sexta-feira, 13 de agosto de 2010

A diferença é ter dinheiro...

Chega ao fim mais uma Exposete e, como acontece todos os anos, têm início as críticas. No Prelo não vai entrar no mérito de se o evento deste ano foi bom ou ruim, se pode ou não ser comparado ao ano anterior, mas um ponto em si merece ser abordado: o tal camarote. A diferença entre quem tem dinheiro e quem não tem ficou nítida este ano no Parque de Exposições JK.

O tal camarote de uma empresa, ou sei lá o que, vinda de Belo Horizonte ocupou, se não toda, quase a totalidade da arquibancada da área de shows principal, fazendo com que quem não tinha grana para adentrar o recinto e queria assentar em algum lugar, que se virasse, agachasse, sentasse no chão ou procurasse outro local. Tá certo que a maioria das pessoas que vai a um show da Exposete não pensa, inicialmente, em assisti-lo assentado, mas e se quiser, não tem este direito?

A arquibancada, aquela mesma pintadinha de branco e feita de concreto, era um dos melhores locais para descansar ou até mesmo assistir aos shows assentado, mas desde o ano passado isso não é mais possível. E por que? Porque os que têm mais dinheiro que os outros - e que muitas vezes nem aos shows assistem - preferem um camarote bem onde elas estão. O pobre que fique em pé!

Não temos nada com isso. A organização tem o direito de colocar o camarote onde bem entender, em frente, de lado ou até em cima do palco, mas que as pessoas que pagaram ingresso deveriam ser mais respeitadas neste ponto, o da arquibancada, deveriam. A Exposete é sim um dos eventos mais importantes da cidade, se não for o mais importante. Vai quem quer e se o show começa tarde ou começa cedo, não temos nada com isso. O importante é a diversão para os que curtem festas do tipo.

5 comentários:

Anônimo disse...

É impressionante esse atavismo que sempre ocorre nos eventos daqui, como em outros lugares também... O que é que justifica, nos dias de hoje e em eventos desse tipo, separar o público em duas "classes"? Há ainda uma nobreza e uma plebe separadas implicitamente na sociedade? Só consigo pensar como razões para isso: "puxa-saquismo", corporativismo, prevaricação... Talvez, os organizadores e os seus sejam pessoas muito especiais... nobres!!

Anônimo disse...

É esta a nossa elitizinha reinante.
Conseguiram eleger um fantoche achando que seria a porta de entrada deles no poder. Não satisfeitos com o desastre reinante na cidade, já preparam outro "principe" desta elite para as próximas eleições. E o povo e suas necessidados ó....
Como diz bem o blog, para eles " A diferença é ter dinheiro..."
Ainda bem que desta vêz o povo tá mais consciente.

Stefano Venuto Barbosa disse...

Cês já comeram leite condensado na lata, fazendo só um furinho? Pois é, chega uma hora que dá aquele nó na garganta, um enjôo, que não desce mais. Essa exposição é a mesma coisa pra mim, um clima sertanejo insuportável, música ruim, lugar ruim, poeira e confusão. Eu não passo nem perto disso aí, pra mim é um lixo, que não deixa nada por aqui, nem dinheiro, nem cultura, nem saudade.

Marcelo Sander disse...

Diferentemente do que foi publicado no post, acho sim um verdadeiro absurdo, uma falta de respeito com o público o horário de início dos shows. Foi triste ver pais levando seus filhos embora sem poder ver seus ídolos devido ao adiantar da hora. Todos os shows, impreterivelmente, começaram depois das 02h da manhã. Enquanto o público estiver consumindo, quem se importa? O mesmo aconteceu na final do Sabor de Bar, com o 14Bis subindo ao palco às 01h30 da manhã. Enquanto o povo der dinheiro e não reclamar, o desrespeito prevalecerá.

No Prelo disse...

Marcelo Sander, continua com a língua afiada em companheiro! O que dissemos no post é que nós, No Prelo, não temos nada com o horário de shows, mas isso não quer dizer que somos favoráveis aos horários incompatíveis com a grande maioria dos expectadores. Concordamos sim com a sua opinião de que as pessoas têm que começar a reclamar e reclamar pesado contra pessoas que vêm aqui ou em qualquer lugar apenas para levar o dinheiro, sem deixar nada em troca. Para balizar o texto, procuramos algumas pessoas ligadas à promoção da Exposete, que disseram ser praticamente impossível exigir horário para começo de shows, já que são os próprios artistas e suas produções que escolhem a quem horas entrarão. E como a organização do evento depende dos cantores para o sucesso da festa, fica refém das exigências. Obrigado pela participação e concordamos que a reclamação faz parte para que possamos melhorar. Grande abraço de No Prelo, em especial do amigo Fred Rezende.