segunda-feira, 14 de abril de 2008

Endemia?

A mídia e a populção de várias cidades mineiras, baianas e do Distrito Federal foram pegas de surpresa na semana passada com a Operação Pasárgada, da Polícia Federal, que investiga supostos golpes em relação aos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Vários prefeitos, servidores públicos e até um juiz federal estão sendo acusados de participar deste suposto esquema. Porém, no último final de semana, a maioria já estava em liberdade após cerca de quatro dias de detenção para colher depoimentos.

A corrupção no país seria endêmica, como pensam muitos? Estaria ela enraizada nos paços e nos gabinetes? Será que pode-se radicalizar e afirmar categoricamente que todo político é corrupto? NÃO! Sei que com esta resposta, muitos dos nossos leitores e ouvintes irão me acusar de "bater e assoprar", mas não se trata disso caros amigos. Se pensarmos desta forma estaremos alheios ao que acontece nos bastidores da política em todas as suas esferas e não veremos nenhum faixo de luz no fim do túnel. Existem sim políticos honestos, mas estes são taxados de "ladrões" justamente pela ação de outros, que realmente são corruptos e acabam por condenar a classe.

No caso específico dos prefeitos suspeitos de participar de fraudes, pelo menos um está sendo acusado de participar do esquema, enquanto lista divulgada na sexta-feira 11/04) dá conta do envolvimento de pelo menos mais 27 prefeitos, entre eles outro da região. Um advogado e um lobista seriam a ponta do iceberg, já que teriam "visitado" as prefeituras para oferecer seus préstimos. Aceitou quem quis. Mas aceitou por se tratar de uma forma de conseguir que não fosse descontada a párticipação de 6% (uma vantagem para a administração) ou porque viu naquilo uma forma de "tirar um por fora"?

Questões que só poderão ser esclarecidas após investigação da Polícia Federal a partir de depoimentos e análise de documentação. Outra pergunta: será que de 853 municípios mineiros apenas uma pequena parte realmente foi "visitada"? Mais um trabalho para os agentes federais. No fim de tudo, quem não aceita ser chamado de corrupto, porque não o é, deve observar acima de qualquer coisa que membros da própria classe desgraçam os demais com atitudes em benefício próprio e não do povo que representam. Uma mudança de atitude por si só não deve fazer diferença, deve haver mudança de consciência e saber qual o verdadeiro significado de "ética"!

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