quarta-feira, 9 de abril de 2008

Contra a cultura

O que me diz uma pessoa que é contra as manifestações culturais? Seria uma pessoa que iria contra ela mesma, contra os princípios de liberdade. Uma sociedade sem cultura, fatalmente perde sua identidade, fica fadada ao controle.

Pois é isso que vemos em Sete Lagoas. Depois de embargarem o Clube Náutico, onde agora está proibido qualquer tipo de show, agora é a vez do anfiteatro do Casarão, um espaço público, que deveria ser aberto para a população democraticamente. E quando falo decmocraticamente, falo de todos os tipos de manifestações culturais, seja ela o congado, um show de jazz ao heavy metal, sem distinção. Ou agora há também manifestações culturais melhores ou piores?

Por causa de um vizinho, que não quer perder seu delicioso sono, ou até mesmo perder as vídeo cassetadas do mega-cultural Faustão, o Casarão agora não pode ter nenhum tipo de apresentação musical. Se em Sete Lagoas a situação para a cultura já era complicada, imagina se fecharem as portas de todos os locais públicos, que deveriam servir a população? Isso por causa de uma pessoa que deve ser contra a cultura, logicamente.

O respeito às diversas manifestações culturais é que constituem a identidade de um povo. E proibir essas manifestações, é proibir a própria sociedade de falar. Essa atitude de impedir eventos no Anfiteatro lembra bem os tempos negros da ditadura militar. Será que ainda estamos longe da democracia?

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