente à Garagem Municipal, se complica mais. Com a forte chuva que caiu sobre Sete Lagoas na tarde do último sábado e a continuidade nesta segunda-feira, o estado calamitoso se transformou em cenário de guerra. A foto acima ilustra como está parte da via, sem contar o trecho da ponte sobre o Córrego do Matadouro, onde toda a terra depositada nas crateras está alojada. Lá mais parece uma estrada vicinal do que uma rua onde trafegam diversos veículos e coletivos.

Abaixo, uma carta muito bem redigida pelo morador Arnaldo J. de Abreu, publicada no final de semana no jornal Boca do Povo. Ele ilustra, como poucos, o sentimento dos moradores do bairro da Várzea, a tradicional “Gamela”, dizem onde teria começado Sete Lagoas. O morador cobra mais atenção com o bairro, não só a Manoel Correa da Cunha, mas todas as ruas, que estão jogadas às traças. Vale lembrar que No Prelo já havia denunciado os riscos e a situação calamitosa há quase 2 meses.

“Prezados Senhores:
Contam os historiadores que a fundação da cidade de Sete Lagoas originou-se o bairro da Várzea, e para dar maior credibilidade a essa afirmação tem-se como argumento o fato da Catedral de Santo Antonio ter a sua frente voltada para esse bairro. E se foi ali que começou a cidade, também foi ali que ela quase se acabou. Pode-se contar nos dedos quantos foram os Prefeitos que se dignaram a dar atenção à Várzea e à sua população. Foram anos e anos sem rede de água e esgoto, até que o Dr. Afrânio Marques de Avelar quando eleito Prefeito pela primeira vez, e cumprindo uma promessa de campanha, colocou água para os moradores daquele local. Nesse tempo os políticos costumavam cumprir o que prometiam em seus comícios, coisa que hoje, infelizmente, já não mais acontece!
E agora, para espanto geral, estamos vendo que a Várzea mais uma vez encontra-se totalmente abandonada, jogada às moscas pelo atual Prefeito, pois estamos vivendo um verdadeiro caos com as nossas ruas tomadas pelo mato e com buracos de fazer inveja às crateras lunares. O gritante exemplo do que afirmo é a Rua Manoel Corrêa da Cunha, bem em frente onde funciona a garagem da Prefeitura, que dentro de pouco tempo, a não ser que as nossas autoridades constituídas tomem uma posição, o trânsito terá que ser interrompido devido aos muitos buracos que ali se encontram como prova total descaso e falta de respeito para com os moradores do bairro. A terra que sempre é colocada no intuito de mascarar a obra, quando chove é depositada pela enxurrada bem na entrada da ponte, dificultando a passagem e colocando em risco os veículos e as vidas dos que por ali trafegam. E a Rua Chico dos Pinhões, também um logradouro de grande movimento, mais parece um cenário de guerra do que um local por onde transitam ônibus e carros em grande número. Enfim, é verdadeiramente uma calamidade pública, uma vergonha o que acontece justamente onde começou a nossa tão progressista cidade, e que deveria ser tratado com mais respeito e dignidade pelos nossos governantes! No entanto, como fui informado de que o Maroca deverá ser empossado no próximo mês, resta-me a esperança de que ele, que tantos votos teve dos ‘gameleiros’, vá fazer alguma coisa boa para o nosso bairro tão esquecido e maltratado ao longo dos anos.
Na esperança de que essa carta possa dar uma sacudida em quem de direito, sou mui grato caso publiquem esse texto!"
Atenciosamente,
Arnaldo J. de Abreu

Um comentário:

Stefano Venuto Barbosa disse...

Vi uma vez uma entrevista do Manuelzão na TV, onde ele dizia que cidade que cresce de costas para a catedral, não vai pra frente. Realmente ainda não sei se o que temos aqui é progresso ou regresso, porque pra mim se a qualidade de vida cai, mesmo que bebamos a nossa própria cerveja e façamos automóvel, se os buracos das ruas fazem aniversário, estamos no nimbo, local onde as almas purgam seus pecados. Cabe ao prefeito decidir, céu ou inferno?