
Foi com muita dificuldade, mas conseguimos chegar ao primeiro lugar, no ponto mais alto do pódio. Não que isso seja um orgulho, afinal, se trata de um assunto vergonhoso para a população. Depois de inaugurada a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) do Onça, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, Sete Lagoas se tornará oficialmente a maior poluidora do Rio das Velhas.
Nosso esgoto é despejado sem tratamento, In Natura, nos nossos córregos, que correm para o Jequitibá, que por sua vez desagua no Velhas. Se antes BH era a maior responsável, agora o fardo é nosso. E o pior, não vemos nenhuma movimentação do poder público em direção à uma solução do nosso problema. E não falamos somente dessa administração, mas sim todas que passaram pela Praça Barão do Rio Branco.
Com isso, podemos dar um adeus à Meta 2010, proposta para revitalizar o Rio das Velhas até este ano. Segundo os relatórios do Projeto Manuelzão, que desceu o rio novamente em 2009, existem pontos em que há sinais de recuperação, mas há ainda o que se fazer. O que seria isso? A nossa parte.
Portanto, vamos pensar melhor e discutir à sério a questão. Sete Lagoas fica para trás de uma discussão importante, e mostra seu atraso em questões ambientais, que são discutidas em todo o mundo, a todo momento.
Céditos: Projeto Manuelzão desce o Rio das Velhas. Foto por UFMG.
4 comentários:
Uma das preocupações do MPMG é a despoluição e o controle ambiental de impactos nas bacias do Paraopeba e do Velhas. Isto por uma questão básica: vontade politica tanto a nível de governo quanto ao nível de instituições. Qunado o assunto é Sete Lagoas, o próprio Secretário José Carlos de Carvalho deixou clara a inércia deste município no trato de questões ambientais. Com o malcheiroso projeto de captação de água do Velhas, logramos de fato o 1º lugar na irresponsabilidade com a população e com as políticas públicas de gestão e saneamento ambiental. Outro fato é a Secretaria de Meio Ambiente local, que quando não é usada para fins inconfessáveis, o é apenas como caixa em benefício de comissionados; Ação? Zero!
Não conseguimos evitar os esgotos estourados nas ruas...dirá tratar a poluição que jogamos no rio das Velhas. Também não vejo essa mobilização político-social nessa direção em nossa velha Seven Lakes City, pequenos gritos isolados que se dispersam logo. Muitas vezes observo que a imprensa tem feito mais por esse país, que os três poderes da República.
Só para contrubuir.
Excelente a matéria e bastante oportuna. Só não dá para generalizar culpando TODOS os administradores que passaram pela Praça Barão do Rio Branco. Cada época tinha a sua prioridade quanto ao saneamento. Antes não se podia falar ou investir em tratamento de esgotos (ninguem fazia no pais) quando ainda não tinhamos sequer a coleta de esgotos. Afrânio, Sérgio Emílio, Cecé (no 1º mandato) e Múcio Reis, fizeram praticamente toda a rede de esgotos da cidade e Sete Lagoas foi a segunda do Brasil a conseguir alcançar 100% de coleta.
Não se podia falar em tratamento de esgotos sem termos os emissários para retirar o lançamento direto aos córregos. Sérgio Emílio fez os primeiros da cidade no Boqueirão, Cecé e Leone completaram no Diogo. Agora sim, com a infra estrutura necessária pronta, se pode investir em estação de tratamento, graças aos que passaram por aqui antes. Sem coleta e emissários não tinha como levar o esgoto até qualquer estação que fosse construida. O erro é de agora, Leone\Maroca, pois o dinheiro a ser gasto para trazer agua poluida por nós do Rio das Velhas, dá para fazer o tratamento dos esgotos e aprimorar nossa captação subterrânea.
Convido a vcs, redatores e seus leitores, a visitarem o nosso espaço VERDE VIDA.
São fotos, literatura, reflexões, visando a abordagem da causa ambiental.
Parabéns pelo texto objetivo e imparcial!
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